Eu.
Corrente.
Ar.
Liberdade, leveza
e vontade de voar.Me permiti habitar em ti.
Na água pura.
Como oxigênio.
Liquido?
Mentiras? loucuras!
Minhas moléculas junto das suas.Você.
Liquida.
Volúvel.
Estagnada, porém sempre em movimento.Ainda não era nosso momento.
Então, por favor.
Liberte minhas partículas.
Me separe das suas gotículas.
Me devolva ao vento.Vá achar sua terra.
Lapíde dela a pedra.
A irrigue e veja,
se cresce o que deseja.Se lambuze dessa lama,
até talvez rachar.Enquanto eu procuro o fogo,
que necessita de mim.
Que possa me consumir,
de dentro pra fora.
É disso que preciso?
Sim!Ser queimada.
Me elevar na fumaça.
Ser a caça caçada pela brasa,
E de alguma forma,
conseguir ser amada.Mas quando isso acabar.
Quando você evaporar.
Não deixe a terra te sugar.
E eu me queimar.
Não vou deixar o fogo me devorar.A gente vai se reencontrar.
No volátil átrio da atmosfera,
Depois de nossas fases e estados físicos.
Finalmente viver o que nos espera.No final, não é a terra que te absorve,
ou o fogo que me consome.No final verdadeiro,
você água.
Habita em mim,
Ar.E na humidade palpável de nossa junção, em fim, poderemos descansar.
- delírios sobre o destino que me custaram meses, mas renderam boas analogias
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PoesíaPoesias sobre tudo, sobre nada, sobre ciclos, amores perdidos e paixões encontradas.