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Olá meus amores! Espero que estejam a gostar da história, por favor deixem o vosso feedback, se gostaram ou não, votem...

Muitas surpresas ainda estarão para vir.

Obrigada a todos pelo apoio! Beijinhos (:

Ele levou-me ao terraço onde havíamos dado o nosso primeiro beijo. O lugar dele.

Estava uma noite perfeita. Tal e qual como da última vez em que havia lá estado.

Adorava o facto de ele me dar o meu espaço. Desde que havíamos chegado ele ainda não tinha falado uma única vez no porquê de eu ter estado a chorar. Era como se ele soubesse que eu apenas queria silêncio e que quando tivesse de falar falava.

Desta vez, a primeira a deitar-se no chão morno de cimento fui eu. Ele logo me seguiu. Passado mais algum tempo em silêncio, consegui olhá-lo de lado. Aquele perfil perfeito, a meu lado.

- Tive uma discussão com o meu pai. - desviei os olhos para o céu novamente.

Ele pareceu algo surpreso, mas não chocado por assim dizer, ele já sabia como as coisas funcionavam.

- Outra? O que foi desta vez? - ele soava neutro. Fitava-me.

- O mesmo de sempre.

- Abi... isso não pode continuar assim... - ele preocupava-se tanto.

- Não, Gabriel, tu não percebes, sempre foi assim, sempre será. O meu pai não muda, nem nunca irá mudar.

Levantei as costas e sentei-me, desta vez a contemplar a paisagem. Ele acompanhou-me.

- Eu não sei como é que aguentas - fez uma pausa - és tão infeliz. Tu e a tua mãe merecem melhor que isso.

- Não. Não vale a pena. Por mais que me custe a minha mãe ainda gosta demasiado dele e não quer abrir os olhos e não há nada que eu possa fazer. Cada um tem o que merece.

A minha voz soava fraca, como se a qualquer momento pudesse ficar sem ela.

- Como é que é possível pensares isso de ti mesma? - ele pegou-me na mão. O tom dele era severo, mas calmo. - Já olhaste bem para ti? Tu és fantástica. Tu fazer tudo pelos teus pais, pelos teus amigos... - "por ti" - ... não podes deixar que estas discussões te destruam, não podes.

Enterrei a cabeça no ombro dele sem saber o que dizer e soltei um soluço involuntariamente.

-Porque é que és tão boa pessoa comigo? Eu já fiz tanta merda... - eu juro, não sabia o que é que se passava comigo. Normalmente nunca era assim, lamechas.

- Ei. - ele tentou levantar-me a cabeça, mas ficou-se pelo tentar. - Ei! - insistiu - Ei, olha para mim. - consegui olhá-lo - Eu nunca irei desistir de ti, sejam quais forem as circunstâncias, entendes?

Anui. Mais uma vez não sabia o que lhe dizer. Deixei uma lágrima rolar-me sobre a bochecha esquerda. Estava tão sensível.

Ficámos só nós ali, mais uma vez. Eu, ele e as estrelas.

- Tu gostas mesmo disto, não gostas? - finalmente consegui dizer-lhe qualquer coisa após me tentar recompor. - É mesmo "o teu lugar".

- Não, é o nosso lugar. - corrigiu-me.

- Nosso?

- A partir do momento em que partilhas algo com alguém essa coisa deixa de ser apenas tua. Por isso é o nosso lugar.

Não consegui evitar um sorriso. Ele assustou-me.

- Ah! Aí está ele. Esse sorriso do qual andava á procura. Finalmente, pensava que se tinha perdido!

E se pudesses voar?Onde histórias criam vida. Descubra agora