EMERGÊNCIA

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Sarah

- s/n - me aproximo dela. Avisto o piso com a marcas dos seus tênis, e eles estavam sujos de sangue.

Toco no seu ombro e ela se afasta me olhando assustada. Não parecia minha melhor amiga.

Ela estava de sutiã e shorts, suas mãos estavam sangrando e seu rosto estava machucado.

S/n

Tem alguém parado na minha frente, não consigo reconhecer pois meus olhos estão embasados por conta das lágrimas. Não tenho ideia de como cheguei em casa.

Magnus entra pela porta dos fundos aberta e começa a latir subindo as escadas. Voltei para a realidade por poucos segundos até apagar e cair nos braços de alguém. E a última coisa que consegui ouvir antes de fechar os olhos,  foram os griros do Loiro que descia as escadas.

(...)

JJ

- ela tá bem, como ela está? - olho apavorado para a enfermeira que se aproximava.

- não temos detalhes ainda senhor, ela está em cirurgia - ela não consegue nem me olhar nos olhos, tem alguma coisa acontecendo.

- DROGA, DROGA - dou um soco na parede que faz assustar a todos.

- da pra se acalmar, você não tá ajudando - kie se aproxima de mim, e me empurra.

- EU QUERO SABER COMO ELA ESTÁ- grito.

- SURTAR NAO VAI ADIANTAR - ela grita de volta.

- SACO - sento e abaixo a cabeça.

- ela vai ficar bem cara, ela é forte. - John b tenta me confortar, mas não adianta, já estou desesperado.

As horas foram se passando e até agora nenhuma noticia dela, estávamos todos com medo.

- cara, vai pra casa tomar um banho, a gente te liga se soubermos de algo - John b fala baixo, mas o suficiente mas todos a minha volta escutar.

- não quero, tenho que ficar aqui - digo.

No mesmo instante, a mesma enfermeira de algumas horas atrás estava vindo na minha direção. E sua expressão era melhor do que eu imaginava.

- ela esta bem, a cirurgia foi um sucesso, mas tem uma coisa que devo alerta-los. Ela está com muitos hematomas, o que indica que ela foi torturada por horas, não sabemos ao certo se houve agressão sexual, as suas únicas palavras desde que acordou foram que queria falar com o loiro. - seus olhar era confuso, pois não fazia ideia de quem seria o loiro.

- sou eu - me aproximo da enfermeira que me olhava com aflição - aonde vou?

- no quarto 213, por favor... - eu já estava correndo antes mesmo dela continuar a frase.

Fico parada um tempo atras da porta com medo dela não me querer perto o suficiente para abraça-la.

Durante todos esses meses, s/n me protegeu, me acalmou, me ajudou em tudo que precisei e me deu o espaço que precisava quando envolvia alguma coisa sobre meu pai. Não posso perde-la agora.

- gatinha? - dou duas batidas na porta, esperando ela dizer alguma coisa.

- oi... - sua voz era rouca, e falha.

- posso entrar? - digo pegando no trinco da porta, aguardando confirmação.

- claro - novamente sua voz saiu falha. Ela estava com medo.

Abro a porta e me deu um aperto no coração vê-la naquele estado, machucada e no meio de tantos aparelhos.

Entrei e fiquei parado na porta. Não sabia o que fazer, e se eu machuca-la? se eu aperta-la com muita força? e se ela não me quiser mais.

- por que tá parado aí? - ela batia o queixo para falar. E podia ver suas mãos tremendo ao segurador o controle da sua cama.

- não sei se posso me aproximar. - digo, e meu coração só faltou saltar pela boca.

- por que não? - ela suspira, tentando controlar a tremeideira.

- sinto muito - meus olhos se enchem de água e ela me encara triste.

- não tem o que você pedir desculpas.

- a culpa é minha por você estar aqui - me aproximo dela aos poucos.

- não não meu bem, não é culpa sua, sério, é minha, eu devia saber - ela diz, e entro em choque com sua última frase. eu devia saber. Do que ela ta falando.

- do que você ta falando? - digo, e ela abaixa a cabeça e vejo uma lágrima escorrer pela sua bochecha. - s/n?

- olha, eu menti tá legal - essa frase me cortou de muitas maneiras possíveis. Odeio que mintam para mim.

- mentiu, você mentiu pra mim? - altero o tom de voz.

- da pra me deixar... - eu a interrompo.

- desde de quando mentimos um para o outro ein?. Com quem você estava? - digo firme.

- tá de brincadeira comigo? - ela diz apertando as mãos - eu quase morri pra te salvar e você ta achando que eu te trai? VAI PRO INFERNO JJ.

- então me dá um BOM motivo pra você ter mentindo pra mim - digo e ela não responde, dou um soco na cama e ela se assusta.

Ela volta a segurar as lágrimas e nos encaramos por um tempo.

- Sai daqui - uma vez masculina se manifesta atrás de mim. Era John b.

- como é que é? - digo, e arqueio a sobrancelha.

- mandei você sair daqui - ele se aproxima e me agarra pelo colarinho.

- John b... - é a última coisa que escuto da s/n antes do meu melhor amigo me arrancar do quarto a força.

- qual é seu problema cara? - me deparo pra ele me soltar.

- você ta sendo o problema JJ. - ele não falha nem um por um segundo. E me joga pra frente me fazendo quase cair.

- o que ta acontecendo aqui? - kie, e os outros se aproximam.

- tira o JJ daqui - ele diz olhando para Pope.

- por que, o que aconteceu lá den...

- EMERGÊNCIA NO QUARTO NO 213, RÁPIDO - uma enfermeira grita, tomando a atenção de todos nós.

Em torno de 4 pessoas correm em direção ao quarto, uma com um carrinho de parada nas mãos, e outra com as injeções.

- é o quarto da s/n - tento ir atrás deles.

- NÃO, VOCÊ FICA AQUI - meu melhor amigo grita comigo.

- deixa, eu vou - Sarah me dá dois tapinhas no ombro e corre atrás deles.

- por que não me deixou ir? - empurro John b.

- não acha que já fez demais lá dentro? - ela me encara bravo. Não respondo, kie me olha confusa, Rafe e Brad se afastam e cochicam sobre alguma coisa. 

Minutos depois Sarah volta com as mãos na cabeça e com os olhos cheios de lágrimas, ela estava assustada e abraçou John b.

- Sarah, o que aconteceu? - digo, e sem resposta. Ela soluçava de chorar, o que me deixou preocupado.

- Ela... - pope se aproximava de kie, abracando-a.

- Ela teve uma parada cardíaca. Mas eles conseguiram trazer ela de volta.

Dou um suspiro de alivio, e todos sentamos, eu estava com medo, meu coração estava acelerado. Nunca mentimos um para o outro. NUNCA.





confusion • JJ maybank Onde histórias criam vida. Descubra agora