— Atra-sa-dos. — Wakiya falou pausadamente com a testa franzida e os braços cruzados. Não é necessário dizer que ele estava seriamente irritado.
— Por dois minutos. — Você afirmou inocentemente, a cabeça inclinada levemente para o lado.
— Dois minutos!? Trinta minutos! — Você quase podia ver uma fumaça saindo de seu nariz. — Vocês não tem responsabilidade não?
— Ou você que chegou muito cedo. — Você sorriu quando Wakiya varificou a hora no celular e constatou que realmente estava adiantado. — Viu?
— N-não interessa! Vocês são os convidados aqui, então tem que vir mais cedo que eu! — Wakiya de repente apontou para trás. — Como Daigo, por exemplo. Ele sim sabe das coisas.
Você e Shu olharam na direção que Wakiya apontou e seus olhos se arregalaram quando viram Daigo sentado em um banco com os olhos fechados.
— Daigo! — Você chamou com um sorriso. Ele abriu os olhos e acenou em reconhecimento, um pequeno sorriso estampado. — Como vai?
— Vou bem. E você?
— Não tão bem por causa de certas loiras.....— Você virou o rosto descaradamente para Wakiya, mas logo se virou para Daigo novamente, que deu uma risada anasalada. — Valt e Rantaro ainda não vieram?
— Não, embora Valt sempre se atrase pra tudo. — Daigo suspirou. — Rantaro chega na hora, mas espera por ele.
— Entendi. — Você se encostou na parede e iniciou uma conversa agradável com Daigo, você descobriu que ele tem um irmãozinho que também gosta de beyblade, chamado Ryota.
30 minutos depois...
— Cade eles!!? — Wakiya gritou girando pelo lugar com passos pesados e raivosos. — Cade a responsabilidade e pontualidade daqueles dois!?
Ninguém podia culpa-lo, até mesmo Shu já estava sem paciência.
— Eu odeio admitir, mas Wakiya está certo. — Você murmurou se levantando. — Acho que vou procurar os-
— CHEGUEI! — Veio uma voz infantíl e estrondosa, todo mundo que estava na estação cubriram os ouvidos com ódio e desconforto. Valt coçou a nuca timidamente, Rantaro e os gêmeos logo atrás.
Você, Wakiya, Daigo e Shu foram para perto deles, cada um com uma expressão diferente.
— Por que demoraram tanto? — Perguntou Shu com seu rosto sério como sempre, mas piscou confuso quando viu que Valt e Rantaro estavam molhados.
— É que, bem, olha só.....
Turu ru tu ruru flashback tururu
Valt acordou com o alarme de sua cabeceira, que tocava sem parar. Valt apertou o botão de desligar e rapidamente verificou o horário, que surpreendentemente estava no tempo certo.
Valt fez suas rotinas matinais normais e rapidamente saiu de casa junto com os gêmeos. No caminho, encontrou Rantaro que acenou furiosamente e os acompanhou.
Tudo estava bem quando ambos começaram a discutir do nada e apostarem uma corrida. Toko e Nika tentaram imperdir, mas ambos já saíram em disparada.
Os gêmeos não podiam fazer nada a não ser persegui-los.
Enquanto corriam, Valt teve a brilhante ideia de fazer parkur pelos lugares que tinham bancos e pilares, se desviando do destino inicial. Rantaro seguindo o exemplo.
Até que ambos fizeram isso em um pequeno lago em pedras que escorregavam.
Não é preciso dizer o que aconteceu, não é?
Turururu fim do flashback turu ru ruturuu
— Sério isso!!? — Gritou Wakiya vermelho de raiva. — Enquanto esperavamos igual mulas, vocês estavam apostando corrida!?
— É......sim? — Valt fez mais uma pergunta do que uma resposta, e isso irritou a todos.
— Ei, calma cara. — Rantaro se aproximou com um sorriso nervoso.
— Nós perdemos a porcaria do trem por causa de vocês!
— Olha a língua. — Shu se aproximou do cabaré com uma leve carranca. — Mas ele tem razão, Valt. Rantaro.
