Me encolho,
(em mim mesma).
Ergo muros em volta,
(De mim mesma).
E me torno inatingível.
Até para mim mesma.Escondida.
Afogada no meu próprio sangue,
ferida pelos meus próprios cacos.Sem previsão nenhuma da luz no fim do túnel,
a escuridão parece mel.Todos os dias visto o bom humor,
todos os dias,
(mas não hoje).Inimiga de mim mesma,
me apunhalo com minha própria mão.No jardim que é regado pela insegurança,
me perder já é rotina.
E quando isso acontece,
se torna difícil me por pra cima.Em um pedido mudo que ninguém parece perceber,
transbordo gritos e dores.
(em mim mesma).
Não sei se serei capaz de sobreviver.Sou cheia de controversas,
Travessias,
Tardes frias,
Noites gélidas,
tingidas pelo azul da maresia.
Tento me guiar através dos versos.Sem querer que me procure.
Quero que me ache.Sem querer que me alcance.
Quero que me salve.
(de mim mesma).Sem querer que me toque.
Te peço que me segure.Te mando embora.
Querendo que fique.Não quero que ninguém me veja.
Mas espero que você me enxergue.Eu não funciono.
Sempre tropeço(em mim mesma).
desde o começo.
E como sempre,
tropecei de novo,
Achando que daria certo.Sem nenhuma razão pra ficar,
(em mim mesma).
Eu quero ir,
Tentar fugir.Nada disso faz muito sentido.
Acredite.
Sequer,
para mim mesma. - L.C
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Thơ caPoesias sobre tudo, sobre nada, sobre ciclos, amores perdidos e paixões encontradas.