31- And i wanted to go home

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Alguns minutos depois, eu estava entrando correndo no hospital, passando na frente das pessoas e chegando ofegante na recepção.

Eu não sabia a velocidade em que eu estava correndo, mas sabia que era rápido. Já que minha namorada chegou na recepção alguns segundos depois de mim, ainda ofegante.

Eu também estava um pouco nervosa, então não sei o que falei para a recepcionista, só sei que ela acabou entendendo no fim.

— Sim, sua mãe chegou faz duas horas e está em cirurgia — a recepcionista me respondeu.

Eu nem sabia como ela tinha conseguido me entender as perguntas que eu fazia.

— Mas, cirurgia para quê?

— Você pode ficar na sala de espera, o médico logo virá até você.

— Mas, minha mãe... A gravidez era um pouco arriscada, como eu vou saber que ela e minha irmã estão bem?

— Isso eu não posso lhe informar ainda.

Depois de insistir mais um pouco eu entendi que ela não me daria nenhuma informação, até porque eu acho que nem ela mesma sabia o que estava acontecendo naquela sala de cirurgia.

Cheryl e eu seguimos até a sala de espera, e a cada segundo que se passava, parecia uma eternidade.

Já tinham se passado quase uma hora, nenhum médico tinha vindo até mim, ninguém passava por mim.

Eu cheguei a pensar que estávamos sozinhas naquele hospital, já que o movimento era quase inexistente.

O celular de Cheryl tocou, ela pegou vendo quem era e depois desligou, se ajeitando na cadeira fria da sala de espera.

De novo, eu ouvi seu celular vibrando, ela nem viu quem era dessa vez, só desligou bufando.

— O que foi? — perguntei. Ela levou um susto.

Certeza que nem sabia que eu a observava.

— Nada, é só uma reunião que eu tinha com alguns agentes, mas eles podem esperar.

— Pode ir — eu disse simples.

— Mas, a sua mãe...

— Ela não vai sair daqui e nem eu, não quero atrapalhar sua carreira.

— Você não atrapalha, amor. Não é necessário que eu esteja lá...

Seu celular vibrou de novo a interrompendo.

— Se não fosse necessário eles não estariam ligando tanto. Preste atenção, eu vou ficar bem, okay? Por favor pode ir.

— Eu não vou me sentir bem.

— É sério, Cher. Eu sei que você precisa ir e sei o quão importante sua carreira é para você. Por favor vá, eu não vou ficar com raiva.

— Tem certeza? — ela finalmente pareceu estar cedendo.

Me aproximei beijando de leve seus lábios, para confirmar o que eu havia dito.

— Eu te amo — disse por fim.

— Eu também, qualquer notícia, qualquer movimentação, me ligue, me mande mensagem, eu vou ficar com o celular do meu lado, pra não perder nada.

— Okay, eu prometo te manter informada.

— Posso pegar seu carro? É que eu deixei o meu no estacionamento do seu prédio.

— Pode sim, não é como se eu fosse sair daqui — forcei um sorriso.

My dear teacher| Choni versionOnde histórias criam vida. Descubra agora