POWER ↯ HP/TVDU [1]

CHAPTER TWENTY FOUR - AND THERE'S THE WORST

24.
E aí está o pior

HOPE ACOMPANHAVA a melodia com os dedos, alternado-os a cada batida.

Os músculos da face se estendiam em um sorriso calmo, à medida que mais e mais árvores se distanciavam dela.

A música combinava com New Orleans.

Não era o jazz que se dançava pela cidade, mas a lembrava da alegria do lugar.

A cidade estava longe de ser perfeita, coisas ruins aconteceram com ela nesse lugar. Mas também foi o único lugar em que Hope e sua família foi feliz.

— So needless to say. — a mãe cantarolou. — I'm odds and ends. "Não é preciso nem dizer. Eu não valho muito".

— But I'll be stumbling away. Slowly learning that life is ok. — Hope a acompanhou, se desencostando da janela do carro. "Mas seguirei mesmo tropeçando. Aprendendo aos poucos que a vida é boa".

— Say after me. It's no better to be safe than sorry. — a Marshall cantou mais alto. "Repita comigo. Não é melhor prevenir do que remediar".

— Take on me. — as garotas cantaram junto. — Take on me. I'll be gone. In a day or two. "Me dê uma chance (me dê uma chance). Me aceite. Eu irei embora. Em um ou dois dias."

Hope riu quando viu sua mãe fazendo caretas para ela, através do espelho. A Marshall não ficou muito atrás.

— Por mais quanto tempo temos que ficar no carro? — Hope questionou, depois de parar de rir.

Hayley, que esperava por essa pergunta, no mínimo, o suficiente para não aguentar mais escutar as palavras: — Vamos, querida. Nem se passaram vinte minutos.

— Mas isso é uma eternidade. — a jovem jogou a cabeça para trás, fazendo drama e Hayley suspirou.

— Se ainda quiser ir para uma escola, vamos ter que esperar um pouco mais de uma eternidade. — a mãe sorriu.

— Porque tenho que ir para tão longe? Eu posso ficar em uma escola mais perto. — Hope disse numa voz baixa, quase um sussurro, se agarrando ao coelhinho.

Hope encontrou os olhos de sua mãe, a encarando pelo espelho da frente. Um toque de pena eram adicionados aos belíssimos olhos castanhos-esverdeados.