20- Primeira consulta

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Levantei devagar pra não acordar Cheryl, coloquei minha calcinha e meu sutiã e fui ao banheiro.

As cortinas do apartamento eram escuras então eu não precisava me preocupar com vizinhos me olhando de roupa íntima.

Quando voltei para o quarto, Cheryl estava sentada na cama, com uma feição sonolenta e os braços atrás da cabeça.

- Bom dia - eu disse indo até o armário para pegar uma blusa.

- Bom dia, namorada - ela respondeu. Senti meu rosto corar e me virei pra ela não perceber.

Peguei um short qualquer e olhei para a blusa que Cheryl estava ontem.

- Pode me passar essa blusa sua aí do lado?

- Não mesmo - ela respondeu rindo.

- Por que? Por favor.

- Não... Eu gostei da vista - Cheryl mordeu os lábios me olhando de cima a baixo.

Bufei indo até ela e pegando a blusa.

- Como eu não sabia que você era tão safada? - perguntei me sentando na ponta da cama.

- Eu sempre fui, mas eu tinha medo do que você ia pensar de mim, já que eu gostava de você e sabia que nunca íamos ficar juntas.

- Como você sabia que nunca iríamos ficar juntas?

- Você é certinha demais - arqueei a sombrancelha.

- Eu não sou certinha demais - cruzei os braços bufando.

Ela se aproximou de mim, seu rosto ficou bem próximo ao meu.

- É sim, Toni. Aceite - sussurrou.

- Não se esqueça que eu te beijei, no hotel - meu olhar sem querer desceu para seus lábios e ela os mordeu.

- Depois que eu te beijei - ela disse baixo ainda com o olhar em mim.

Antes que eu pudesse beija-la, ouvi um toque de celular alto. Cheryl se levantou bufando, pegou o celular e saiu do quarto.

Ela ficou um tempo na sala e depois voltou se jogando em cima de mim.

- Eu preciso ir - ela disse dando vários beijos no meu rosto.

- Ah! Não - murmurei segurando sua cintura e fazendo um biquinho.

Cheryl pareceu se lembrar de alguma coisa e se sentou.

- O que houve?

- É que... Você vai querer manter nosso namoro em segredo. Eu digo, para os meus pais? - ela perguntou mexendo nas mãos.

- Claro que não - respondi rápido - Estava pensando em ir na sua casa amanhã, falar com seus pais.

- Você quer pedir minha mão para os meus pais? - Cheryl brincou.

- Claro. Eu sou uma romântica com valores antigos. Sigo todas as regras.

- Certinha - ela falou e fingiu tossir.

- Okay, sua implicante. Vamos! Eu te levo, tenho que passar lá pra pegar minha mãe - me levantei rápido.

Cheryl se levantou também, colocou seu casaco e moletom, a blusa que ela estava ontem já estava em meu corpo e eu só coloquei um short jeans pra acompanhar.

Meus planos eram levar Cheryl na sua casa, que ficava no fim da rua e depois voltar para pegar minha mãe, mas assim que passei em frente a minha antiga casa, minha mãe me esperava na porta.

Quando viu meu carro ela já correu até ele.

Eu fui obrigada a parar e na hora fiquei um pouco apreensiva por ter Cheryl e minha mãe no mesmo carro, nem que fosse por poucos minutos.

My dear teacher| Choni versionOnde histórias criam vida. Descubra agora