Na mesma noite, Lavigne desceu as escadas da mansão desconfiada, pronta para pôr sua família contra à parede.
— Gente, onde está a Rose? — questionou ao dar falta da loira.
Jasper e Alice se entreolharam e logo deram um jeitinho de sair dali, deixando o papel de contar a verdade para Carlisle e Esme.
— A gente ia contar para você, mas não queríamos estragar sua lua de mel. — a voz apreensiva de Esme, fez com que Lavigne cogitasse a ideia de que algo estava errado.
— Contar o quê? — insistiu ela. — Onde está a Rosalie?
— Lavigne... — Carlisle a analisou e sabia que assim que contasse a vampira surtaria. — Rosalie foi embora.
Lavigne estreitou os olhos e os crucificou.
— Embora?! O quê?! Como assim?! Por quê?!
— A relação entre ela e Emmett chegou ao limite e decidiriam se separar. — Esme disse com serenidade e preocupação.
— O quê?! Não! Eles... eles eram... onde ele está?
— Emmett acabou de chegar, ele deve estar... — a urgência na voz de Carlisle, foi cessada.
Sem que o deixasse terminar de falar, Lavigne se transportou feito um raio escada à cima.
A certeza de que a última conversa que tivera com Rosalie pouco antes de partir, havia surtido efeito contrário ao que esperava e pensar nisso a estava corrompendo.
Ela precisava fazer algo a respeito. Não havia cabimento isso estar acontecendo, pelo menos não agora que ela tinha tanto para contar. Não agora com a gravidez de Leah e com toda essa maré de reviravoltas.
Emmett surgiu no corredor, brincando com os dedos da mão e de cabeça baixa.
— Emmett? — ele ergueu o olhar para ela e um sorriso fraco a fez sentir um aperto no peito e seus olhos lacrimejarem, antes de o agarrá-lo num aperto.
— Oi, Lavigne. — o sussurro de Emmett era pesaroso.
A vampira desconheceu a figura brincalhona do irmão, assim que o abraçou. A postura de muralha, hoje tinha uma nova forma, ele estava destruturado, corrompido. Ele estava mal, por mais que tentasse provar do contrário, a fragilidade era palpável.
— Está tudo bem com você, irmão?
— Está.
— Não, não está. — ela se desfez do abraço e o encarou séria. — Eu te conheço. Não precisa mentir pra mim, Emmett. Sou eu, a Lavigne, a catzinha.
— Ah, Lavigne, é só que... — ele suspirou pesadamente e se apoiou na parede. — ela fez a escolha dela e não tinha espaço para mim.
— Talvez se vocês conversassem sobre isso...
— Não! — respondeu ele de supetão, se afastando da parede. — Não tem nada para ser falado. Eu prometi não me meter e diferente dela cumpro minhas promessas.
— Tá. Vai ficar tudo bem.
— Já está tudo bem, Lavigne. — ele beijou a cabeça dela e acariciou seu rosto. — Não se preocupe. — ele entrou no quarto.
⛓🌘⛓
— Aonde você vai? — Embry perguntou, ao ver Lavigne calçando suas botas e vestindo a jaqueta.
— Preciso fazer uma coisa, não demoro. — respondeu indo dar um selinho nele.
— Lavigne, me diz aonde você vai. — Embry saltou fora da cama. — Me escuta. Está tarde e não vou permitir que você saia por aí sozinha.
— Eu sei me cuidar. Eu só preciso resolver um problema. Prometo estar de volta antes de você acordar. — disse checando os cantos do quarto, procurando seu celular.
— Eu já disse que não, Lavigne. Para com isso. — ele intervem rápido trancando a porta do quarto e colocando a chave no bolso da calça, garantindo que por ali ela não sairia.
— Me dá essa chave! — ela estendeu a mão, eufórica, decidida, aprazada. — Embry, sai da minha frente. Não quero te machucar. — o olhar da Cullen havia tomado outra proporção, ele era sombrio.
— Não. Se você não me disser onde está indo e fazer o quê, eu não saio da frente.
— Eu te falo assim que eu resolver.
— Lavigne, eu estou te pedindo. Por favor, fica aqui comigo.
— Não dá, Embry. Eu preciso ir. Ela não pode fazer isso. Eu... eu não consigo vê-los separados. — ela mordeu os lábios, tentando reprimir a vontade de chorar, mas não obteve êxito.
— Você está chorando? — ele a abraça, levando para longe da porta e mais próximo da cama. — Ei, me diz o que há de errado. Aonde você quer ir? Eu vou com você.
— A Rose e o Emmett... eles... eles... ela foi embora e...
— Se acalma, tá legal? Vem, senta aqui. — ele a sentou na cama e se ajoelhou na sua frente. — Você não pode fazer nada assim, de cabeça quente.
— Eu preciso trazê-la de volta. O lugar dela é aqui. Com o Emmett. E não lá, com aquele... — ela negou veementemente.
— Lavigne... Lavigne, me escuta... Ei, olha pra mim. — ela olhou. — Não passa pela sua cabeça que talvez seja melhor assim? Que talvez nenhum dos dois queiram mais ficar juntos?
— Você não sabe de nada, Embry! — vociferou. — É lógico que eles se amam.
— Não. Se eles se amassem estariam juntos, passando por qualquer barra juntos, assim como você e eu, o Edward e a Leah... eles não querem, você não percebe? — grunhiu ele, se levantando.
— Eu preciso tentar. — ela se levantou e caminhou para longe dele.
— Lavigne, me escuta pelo menos uma vez na vida, caramba! — ele a agarrou pelos ombros, sacudindo-a.
— Me solta, Embry! Eu já disse pra me soltar! — rebateu-se ela, até conseguir lhe acertar um chute no meio da canela.
— Maldição! — ele urrou de dor e mandou para a beirada da cama. — Que merda, Lavigne! —
— Desculpe, querido. — ele à olhou incrédulo, quando ela passou uma das pernas para fora da janela. — Mas dessa vez eu vou sozinha.
No exato instante em que ele tentou avançar na direção dela, ela saltou, o fazendo surtar.
— Lavigne! Lavigne, volta aqui! Caramba, você vai estragar tudo por culpa dessa teimosia.
Lavigne avançou rumada à escuridão da floresta.
— Droga! — Embry esbravejou, chutando a porta.
— Que gritaria foi essa? — a voz de Carlisle ecoou abafada para o interior do quarto. — Vocês estão brigando?
O quileute destrancou a porta e a abriu, do outro lado, encarando-o estavam os rostos curiosos de: Carlisle, Esme, Jasper, Alice e Emmett.
— A Lavigne fugiu. Disse que ia atrás da loira e quando eu tentei impedir ela me deu um chutaço na canela.
— Você foi valente, mas ainda tem muito o que aprender sobre ela. — murmurou Jasper, massageando o ombro de Embry.
— Tenho certeza que sim.
— Acho que o único que conseguia por completo domar aquela fera, era o Lahote. — balbuciou Emmett, parado rente a porta do quarto. — E eu sinto muito por isso. Talvez chegando lá, ela perceba que foi um erro ter ido.
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Eternal Flame ー Embry Call [1]
Lupi mannariLavigne cogitava a ideia da sua provável morte, já que estava a poucos passos de perder aquilo que mais amava em sua vida, sua gêmea Lindsay. Ela havia perdido os pais, os amigos, a escola, não suportaria perder a irmã também, ela entenderia se acon...