Eu Não Mordo

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Capítulo 1

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Já não era o meu primeiro ano em Hogwarts

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Já não era o meu primeiro ano em Hogwarts. Já estava acostumada com o barulho na estação de comboios e já conhecia toda a gente, mas sempre que o ano começa as borboletas na barriga voltam.

Quando entrei no comboio tirei o casaco molhado pela chuva, limpei as gotas da minha cara e caminhei até á carruagem onde fico todos os anos.

O Blaise, a Pansy e a Morgana já estavam sentados, e quando eu me sento com eles vejo que o Alek vem mesmo atrás de mim. Assim fica só a faltar o Draco, que provavelmente estaria á procura da sua próxima vítima.

- Surpreendente. Ainda estão todos inteiros. Pensei que não aguentassem um verão inteiro sem a minha presença.

A Morgana riu-se com o meu comentário e revirou os olhos.

- Diria o mesmo de ti, mas já percebi que não dás valor aos teus amigos. - disse a Pansy

Mostrei-lhe a língua e encostei o meu corpo ao assento almofadado.

- Onde está o Draco? – sussurrei ao ouvido do Alek

- Não sei. A última vez que o vi foi uns minutos antes de tu chegares. Depois disso ele desapareceu. – respondeu sem tirar os olhos do seu livro.

Mesmo antes de ter a oportunidade de perguntar se sabiam onde ele estava entrou acompanhado de uma bruxa que parecia demasiado o tipo dele.

- Sentiram a minha falta? - perguntou e sentou-se ao lado do Blaise

A bruxa que vinha com ele caminhou até nós, mas o Draco olhou para ela e negou com a cabeça.

- Não me parece. Os lugares já estão todos ocupados. - disse-lhe, sem parecer preocupar-se

Ela pareceu entender a mensagem e saiu, não muito contente. Mas já devia saber bem que o Draco era assim, não havia surpresa nenhuma nas ações arrogantes dele.

- Ainda nem chegamos a Hogwarts e já conseguiste manter a tua fama. Muito bem. - disse-lhe ironicamente

- Sabes, se te metesses na tua vida não morrias. - disse e sorriu, satisfeito com a sua resposta 

Passado algum tempo a conversar senti uma imensa vontade de ir ao banheiro. Tentei levantar-me, mas tropeçei nas bagagens. Quando estava prestes a cair senti alguém agarrar a minha cintura.

- Vê lá se tens mais cuidado. Um dia destes cais de verdade e eu não estou lá para te segurar. - Sussurrou o Draco 

Soltei-me dos braços dele e sorri-lhe como forma de agradecimento. Mesmo com os problemas entre nós sabia admitir quando ele era simpatico.

A minha ida ao banheiro foi rápida, mas quando voltei para a cabine vi que o Draco ocupava o lugar do Alek.

- Onde está o Alek? -Perguntei-lhe, claramente confusa 

- Foi á tua procura. – respondeu ele, sem desviar o olhar do que estava a fazer

- Porque é que te sentaste no lugar dele? – retroquei

- Não vejo aqui o nome dele. – Riu-se desafiador. – Estás com medo? Eu não mordo.

Revirei os olhos e sentei-me. Ele parecia satisfeito, como se tudo aquilo fosse um jogo e ele tivesse ganho.

Passado algum tempo senti o seu braço nas minhas costas e afastei-me, desconfortável

- O que é que pensas que estás a fazer? – perguntei-lhe, mas a minha voz soou enfraquecida

O Draco apontou para a sua varinha, que estava do meu lado do banco. Peguei nela e devolvi-a.

Enquanto os nossos olhos se focavam um no outro, um fumo negro invadiu a nossa cabine. O Alek ainda não tinha voltado e senti um aperto no coração. Temia que lhe acontecesse alguma coisa.

- O que é isto? Blaise? – perguntou o Draco, firmemente

A mão do Draco agarrou a minha e puxou-me para mais perto dele. Não recusei. Foi um movimento de proteção e eu estava com medo do que aquilo poderia ser. 

Mas antes que alguém pudesse dizer ou fazer alguma coisa o fumo desapareceu e voltou tudo ao normal.

- Hogwarts. Que desculpa patética para uma escola. Acho que me atirava da torre de astronomia se tivesse que continuar por mais dois anos. - disse o Draco, soltando o meu corpo e compondo a sua postura 

Ninguém percebeu o que ele queria dizer com aquilo e a Pansy questionou-o, mas a única resposta que teve foi que ele não perderia tempo nas aulas de feitiço do próximo ano.

Olhei para o Blaise que olhou para mim e acabamos por rir da maneira que o Draco falava, como se ele fosse bom demais para tudo e todos. Ele pareceu não gostar e revirou os olhos, dizendo algo que, mais uma vez, não fazia sentido.

- Divertidos? Vamos ver quem vai rir no fim.

Quando chegámos o Draco fez questão de ficar para trás. Ninguém pareceu notar, mas quando saímos do comboio percebi que me esqueci da minha varinha. Seria muita irresponsabilidade se alguém tivesse notado que eu havia deixado para trás algo tão importante. Voltei a trás e quando percebi que a cortina da porta da cabine estava para baixo decidi encostar a minha orelha á porta para ouvir o que se passava.

- A mamã nunca te disse que é rude ouvir a conversa dos outros, Potter? - reconheci a voz imediatamente. Era o Draco. - Petrifcius Totalus. - Alguma coisa pesada caiu no chão e pude ouvir alguém com dor. - Ah, pois, ela estava morta. Isto é para o meu pai. Aproveita o teu passeio de volta a Londres.

Antes que a porta se abrisse afastei-me e dei de cara com o Draco. Ele parecia assustado por me ver, mas tentou disfarçar, como se nada tivesse acontecido

- Estás a olhar para quê?


Him | Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora