22 • a gunshot noise

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Louis Tomlinson Narrando:

Segurei Ayla contra meu peito em um ato de proteção, e a levei para minha casa passando pelos meninos e Gemma na sala que me olharam preocupados.

A menina parecia ter esquecido do incidente de ontem entre mim e Harry, pois estava mais calma.

Caminhei pelo jardim até minha casa, tendo certeza de que todas as portas houvessem sido trancadas.

Antes de qualquer coisa peguei meu telefone e disquei o número de emergências, solicitando um carro de polícia para o endereço de Harry, esperando que ele estivesse bem...

— Mamãe me disse que o papai vai virar uma estrelinha Louis, o que isso significa? — meu estômago embrulhou e meu coração disparou, em um puro ato de nervosismo eu sorri para ela e disse:

— Existem várias definições para essa frase Ayla, não se preocupe. Seu pai vai ficar bem.

Ela concordou, e mesmo eu sabendo que não a tinha convencido totalmente, a coloquei sentada no sofá para que ela pudesse ficar assistindo desenhos ou algo que distraísse ela por alguns momentos.

— Você quer que eu chame o Ernest?

— Não, eu não quero brincar agora.

Assenti.

Os minutos se passavam e eu não tinha nenhuma notícia de Harry, nada que me dissesse que ele está vivo, ou que aconteceu algo, nada.

Nem uma mensagem se quer.

Comecei a andar de um lado para o outro no meio da sala nervoso, e com certeza meu nervosismo beirava a desespero.

— Por que você beijou o papai? Isso é errado. — me virei abruptamente para a garotinha que agora me encarava balançando seus pezinhos, batendo-os contra o sofá.

— Ayla, onde você aprendeu que é errado?

— Bem, até um tempo atrás eu achava que não tinha problema, mas mamãe me falou totalmente o contrário alguns dias atrás.

— E por qual motivo seria errado?

— Eu não sei, mas ela me disse que é errado. — Mentes de crianças, persistentes para algumas ideias e outras tão fáceis de mudar. — O papai é apaixonado pela mamãe.

— Ayla, você sabe que eu seu papai não é seu pai verdadeiro, não sabe?

— Sei, ele me diz que tudo era um contrato, mas as pessoas não podem ficar juntas com pessoas que não gostam.

Ayla era uma menina tão inteligente, um pouco levada e bem geniosa, mas sabia tantas coisas que uma criança da sua idade não precisava saber, e a cada frase sua eu me surpreendia.

Até uma em específico ser dita:

— Eu tô com medo tio Lou, mamãe está muito brava com Harry.

— Eles não vão brigar por muito tempo.

Mamãe tem um arma com ela.

Imediatamente um barulho alto foi ouvido, o som de um tiro logo acompanhado por vidro quebrando chamou minha atenção.

As sirenes soando logo após o grande estrondo. Meu coração acelerando a cada hipótese passada em minha mente, o mundo que estava "normal" congelou, e quando eu pude me dar conta, Ayla estava chorando contra a porta gritando para que eu abrisse.

Eu pedi desculpas a ela quando a puxei para trás, longe de qualquer fresta de janela em que ela pudesse ver seu pai ou sua mãe feridos em uma maca sendo levados ao hospital.

Through The Window ❀ 𝗹𝗮𝗿𝗿𝘆Onde histórias criam vida. Descubra agora