03. Caralho! Eu me sinto em Crepúsculo

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Sugestão de MúsicaEyes on Fire – Blue Foundation

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Sugestão de Música
Eyes on Fire – Blue Foundation

- David Brown, se perdemos o voo a culpa vai ser sua! – Winona inicia a conversa andando às pressas pelo corredor do aeroporto.

A família Brown teve uma ótima noite de sono. Tomaram um café da manhã delicioso na casa do Sr. Miller e depois partiram a caminho do aeroporto. David e Winona tinham programado um horário bom para acordar e fazer tudo o que tinham pra fazer sem pressa e chegar com antecedência no aeroporto. Só não contavam com a lerdeza do Sr. Miller no volante. O velho barrigudo de bigodes brancos só andava na faixa da direita abaixo de 10km/h do limite de velocidade. Millie achou que depois que pegassem a avenida principal ele aceleraria mais o carro... achou errado. O caminho foi regado de piadas ruins e histórias contadas pelo Sr. Miller como o quão bonito era seu neto mais velho chamado Peter. Claramente estava tentando fazer uma propaganda para Millie.

Acabou que por conta da tranquilidade do velho, os três chegaram com uma hora de atraso. Levando em consideração as obrigações antecedentes do voo como despache de malas e check in, acharam que se tudo desse certo eles entrariam no avião em cima da hora.

- Amor, eu não tenho culpa de o Sr Miller ser uma tartaruga no volante... – David a responde.

Os três andavam pelo corredor, próximo à área de embarque, quando escutaram o número do voo pela primeira vez.

- Alguém avisou o Charlie que estamos embarcando? – Pergunta Millie ajeitando seu grande moletom vermelho.

- Sim, falei com ele antes de sair de casa – Winona diz.

- Chegamos com tempo... – David anuncia à esposa e a filha que estavam afobadas por andar rápido.

- Por pouco..., mas chegamos – conclui Millie.

Passaram pelo auxiliar de voo, entregando as passagens para o carimbo e passaporte. Assim que todos foram validados seguiram a passarela pintada de cores amareladas e alguns pôsteres de propaganda. Avistaram uma outra passarela, essa transparente, parecia uma caixa de vidro cumprida, que dava para a porta do avião.

Millie estava um pouco incomodada de passar 11h dentro de um avião. Se sentia como uma criança indo a montanha russa pela primeira vez. Estava sentada na poltrona do meio, à esquerda seu pai e a direita sua mãe. Millie gostava do frio na barriga que o embarque lhe causava, fazia cocegas.

De tantas coisas que impressionava a menor, o fato de seu pai e seu irmão conseguirem dormir em qualquer lugar era uma delas. Em menos de 2 horas de viagem David já estava em seu 3 cochilo.

- Como ele consegue? – Pergunta à mãe

Winona que estava distraída lendo a letra escarlate, um livro que faz crítica aos preconceitos que uma mulher sofria na década de 60, a olha e depois de ver o marido adormecido novamente e entende o que a filha quis dizer.

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