Their Verdict of Vagaries • Tomarry

Weakening Emotion

Harry estava sentado sozinho, olhando para o nada. Nenhum som chegou a seus ouvidos, apesar do tiquetaque constante dos relógios e do leve rangido de passos ao longe, que poderiam ter chamado sua atenção em outro momento menos problemático. Por enquanto, ele estava praticamente surdo. Nada acontecendo ao seu redor poderia tirá-lo de seu atual estado de espírito, que tinha sido persistente, mas sempre variável, por semanas inteiras. Freqüentemente, ele não conseguia fazer nada mais do que pensar - e mesmo isso se tornava agonizante depois de muito tempo. O que ele mais queria era apenas ser , mas mesmo isso não era muito um desejo para ele.

Ele estava pensando em Emeric. Não importa o que ele tentasse, ele não conseguia parar de meditar sobre esses pensamentos novamente e novamente. Ele tentou se distrair, bem como simplesmente suprimir as emoções que surgiram dentro dele, mas isso só resultou em uma raiva profunda e delicada e uma frustração que foi avassaladora. Ele sentiu ondas de dor aguda no peito que não conseguia parar quando pensava nisso por muito tempo. Ele sabia que a morte de Emeric era um destino terrível para qualquer um, não importa quantas coisas terríveis ele pudesse ter feito em sua vida. Harry não tinha certeza de como isso aconteceu ...

Não se justificava - esse era o pensamento que continuava correndo pela mente de Harry, puxando-o de volta a um estado de contemplação entorpecida durante o dia, mantendo-o acordado à noite. Emeric não tinha feito nada de ruim o suficiente para merecer a morte, pelo que Harry sabia. O pessoal de Grindelwald havia participado de atividades horríveis, muitas das quais bem divulgadas em vários jornais da Grã-Bretanha e da Europa, mas Emeric sozinho não poderia ser considerado culpado por grande parte delas, se é que havia alguma. Emeric nunca tentou matar ninguém, ele simplesmente amou um homem que ele não poderia ter.

Harry fez um movimento involuntário com a cabeça, como se para espantar uma mosca invisível. Emeric nunca o amou - ele era obcecado por ele. Havia uma grande diferença entre as duas ideias; Emeric teria feito tantas coisas ruins para Harry sem piedade. Tom havia mencionado isso antes, sugerido recentemente. Emeric não teria feito nada além de causar dor, e Harry acreditava nisso - ele sabia que deveria ser verdade porque ele se lembrava tão claramente da mudança imediata para fúria que apareceu na expressão de Emeric, como se bastasse uma pequena coisa para colocá-lo em fúria. Era um olhar que era muito seu, mas ainda lembrava Harry intensamente de todos os loucos que ele tinha visto antes.

Havia outro lado dele, no entanto. Harry se lembrava bem disso. Havia um lado suave e reconfortante de Emeric que transparecia com bastante frequência, quebrando a raiva mesmo em seus piores momentos, e esteve presente constantemente enquanto eles trabalhavam juntos na Inglaterra. Uma sensação estranha de esmagamento ocorreu a Harry. Quando ele não estava enlouquecido por razões que Harry ainda não conseguia entender, Emeric era um garoto solitário e triste que não tinha nada pelo que ficar bravo. Ele era um trabalhador árduo, um lufa-lufa, se é que Harry já viu um. Este era o lado de Emeric que tinha chegado perto de Harry ... e mais perto ...

Mas ele estava louco! Ele estava completamente louco, e nenhuma quantidade de racionalização poderia mudar isso. Harry estava mais confuso do que nunca; ele começou a esfregar o rosto com as mãos em estresse. Ele se sentiu como se matando Emeric, ele matou duas pessoas de uma vez. A culpa, a vergonha e o ódio por si mesmo se entrelaçaram em torno do próprio ser de Harry, esmagando-o firmemente quando ele refletiu que havia assassinado o garoto solitário que conhecia. Mas quanto ao homem enlouquecido que rompeu a superfície do estado normal de Emeric, Harry sentiu como se houvesse razão para atacá-lo. Esse lado de Emeric poderia facilmente ter feito coisas piores, se Harry não tivesse lutado ...