— É cara, vocês vacilaram nessa. — Até mesmo Daigo discordou de Valt e Rantaro.
— Vamos embora antes de que a gente perca o próximo trem, galera. — Você comentou quando apontou para o trem vindo e indo logo em seguida em direção a ele.
Valt veio correndo em sua direção.
— [Nome]! Você veio!
— Hm? — Claro que você iria vir, não é atoa que você faz parte da equipe. — Sou da equipe, óbvio que vim.
— N-não é isso, é só que, bem.. — Ele se atrapalhou um pouco com as palavras, mas logo o ser brilhante que era Valt apareceu e ele já estava sorrindo. — Só estou muito feliz que você esteja aqui!
Você deu um sorriso fechado e deu alguns tapinhas na cabeça de Valt, você estava muito feliz de fazer parte de uma equipe novamente.
— Bora parar com essas frescurinhas e entrar logo no trem? — Wakiya empurrou vocês dois para fora do caminho indo em direção ao trem que havia parado.
Que rude!
[...]
A buzina do trem soou alto quando finalmente deu partida, a grama verde junto com o céu sem nuvens deixava a o passeio muito agradável.
Os membros do clube de bey estavam sentados em bancos compartilhados perto de uma janela, todos conversando alegremente um com o outro, principalmente Valt.
— Galera, isso não podia ser melhor. Nós vamos treinar o dia inteiro, vamos focar em beyblade o tempo todo! — Valt que estava sentado no banco gritou alegremente, a energia que ele irradiava quase avassadora demais. — Nem vamos ter hora pra dormir! Vou cantar uma musica! Lalalalalala~
Uma gota de suor caiu com o som de um Valt muito alegre na parte de trás de seu acento, você estava em outra parte do banco do trem já que não cabia com o resto do pessoal do membro. Você não tinha exatamente nenhum problema com isso, já que gostava de viajar com silêncio, mas havia um único problema.
Você estava dividindo o acento com o cachinhos dourados que estava reclamando desde que chegaram.
— O que eu tava pensando? Eu devia ter pego o trem mais cedo pra ficar com uma cabine só pra mim. — Reclamou murcho no banco do trem, a insatisfação óbvia no rosto do loiro. — Esse acento é muito disconfortável.
— Bem-vindo ao mundo dos pobres, loirinho. — Cansada de tanta reclamação vinda dele, você resolveu brincar um pouco com a sanidade dele. — Pra mim parece bom mesmo assim.
— Ugr.— Ele puxou o telefone do bolso da calça e começou a vasculhar algumas coisas dele. Você achou que ele estava fazendo isso para te ignorar, quando você ia abrir a boca ele virou o telefone na sua direção, uma imagem na tela.— Sim, pra você que é pobre pode ser, mas olha só isso. É assim que se viaja.
A imagem era dele deitado de lado em uma enorme cama em uma cabine que parecia um quarto, havia janelas de vidro grandes que mostrava todo o cenário da paisagem atrás.
Que burguês!
— Por que sentar se você pode ir deitadão? — Ele te perguntou enquanto murchava dramaticamente. — As pessoas não tem ideia de como minha vida é difí-Ah!
O trem deu um solavanco e fez com que Wakiya se desequilibrase e caisse de volta no banco, batendo a cabeça na cabeceira com tudo. Você conseguiu pegar o celular antes dele cair no chão, mas explodiu em gargalhadas com o loiro quase morto no banco.
— Pare de rir! Não foi engraçado! — Ele gritou vermelho de raiva e constrangimento.
— Ah, foi sim. — Você limpou uma lágrima que escorreu do canto dos olhos. — Deus que me perdoe, mas é tão bom ver burguês se lascar!
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𝕷𝖔𝖛𝖊 𝖎𝖘 𝖗𝖊𝖉 | 𝕾𝖍𝖚 𝕶𝖚𝖗𝖊𝖓𝖆𝖎
RomanceSair do seu próprio país para outro não é uma decisão fácil, mas você estava disposta a enfrentar isso. O seu objetivo é como de qualquer outro blayder: se tornar o mais forte. Junto com seu Bey; Storm Hydra, você viaja do Brasil para o Japão. Uma d...