Não tem nada para mim lá fora

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Estávamos de volta ao local onde nós acordamos, em silêncio, de cabeças baixas.
Estava mais afastadas de todos eles quando a porta foi aberta e os soldados de vermelho entraram, todos se levantaram rapidamente indo até a frente do local

-Os que estão aqui passaram pelo primeiro jogo.- anunciou o soldado com máscara de quadrado- meus parabéns!- parabenizou e todos se entreolharam- quero anunciar o resultado desse jogo.

Assim que o quadrado falou, aquela contagem de números que fica na parte de cima da parede, começou a recontar o número de jogadores parando no 201

-Dos participantes do primeiro jogo, 256 pessoas foram eliminadas, e 201 jogadores completaram o primeiro jogo.- disse após a contagem parar.

As pessoas começaram a ficar assustadas e susurravam entre elas.
Ninguém fez nada até uma das jogadoras, a 212, se ajoelhar no chão na frente de todos chorando e implorando perdão.

-Me desculpa!- ela pedia chorando- eu prometo que vou pagar minhas dívidas! Olha, eu tenho um bebê em casa, nem o registrei porque ainda não escolhi o nome dele!

Parece que a atitude dela comoveu o resto dos jogadores, porque uma mulher fez o mesmo prometendo pagar sua dívida.
E agora boa parte dos jogadores estavam ajoelhados implorando para ir embora.

Todos nós sabemos que nenhum deles tem dinheiro para quitar as dívidas, para que se humilhar desse jeito?

-Acho que houve um mal entendido.- disse o quadrado enquanto observava as pessoas no chão- Nós não queremos machucar nenhum de vocês e também não queremos o dinheiro de suas dívidas. Queria lembrar que estamos dando a vocês uma chance

-Uma chance?- um dos participantes gritou indignado- chamam isso de chance? Forçaram a gente a jogar e mataram pessoas!

-Isso é só um jogo!- O quadrado falou com paciência- os jogadores foram eliminados porque quebraram as regras do jogo!- é quadrado, faz sentido.- se seguirem as regras vão embora com o dinheiro que prometemos a vocês!

- Não preciso desse prêmio idiota!- olhe amigo, fale por você.

-Clausura 1 do contrato, o jogador não pode desistir de jogar.

-Clausura três, os jogos podem ser encerrados se a maioria concordar!- gritou um dos jogadores.- vamos fazer uma votação!

-Se é oque querem, podemos votar e se a maioria decidir, o jogo se encerra.- anunciou e as pessoas concordaram afoitas para ir embora- Antes quero mostrar o valor do prêmio como foi prometido.

As luzes se apagaram e aquele cofre enorme desceu da plataforma parando no mesmo lugar de antes.
Então o dinheiro começou a ser inserido enquanto todos olhavam, e porra, era muito dinheiro.

- Um total de 256 pessoas foram eliminadas na primeira rodada.
O valor para cada jogador é 100 milhões de wons, então o dinheiro acumulado está no valor de 25 bilhões de meio.

Essa informação fez todos obviamente repensarem sobre não jogar mais, é um puta dinheiro.

...

Explicaram tudo sobre o prêmio em dinheiro e nós começamos a votação.
Era simples, vermelho para parar o jogo, verde para continuar.
Chegou a minha vez e cliquei em continuar sem pensar duas vezes, não tem nada para mim lá fora.
No final da votação o número 1 iria desespatar a contagem com a desisão dele, fiquei torcendo para ele clicar em continuar para a gente seguir o jogo e eu ganhar essa merda de dinheiro.  Mas não foi como eu queria, o senhorzinho votou para irmos embora e assim foi feito.

...

Fui jogada na estrada praticamente nua com a jogadora 212.

-Mas que merda!- praguejei- Ei! me ajuda aí!- falei para a outra mulher comigo que bufou mas fez oque foi pedido.

-Será que eles não tem educação não?- ela reclamava ainda amarrada enquanto eu colocava minhas roupas- onde já se viu? Jogar as pessoas de roupa íntima na rua?- dei de ombros e ela me olhou.- E Você? Não vai me soltar não?

Fui até ela soltando a mesma e continuei meu caminho.

-Ei! me espera!- a mulher pediu correndo atrás de mim tentando me alcançar

-É mentira a história da criança, não é?- Perguntei sem olhar para ela quando chegou do meu lado

-Tenho cara de quem troca fralda de cocô por acaso?- questionou apontando para seu rosto e eu dei de ombros- Você não é muito de falar né?- não respondi novamente- tem onde ficar?

- Não.- respondi simples

- Eu também não!- disse dando risada- que merda né?

...

Voltei para o apartamento, minhas coisas não estavam dentro dele, mas que merda!
Desci a escada do prédio rapidamente achando minhas coisas dentro da lixeira.

-Caralho!- xinguei chutando o lixo

Sentei encostada na parede da rua abraçando minhas pernas junto ao corpo e apoiei a cabeça nas mesmas.
Já estava de madrugada, não tinha para onde eu ir, eu não tinha dinheiro, e agora nem dignidade.

Senti uma sombra cubrir a luz do poste mas não levantei a cabeça, quando eu levantei na intenção de ver quem tinha ali não vi ninguém, só mais um daqueles cartões que recebi para entrar no jogo.
Peguei o mesmo o analisando, tinha um número diferente gravado dessa vez.
"Ligue se quiser voltar a jogar" estava grifado perto das formas.  Sem pensar muito, peguei meu celular do bolso e liguei,logo ouvi uma voz do outro lado da tela.



Notas da autora:

•Desculpa postar tão tarde, consegui escrever agora

•Prometo que vou fazer a Sae aparecer mais, estou dando contexto para a história

•Se gostar de the walking dead pode me dar uma ajudinha lendo "Always and forever" que no meu perfil :)
 
•Não se esqueçam de votar

•Se tiver algum erro ortográfico ou da série me avisem por favor

Até o próximo cap<3

Number 67▪︎ Onde histórias criam vida. Descubra agora