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Capitulo 0
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Haizea Riddle. Este foi o nome que o meu pai escolheu.
Quem me contou isto foi o meu padrinho, Severus Snape. Ele criou-me desde os meus onze anos e salvou-me de uma vida de abuso.
Quando a minha mãe desapareceu e o meu pai fugiu fui levada para um orfanato chamado Orfanato de Wool. Lá sofri todo o tipo de abusos que uma criança pode sofrer. Mas nem tudo foi mau. O meu melhor amigo, o Aleksander, esteve comigo o tempo todo. Foi ele que limpou as lagrimas e o sangue que eu derramei, levou a minha dor e sofrimento e que me fez sorrir quando só me apetecia chorar. Devo-lhe a minha vida.
Flashback on – quatro anos atrás
- Haizea! - chamou o Alek
Fui acordada pelo meu melhor amigo. Ele parecia assustado e quando me tocou para me puxar pude sentir a sua pele suada contra a minha.
Afundei a cabeça na almofada e soltei um grunhido.
- Ainda nem amanheceu! - reclamei e acendi uma vela. - O que é que aconteceu?
- O bruxo voltou. Ele está á tua procura. Ouvi a freira Elma dizer-lhe que estavas aqui em cima. Temos de ir!
Soltei-me dos cobertores e calcei umas meias. Quando Alek abriu a janela fui acertada pelas cortinas que dançavam com o vento. Ele sentou-se no parapeito e eu acenei que não com a cabeça. Ele queria saltar e fugir, mas estávamos no segundo andar.
- Eu não vou saltar! - avisei-o
Ele ignorou o que eu lhe disse e deu impulso para saltar. Corri até á janela e quando olhei para baixo ele olhava-me sorridente.
- Anda! - chamou. - Eu agarro-te.
Estava com medo, mas sabia que ele não me deixava cair, então sentei-me no parapeito. Respirei fundo e quando ia saltar senti uma mão no meu braço.
- O que estás a fazer? - perguntou uma voz suave
Vire-me para traz e percebi que uma das crianças que dormia no quarto acordou.
- Não te preocupes. É tudo um sonho. - disse-lhe
Ela pareceu acreditar. Não tinha mais de cinco anos. Quando se voltou a deitar saltei. Não tive tempo de pensar. Fechei os olhos com força e quando os voltei a abrir o Alek agarrava-me com um sorriso na cara.Esse sorriso desapareceu depressa, visto que estavamos a fugir.
- Temos de ir. Não temos tempo.
Concordei e agarrei na mão dele. Quando começamos a correr senti-me arrependida por não ter calçado alguma coisa. Durante a noite o orfanato parece um castelo de gelo. Vestia apenas uma camisa de dormir e umas meias e enquanto corríamos pelas arvores da infinita floresta os meus pés afundavam-se na lama. As minhas pernas estavam arrepiadas e o meu folego cansado.
Passado algum tempo o Alek parou de correr e eu fiz o mesmo.
- Acho que é melhor pararmos um pouco. Não sabemos sequer onde estamos.
Concordei com ele, mas antes sequer de dizer alguma coisa ouvimos alguém.
- Não pensei que me fosses dar tanto trabalho. - A voz era grossa e assustadora
Podia prever quem era. Um bruxo não ia mesmo deixar a sua presa fugir. Nós estávamos cientes da existência de bruxos, mas as freiras não nos contavam muito sobre eles. Diziam-nos apenas que se nos cruzássemos com um saberíamos imediatamente.
O Alek olhou para mim com os olhos arregalados e colocou-se á minha frente.
Quando o bruxo se revelou o seu cabelo preto chamou-me á atenção. Na noruega não há muita gente com cabelo tão preto quanto a noite.
- És exatamente igual ao teu pai. - disse. - E isto não foi um elogio.
- Quem és tu? - perguntou o Alek. - E o que queres de nós?
- De vocês? - perguntou a rir. - De vocês nada.
Ele chegou-se mais perto de nós e tirou uma varinha da sua roupa, apontando-a a mim.
- O meu assunto é só com ela.
Engoli a seco e saí de trás do Alek. Ele parecia assustado e sem saber o que fazer. Mas o que um rapaz de 11 anos poderia fazer contra um bruxo?
- O teu pai confiou-me a tua segurança e neste momento tens idade suficiente para estudar em Hogwarts. É o momento certo para soltar a magia que há dentro de ti.
Olhei para o Alek confusa. O bruxo pareceu perceber e agarrou-me o braço.
- Não me parece que aqui estejas segura. - referia-se aos hematomas que as freiras causaram. - Sou a única família que te resta, e como teu padrinho tenho o dever de te proteger.
As suas palavras pareciam sentidas. A sua presença, apessar de assustadora trazia-me um conforto diferente do comum e foi aí que percebi que ele era de confiança.
Flashback off
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Him | Draco Malfoy
FanficO problema é que os seres humanos têm o dom de escolher exatamente aquilo que é pior para eles. - Harry Potter Haizea Riddle sabia que no dia que o seu pai aparessece a sua vida mudaria para sempre. E mudou. Só não esperava que alguém estivesse co...