Capitulo dezesseis.

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Pov's Stefania.

Continuação...

O celular estava mais perto de mim, então eu peguei e a entreguei.

Quando peguei sem querer arrastei o dedo abrindo a ligação que era chamada de vídeo.

Parecia ser a irmã dela, ela viu pouco de mim, logo entreguei para Dani que saiu como se fosse uma amante.

Ela foi para o quintal nua, cobrindo os seios com a mão.

Ela estava longe mas eu conseguir ouvir a conversa.

- Mau momento?

- Não, pode falar, pq me ligou de vídeo? Sabe que eu odeio.

- tá com a italiana gostosona?

- Não!

- Essa não é sua casa Danielle! Pq você mente tanto?

Dani olhava brava para o chão desviando o olhar da câmera.

- Não fica brava, ela parece ser tão legal, passa por cima disso, você vai acabar perdendo a garota.

- Pra que você me ligou?

- Só para avisar que papai não está muito bem, mas não é nada grave. Nem covid.

- O que aconteceu?

-Ele caiu, mas eu dei a sorte de ir socorrer, ele está bem. Só queria avisar, sinto sua falta.

- Que susto você me deu.
Mas tá bom, tchau.

- Okay vai lá transar!

- Eu não estou tran.. eu não estou fazendo isso. Danielle Susurrou.

- Você tá pelada, eu vi a italiana e nem na sua casa você está.

- Minha vida não é da sua conta!

- Não é Dani, pode ir lá trepar!

- Eu odeio você, pq eu te conto as coisas hein?

- Pq você é minha irmãzinha que me ama e não sai do armário. 

Ela perdeu a paciência e desligou. Xingou por um tempo e andou de um lado para o outro.

Apareci na porta e disse - Tá frio Bella, entra.

Ela entrou sem falar nada, vestiu sua roupa e disse que precisava ir embora.

- Okay! Você vai fazer isso até quando? Pq eu não sei se você sabe mas eu sinto algo por você.

- Meu pai caiu, preciso ir vê-lo.

- Ah Danielle, eu ouvi o que sua irmã falou.
Ela não foi a primeira pessoa pra quem você se assumiu ? Ela me viu, te viu nua, pra que esconder?

- Eu não assumi nada, pq não tem nada pra assumir.

- Então aquilo mais cedo foi o que ? Eu sou só sexo pra você ?

- Eu já disse pra você ter paciência comigo.

- E eu tenho, mas você nega até para quem você mesma já disse.

Ela só me olhou em silêncio.

- Você está me machucando Danielle, se você não quer isso vamos parar por aqui.
Eu disse com os olhos marejados.

- É melhor eu ir, depois a gente conversa.

- Não! Não me procura mais, não tem conversa. Só fica longe de mim! Falei já chorando e abrindo a porta.

Ela saiu, e eu sentei atrás da porta e chorei, chorei por aquele dia ter sido tão bom e ela ter estragado tudo.

Me culpei, me senti um lixo, eu queria ligar e conversar com ela, mas eu estava tão cansada.

Danielle sabia muito bem o que queria quando estávamos a sós e com uma chamada de vídeo ela surta, a irmã dela já sabia de nós, ela mesma contou, e agora negou. É ridículo.

Eu resolvi usar todo ódio que tinha dentro de mim para sobreviver aos próximos dias.

A minha terapia inteira se resumia há Danielle.

Não ter a Danielle todos os dias me deixava mal, eu estava num triângulo que consistia sentir ódio, tomar sorvete e chorar.

Eu chorava no banho ou durante a caminhada.

Foi difícil manter minha decisão de não ligar, não mandar mensagem, não fazer contato nenhum.

Eu sabia que o mundo estava um caos e nos não estávamos bem, um jeito de aliviar era ser apoio para ela.

Mas eu não podia me apaixonar por alguém que só gostava de fuder comigo.

Afastar ela foi o melhor a se fazer.

Véspera de fim de virada de ano.

Eu estava sozinha, havia ocupado minha cabeça o dia inteiro para não ter tempo de chorar.

Eu liguei a TV só para me manter alerta, vi os fogos e fui deitar.

Meu corpo estava cansado e eu só queria dormir, mas minha cabeça não parava um só minuto.

Eu estava quase chorando quando resolvi canalizar minha dor em tesão.
Peguei meu vibrador rosa na mesinha ao lado da cama.

Eu terminei de gozar e fiquei quietinha sentindo meu corpo relaxando. Me entreguei e dormir.

Acordei bem tarde no outro dia, havia tantas mensagens no meu celular, menos a dela.
No meio dessas mensagens um amigo, que não nos falavamos a anos.

Desejei feliz ano novo para ele e começamos a conversar.
A conversa se estendeu por dias, ele era muito gentil.

Eu não me lembrava muito bem de onde ele era, aí perguntei.

Ele me disse que era Brasileiro e fotógrafo. Leco o nome dele.
Me convidou para ir ao Brasil, disse que seria meu guia turístico e fotógrafo.
Mas só se eu aceitasse sair em um encontro com ele.

Eu aceitei, mas na brincadeira, o mundo estava uma loucura sabe se Deus quando é que eu iria viajar.

Independente, me diverti muito com ele, aprendi palavrões e falar algumas coisas em português.

Eu adorava o jeito otimista e carismático do brasileiro.

Conversar com Leco me salvou muitas vezes.

A vida estava ficando um pouco mais leve, eu sentia falta de Danielle, mas eu teria que seguir em frente alguma hora.

Leco me ajudou muito nisso, a gente se falava todo dia, ele me ensinava a pronunciar as músicas.

Era divertido aprender outra cultura.

Até que a minha chefe ligou.

- Boa tarde Stefania, posso saber porque você e Danielle não começaram com as lives?

- Oii, Boa tarde, então eu não tenho falado com ela, mas vou entrar em contato e vamos providenciar isso, fica tranquila.

- Vocês demoraram demais, marquei uma reunião para amanhã, tive algumas ideias para as lives.

- Ah acho que não é necessário, você pode me dizer por aqui e nos vamos fazer. Eu disse sem nem acreditar.

- kkkk Até amanhã Stefania, as 11hrs não se atrase.

Eu surtei, por mais que eu me sentia melhor.
Eu não queria ver ela.

Não consegui dizer nem seu nome.

EU NÃO CONSIGO FAZER ISSO! NÃO CONSIGO VER ELA.
falei gritando e gesticulando com as mãos. 

No desespero contei o que estava acontecendo para o Leco, ele me manteve calma e disse que eu sabia ser profissional, era meu trabalho, não estava ali por ela.

Fiquei mais tranquila e confiante.

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