"Noiva" de aluguel?

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— Hey pessoal, o que estão fazendo aqui? – Catra recebia os abraços e cumprimentos dos familiares que tagarelavam todos juntos sem que ela entendesse nada.

— Falta uma semana para o casamento da Nancy! – A mãe de Catra foi direto para a cozinha para a geladeira servir um copo de água. – Além disso eu precisava vir te ajudar a ver alguns vestidos e nossos noivos tem coisas que precisam adiantar pro jantar especial na próxima sexta.

— Sim e nós nos oferecemos para vir junto. Assim faríamos uma surpresa pra você, ajudaríamos Nancy e Prime e, por fim, poderíamos passar um tempo de compra em família! Eu preciso de um smoking novo. Ninguém melhor que minha kitty para me ajudar a escolher. Sem querer ofender, querida. – Papai tinha acompanhado até a cozinha também se servindo de água. – Que escuro filha, o que aconteceu com a luz? – Niko sempre foi o homem de acender lâmpadas onde ele estivesse, todo o lugar estava potencialmente escuro para os padrões dele.

— Luz cortada, priminha? – Nancy lhe deu um abraço de braços moles e Catra pode sentir o pouco de veneno que escorreu das palavras. Cobra.

— Não, querida prima. Estamos mexendo em algumas instalações elétrica lá em cima, então é preciso desligar o quadro geral. Coisas de quem cuida da própria casa, sabe? – Catra e Nancy nunca se deram muito bem, com a diferença de idade de apenas seis meses a prima nunca aceitou o fato de que Catra ganhou os corações primeiro e neles ficou por muito tempo, a morena também tinha certeza de que a inveja era direcionada a seus olhos coloridos que eram marca da família e Nancy não tinha herdado, na realidade Catra era a única das netas que tinha os olhos iguais o da avó.

— Você não conhece meu noivo não é mesmo, priminha? Este é Alberto Prime, ele é empresário na cidade de Despondos eles trabalham com microchips. – O homem de olhos verdes direcionou um sorriso arrogante para Catra, depois de dar uma boa olhada no local. Ele vestia camisa branca e calças bege, sua pele de um branco que quase nunca viu o sol.

— É um prazer conhecê-la senhorita, Catra. – Ele pegou a mão estendida de Catra e, no lugar de apertá-la ele a levou até a boca e depositou um beijo no dorso. – Estou encantado.

— Ele não é um gentleman? – Nancy se agarrou ao braço livre dele.

— Demais. – Catra puxou a mão do agarre de Prime. – Bem parabéns pelo noivado e casamento.

— Obrigada. Nós nos apaixonamos à primeira vista, não é amor?

— Sim, claro.

— E você sabe como nossa família é sobre casamentos e tradições, já que você não puxou a fila alguém tem que fazer, não é mesmo? — A prima sentou Prime na poltrona favorita de Catra e foi até a cozinha averiguar a geladeira. – Eu sei que você teve problemas com seu namoro de longa data e tals, e deve ser difícil arrumar um relacionamento quando você não é boa em se abrir e tudo mais, então achei que ser a primeira noiva podia dar aquele ânimo que a família precisa depois da morte do tio Jasper no ano passado. Além disso vovó está louca para ter bisnetos. – Nancy olhou toda a geladeira antes de escolher o suco na porta, ela o abriu e cheirou antes de encher um copo.

- Bem, isso não vem ao caso, filha. – Sua mãe colocou a mão sobre os ombros e massageou de leve. – Estamos aqui pra passar um dia de compras em família.

— Tudo por minha conta, é claro. – Prime disse do sofá acenando com o copo que recebera de Nancy, como se fosse um brinde. – Tudo para amada e sua prima favorita

— O que? Prima favorita? – Catra não conseguiu conter o tom debochado que vazou em sua frase.

— Oh priminha é claro que é! – Nancy deu uma batida de quadris com ela. – Fomos nós duas por três anos antes dos outros começarem a nascer, éramos a duplinha do terror.

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