My dear teacher| Choni version

32-But even closer to you. You seem so very far

Luto

É a angústia pela perda de algum ente ou pessoa querida que morreu.

Foi isso que a página do Google me respondeu quando eu pesquisei sobre o assunto na noite anterior.

Eu sempre fui uma pessoa de fazer muitas pesquisas, sempre quando encarava algo que não sabia, ou não sabia lidar, eu pesquisava a ajuda do meu amigo google.

Mais abaixo tinha explicando as fases do luto, eram cinco fases que pelo o que eu li, eu passei por três delas em apenas um dia.

Negação

Eu passei por essa assim que a médica me disse sobre minha mãe. Eu me recusava a acreditar que uma coisa daquelas tinha acontecido, afinal era da minha mãe de quem estávamos falando.

Ela passou por tanta coisa, sofreu, errou, aprendeu com os próprios erros, ela não merecia morrer dessa maneira.

Eu fiquei em choque, não conseguia prestar atenção às coisas que aconteciam ao meu redor, até o momento que eu não conseguia mais respirar, então eles tiveram que me sedaram.

Raiva

Eu creio que passei por esse estágio quando os policiais me falaram que Duane era o culpado de tudo. Que minha mãe ter "caído" da escada não tinha sido acidental.

Eu nunca desejei a morte a ninguém, mas naquele dia eu desejei para todos os deuses que eu sabia o nome que aquilo fosse um sonho e que Duane tivesse morrido no lugar da minha mãe.

Eu não queria que ele estivesse vivo, eu achava injusto alguém como ele está fugindo da polícia, enquanto alguém como minha mãe, estava sendo preparada para descer o túmulo.

Barganha

Essa etapa veio acompanhada de uma culpa horrível. Eu me culpei de não ter trago minha mãe a força e amarrado ela na minha cama.

Me culpei por não ter feito as coisas de um jeito mais rápido.

Me culpei por não ter procurado outro juiz.

Uma parte de mim me avisava que não era culpa minha, que eu não podia adivinhar que as coisas tomariam o rumo que tomou.

Outra parte, a parte que estava ganhando, dizia que a culpa daquilo era inteiramente minha. Que tinha diversas maneiras de eu ter resolvido o problema e eu não fiz uso de nenhuma delas.

E de novo eu me vi pedindo coisas aos deuses, mas dessa vez eu pedia que me levassem no lugar dela.

Ela merecia estar aqui e não eu, porque era tudo culpa minha.

Depressão

Essa foi a pior de todas.

Começou na manhã seguinte, quando eu tive que preparar o enterro da minha mãe.

Eu não conseguia focar, não conseguia respirar, eu sentia uma dor incontrolável no meu peito, uma dor que fez com que eu quisesse me machucar por diversas vezes, para que a dor física ocultasse a dor que eu sentia no peito.

Felizmente, Cheryl estava ao meu lado e não deixou que eu me machucasse fisicamente.

Ela me abraçava e passou a me apoiar nas noites em que eu acordava chorando de um pesadelo ou de uma lembrança da minha mãe.

Ela me beijava, sem malícia nenhuma, apenas um gesto para dizer que ela estaria ao meu lado, esses gestos sempre funcionavam, nem que fossem temporariamente.

Essa também foi a fase mais longa.

E só aumentou de intensidade quando eu saí do enterro da minha mãe. Onde eu olhei para seu corpo e desejei que aquilo tudo fosse um maldito pesadelo.