7.

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Olá amores! Aqui está o aguardado 7º capítulo. Desculpem a demora, espero que gostem! :))
Beijinhos **

Na manhã seguinte o despertador acordou-me ás 9h como é costume e preparei-me para ir correr. Porque é que sempre que o fazia perdia-me? Saiam da minha cabeça estúpidos pensamentos. Odeio quando penso demais, sai sempre merda. Sempre.

Quando cheguei a casa já passava das 10h (tinha-me perdido) e fui tomar banho logo de seguida. Sabia tão bem.

Quando acabei, dirigi-me ao quarto e vesti qualquer coisa prática para um dia de verão: calções desportivos e um simples top visto que não pretendia sair de casa naquela segunda-feira escaldante que ameaçava derreter qualquer pessoa que se atrevesse a sair á rua.

Mal peguei no telemóvel para averiguar se tinha alguma mensagem ou chamada, arrependi-me instantaneamente da escolha do meu outfit. Tinha duas mensagens. A primeira da Cat, a segunda… dele.

Catarina:

“Bom dia, minha querida! Como estás? Liga-me assim que puderes, preciso de falar contigo.”

Ok, estranho. Não sabia o que ela sabia, mas vinha coisa má. Talvez não.

Passando ao que verdadeiramente me interessava: Gabriel.

“Bom dia, espero que estejas bem. Acho que precisamos de falar, diz-me qualquer coisa. Gabriel.”

Já sabia que este momento acabaria por chegar, maais tarde ou mais cedo, mas preferia, indubitavelmente, que tivesse ficado para mais tarde. Quer dizer, não é que eu quisesse fugir a alguma coisa ou algo do género, apenas não me sentia preparada para isto e nem sabia sequer o que lhe dizer. Por norma, costumo ser frontal, mas depois existem estes momentos em que eu não consigo deixar de me acanhar. Argh, que nervos, Abigail!

Após escrever e reescrever a mesma mensagem, cheguei a um consenso com o meu subsconsciente e respondi-lhe:

“Bom dia, tenho o dia todo livre hoje, aparece quando quiseres e vamos dar uma volta. Beijo.”

Beijo? BEIJO?! DEVES ESTAR PARVA ABIGAIL! – gritei mentalmente para mim mesma – ISSO FOI QUASE IRÓNICO, SABES?

Ok, MEDO. Agora estava com medo do que poderia vir para aí. Decidi tentar esquecer o assunto e ligar á Catarina tal como me havia pedido. Estava mesmo a precisar de falar com ela, mas não sabia se lhe havia de contar o que se tinha passado na noite anterior. De qualquer das formas enchi-me de coragem e liguei-lhe.

“Estou?”

- Que me querias? – como disse, frontal.

“Tens de saber tudo o que aconteceu, foi tão bom!” -  sempre com o mesmo entusiasmo, impressionante.

- Quero saber de tudo, conta-me!

Adoro quando as coisas lhe correm bem. Ela fica tão bem, tão… feliz, e consequentemente, eu também fico. Sei lá, é contagiante.

“Posso ir até tua casa?”

Gabriel, hum, não sei se será boa ideia.

- Claro – estúpida – aparece no fim do almoço, consegues?

- Óbvio, até parece que já não me conheces.

***

E por a conhecer tão bem é que sabia que ela se ia atrasar. 15:06h. Tocaram á campainha.

Levantei-me do sofá e corri para abrir a porta. Desci as escadas tão apressadamente que ia caindo no último lance. Parva.

Saímos e fomos tomar café na pastelaria em baixo de minha casa como já é costume desde o início do verão.

E se pudesses voar?Onde histórias criam vida. Descubra agora