Lei de Catra Murphy ?

178 28 90
                                    


Catra tentava ajeitar seu cabelo que parecia ainda mais rebelde essa manhã. Culpa dela, é claro por dormir no sofá de qualquer jeito, mas será que ele não poderia colaborar hoje, só um pouquinho? Presenteando-a com aquele volume e cacheado típico? Era pedir demais? Logo hoje que ela havia sido surpreendida por uma deusa loira em sua porta logo pela manhã!

Era uma peça do universo, certeza! Ela está sempre bem-vestida com um terninho, o cabelo alinhado ou então preso de uma forma elegante, isso ninguém podia tirar dela, mas não, tudo que pode dar errado dará não é mesmo? Quando ela dorme no sofá com um pijama — que era uma camiseta velha roubada de seu pai e que parecia que tinha sido alvo de um tiroteio —acorda com uma bela visão. Mas ela não se deixaria abalar. Não mesmo. E ela podia aproveitar um pouco, certo? A maleta de Adora tinha um grande adesivo da bandeira lésbica colado na tampa e além disso, Catra reparou que ela lhe deu uma boa olhada dos pés à cabeça quando ela disse que era uma senhorita e não uma senhora.

Que idiota. Catra se estapeou no rosto mais uma vez lembrando da situação na porta.

"É senhorita D'rilutt. Não senhora"

Nem soou nenhum um pouco carente... soou só óbvio demais.

Mas quer saber? Que seja. Ninguém podia culpá-la por ter um de seus sonhos quentes adolescente agora no andar de cima de sua casa arrumando uma banheira e um chuveiro quebrado. Será que isso parecia um sonho bizarro baseado em um pornô machista de gosto muito duvidoso?

Talvez. Mas não era hora de pensar nisso e em como a indústria pornográfica é prejudicial dificultando relacionamentos sérios e duradouros, deteriorando o desempenho sexual com parceiras reais, consumo compulsivo e perda do autocontrole... além de toda a problemática moral e filosófica da vida das mulheres envolvidas nisso.

Ok. Ela já começava a devanear. Talvez não tenha sido realmente uma boa comparação, pois agora ela se sentia culpada, mas pelo menos tinha baixado sua libido.

Ela respirou olhando-se no espelho de seu banheiro. Cabelo amarrado com um lenço, um leve delineador gatinho que é sua marca, uma regata com boob window, uma legging preta básica cheia de pelo de gato que era impossível de tirar tudo. Agora estava pronta para conversar decentemente com sua prestadora de serviço.

Subiu as escadas e entrou sem muita cerimônia no apartamento do trisal, todos eles já haviam saído àquela hora do dia então era obrigação de Catra como senhorio receber as pessoas.

A loira estava de costas, com um joelho apoiado no chão e a outra perna dobrada, a caixa de ferramentas estava aberta e haviam várias delas espalhadas pelo chão, uma pequena caixa com uma mangueira acoplada estava conectada dentro da banheira e Catra podia ver os músculos das costas de Adora se contraírem com o movimento de girar chave de grifo, nome esse o qual ela descobriu ontem pesquisando na internet antes se arriscar e destruir todo o banheiro — por que ela tinha que usar uma camiseta de compressão? Devia ser crime isso, as pessoas poderiam sofrer acidentes enquanto olhando aquela perfeição.

Ela pôs se encostou no batente da porta, cruzou uma perna na frente na outra e cruzou também os braços. Duas respirações curtas sem chamar muita atenção.

— Hey, Adora. – Ela tentou parecer cordial, mas ao mesmo tempo adicionou uma pouco de mel naquele chamado, ela gostou de como soou.

— Ah! Hey senhorita D'rilutt. – Adora olhou por cima do ombro com um sorriso de orelha a orelha. – Está tudo bem? Aconteceu algo?

Cuidadosa e preocupada. Essa mulher podia mesmo preencher todos os requisitos da lista de Catra.

— Não, só vim ver como estava indo o trabalho, já que recebi você de qualquer jeito mais cedo.

Marida de aluguelOnde histórias criam vida. Descubra agora