06. Revelações Dolorosas.

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~Haylet Dohan~

Três dias sem fazer nada demais a não ser andar de skate, pintar, desenhar, beber e dando o foda-se para vida. Mais três dias sem ver a Hinata. Não sei dela. Onde mora, com quem mora, nada! Eu preciso saber dela, fiquei perguntando por ela mas "ninguém sabe". Eu sei muito bem que sabem e só não me contam. Tolice.

— Senhor Dohan. — entro sem bater no escritório de meu pai.

— Eu já te conheço e nem vou reclamar. O que quer filhinha? — queria não ter notado o sarcasmo.

— A Hinata? A japonêsa que você expulsou do meu quarto à alguns dias. Cadê ela? — permaneço em pé o encarando e ele se levanta.

— Demitida. Ela foi demitida. — inacreditável!

— Mas porquê? Ela não fez nada de mal! — como ele pôde? Eu estava gostando de ter companhia...

— Minhas decisões não lhe dizem o respeito. Agora se retire por favor. — volta a se concentrar no seu trabalho.

— Pode me dizer onde ela mora? — pergunto cabisbaixa.

— Não. — diz simplesmente e fico incrédula. Saio de seu escritório e vou até a cozinha. Essas empregadas vão me dizer sim onde ela mora!

— Tá, sem blá blá blá, onde é que a Hinata mora e porque não me disseram que foi despedida? — digo cruzando os braços.

— Senhori... — a interrompo.

— Não! Não quero suas desculpas. Me digam onde está a Hinata! — pergunto quase indo para cima da moça mas me contenho.

— À três quarteirões daqui. Terceiro prédio da rua, apartamento 45. — diz ela voltando ao trabalho.

Subo, tomo um banho, me visto, pego o skate, meu celular e saio. É hoje que terei respostas!

[...]

— Pois não? Haylet... — vejo depois de quatro dias a Hina. Ela está pálida, apesar de sua pele ser muito branca.

— C-Como você está? — pergunto tropeçando na minha língua.

— Indo... — responde simplesmente.

— Porque não entrou em contacto comigo?

— Haylet, eu não to afim de problemas, vai embora por favor. Não me procure mais. — diz quase fechando a porta mas eu a empurro.

— Olha... Eu realmente achei que depois de tanto tempo teria uma amiga de verdade. Mas vejo que não. Você está agindo como todos! — sem mais delongas saio em passos rápidos e pesados sentindo meu rosto queimar com lágrimas quentes.

Porque eu tenho que ser tão burra? Eu não posso me deixar magoar assim! Sempre, sempre isso acontece! Porra! Eu só queria companhia, essa solidão me mata, sempre isso! Eu odeio ficar sozinha! Odeio tanto ser dependente, gostaria de não poder ser assim e não depender pessoas ao meu redor.

~Você é horrível!~

De novo não! Porquê? Queria evaporar ou desaparecer com o ar. Virar poeira! Eu odeio tudo isso.

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