◇Capítulo 4◇

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Terceiro Pov

— AH! EU SABIA! EU SABIA! — Valt dava pulos alegres enquanto comemorava.

Todos estavam chocados. Fazia alguns dias que Valt tentava convence-la de entrar para o clube, mas ela sempre recusava. Eles não sabiam exatamente o motivo, mas cada um tinha suas próprias teorias.

— Olha só quem finalmente resolveu dar as caras! — Rantaro se Aproximou de [Nome] e envolveu o braço em volta do ombro da garota. — Bem-vinda!

— Sim. Também estou bastante chocado, mas fico feliz que você entrou para o clube. — Daigo se aproximou e esboçou um pequeno sorriso. — Bem-vinda.

[Nome] se sentiu feliz com toda aquela atmosfera acolhedora, mesmo depois do pequeno incidente com um garoto loiro que ela já não foi com a cara. Ela se sentia feliz e em casa. — Obrigada.

— Ei! Por que eu não recebi uma recepção como essa!? — Wakiya perguntou irritado. — Vocês deviam no mínimo me vanglorizar. Sou eu quem vai carregar esse time nas costas.

— Como é que é!? — Gritou Rantaro, se separando de [Nome] e marchando em diração ao loiro orgulhoso. — Repita!

— Parem com isso. — Daigo ficou no meio dos dois, antes que algo mais sério acontecesse. Ele se virou para Wakiya e com sua expressão neutra, rebateu. — O motivo para não te recebermos assim é-

— Ninguém gosta de você! — Rantaro apontou acusadoramente para Wakiya.

O garoto citado apenas balançou seus longos cabelos com um sorriso convencido. — Hm. Não me importo. Vocês vão me agradeçer mais tarde.

— Ei galera, não vamos brigar. Vamos treinar! — Valt fez sua aparição barulhenta. — Quem vai primeiro? [Nome]! Quer fazer as honras!?

— EU-

Antes que ela pudesse responder, Wakiya interrompeu.

— Como capitão da equipe, não vou deixar meu time perder mizeravelmente. Amanhã, vamos treinar na minha cabana.

— Cabana!?

(...)

Já era o outro dia. [Nome] estava, atualmente, empacotando as coisas em sua mala. Wakiya mandou todo mundo fazer as malas e o encontrar na estação de trem por volta das 8:00 horas. [Nome] agradeceu internamente por não ser muito cedo.

Terminando de arrumar tudo, ela verificou o horário, eram 7:30. Ela acenou orgulhosa pela pontualidade de terminar tudo. Com a mala em mãos, a garota saiu do apartamento e o trancou. Ela caminhou um pouco e parou em frente ao apartamente de outra pessoa.

Shu Kurenai.

Ela levantou a mão para bater, mas lembrou que tinha campanhia. Seu dedo tocou delicadamente o botão, fazendo um som abafado de sino. A porta se abriu quase imediatamente, revelando o Kurenai com suas roupas normais e com a mochila nas costas.

— Bom dia, Shu! Pronto!? — [Nome] perguntou com um sorriso.

— Bom dia, [Nome]. Estou sim. — Shu sorriu enquanto trancava seu apartamento. — Vejo que está animada.

— Ah, eu tô mesmo! — Vocês começaram a caminhar para o elevador. — É bom treinar com amigos.

— Verdade. — Os dois entraram no elevador e Shu apertou o botão para descer. — Ah, agora lembrei. Você mudou de ideia subitamente de fazer parte da equipe. Posso saber porquê?

— Ah, bem....— [Nome] ajustou alça da mala para ficar mais confortável. — Treinar sozinha é bom e ajuda a ficar independente, é verdade. Mas estar em um clube ajuda com o desenvolvimente do espírito de equipe e, da melhoria de suas habilidades indivuduais.

Shu virou o olhar para a garota e sentiu o tom nostálgico vindo dela, mas era um feliz. Suas palavras concerteza o surpreenderam. Ele pensava que ela estava se sentindo sozinha ou com peso na consciência por não aceitar participar. Pelo visto, não.

Shu acenou com um sorriso. — Eu concordo.

— E você? Por que aceitou fazer parte? — Ela virou o olhar para Shu. — Pelo que me lembro, você também prefiria ficar sozinho.

Ele ficou em silêncio por alguns segundos, pensando em seus motivos e nas palavras da garota. Ele concordava com cada frase dela, foi isso que o fez entrar para o clube. Pelo menos em parte. A verdade era que ele queria fazer com que equipes internacionais os vissem.

Se eles gostarem de suas habilidades, os chamam para fazer parte de sua equipe. Um golpe que beneficiava a todos. Ele já estava de olho em uma equipe e, torcia internamente para o proprietário ver a competição.

— Os mesmos motivos que o seu. — Ele respondeu. — Isso vai nos ajudar muito com equipes futuras.

— Oh, é mesmo. — Ela concordou. — Já ouviu falar das melhores equipes do mundo? BcSol e RegingBulls?

— A equipe americana e da espanha? Sim. — Shu se lembrou de ver algumas notícias sobre as equipes. — Free De La Hoya está no BcSol, não é?

— Sim! — Shu pôde ver como os olhos da garota brilharam com o nome citado, o fazendo franzir a testa levemente. — O de La hoya é incrível! Eu gostaria de fazer parte de sua equipe e batalhar com ele!

Shu sentiu um gosto amargo subindo pela sua garganta e ficando presa ali, um subito sentimento azedo se instalando em seu ser. Mas ele não sabia o porquê e, isso o assustou. Forçando um sorriso, ele respondeu com um simples: — sim, ele é mesmo.

— Oh, chegamos! — [Nome] saiu andando na frente, mas parou quando viu o Kurenai ainda parado. — Shu, você vem?

— Hm? — Shu despertou do transe olhando para os lindos olhos da garota a sua frente, que o olhava com curiosidade. — Estou indo.

— Tá tudo bem? Sente alguma coisa?

— Não, não. Estou bem. — Mentiu. — Só estava pensando.

— Em que?

— Em como vamos organizar a equipe. — Mentiu novamente.

— Entendi. O quê mais pesa é aquele garoto loiro. Já vi que ele tem um gênio difícil de se conviver.

— Sim, o Wakiya é mesmo. — Shu suspirou.

— Qualquer coisa eu dou uma bica nele. — Shu a olhou chocado. [Nome] deu uma risada nervosa, igual quando uma era pega fazer arte. — Brincadeira! Mais ou menos. — Sussurou a última parte.

— Eu ouvi.

— Esqueça! — [Nome] saiu correndo na frente. — Bora, bora!

— Espere! — Logo Shu saiu correndo atrás dela. — Espere!

— Eu não, você que lute! — Ela aumentou a velocidade, o surpreendendo.

— [Nome]! Você vai cair! — Shu gritou

— Vou nada! — Ela gritou de volta. — Eu tó acostumada com isso!

Com a corrida, eles chegaram rapidamente a estação, encontrando um loirinho muito irritado com os braços cruzados e as sombrancelhas franzidas.


𝕷𝖔𝖛𝖊 𝖎𝖘 𝖗𝖊𝖉 | 𝕾𝖍𝖚 𝕶𝖚𝖗𝖊𝖓𝖆𝖎Onde histórias criam vida. Descubra agora