18. vagalumes

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𝘬𝘪𝘢𝘳𝘢 𝘤𝘢𝘳𝘳𝘦𝘳𝘢

JJ pega em minha mão e me puxa. Já era esperado porque ele não parava de me encarar enquanto estava dançando. Não vou negar que gostei.

—Onde vamos? — digo quase tropeçando em meu salto.

—Lembra que eu te falei que caçava vagalumes quando era menor com a minha mãe? — afirmo com a cabeça. —É aqui que eu vinha.

Passamos algumas pedras e chegamos em uma pequena prainha deveria ter uns quinze metros de areia até as outras pedras. Eu escutava apenas o barulho das ondas e de nossos pés, agora descalços pisando no chão molhado.

—Só cuidado pra não se assustar. — ele diz envolvendo seu braço atrás de minhas costas.

—Meu Deus.

Olho para cima, para a direita e esquerda, vários, vários vagalumes. Brilhavam tanto quanto as estrelas e passeavam pelo ar.

—Já que à noite não está estrelada, achei que gostaria de ver algumas luzes parecidas. — ele me olha com um sorriso estampado.

Não tenho outra reação sem ser abraçá-lo.

—Obrigada. — digo sorrindo.

Vejo JJ mexer no bolso e tirar dois potes de vidro tampados. Ele me entrega um.

—Tenta pegar alguns, depois a gente solta.

—Por que parou de vir atrás dos vagalumes? — digo andando devagar para tentar caçá-los.

—Não fazia mais sentido vir sem minha mãe. — ele caminha em minha frente tentando colocar os insetos no pote.

—E por que voltou?

—Pra relembrar, e ver você sorrir. — ele fecha o pote rapidamente. —Peguei!

—Que merda, não consigo pegar nenhum. — dou risada enquanto olho para cima.

—Calma, eu te ajudo. — ele coloca o pote na areia e vem atrás de mim. Eita.

JJ passa seus braços por cima de meus ombros segurando minhas mãos que estavam com o pote aberto. Esperamos o momento certo e ele fecha.

—Aí! Você conseguiu. — ele sorri me olhando ainda por trás. Viro minha cabeça para olhá-lo e sorrio também.

  Ficamos nos encarando até seus olhos descerem para meus lábios, sinto borboletas no estômago com seu olhar, ele se aproxima, nossos rostos estão tão próximos que sinto seu hálito de menta, fecho meus olhos e nossos lábios se tocam. As mãos de JJ que estavam em meu pulso descem para minha cintura me virando, envolvo meus braços em seu pescoço e dou espaço para sua língua adentrar minha boca. Sinto a pedra gelada e úmida tocar minhas costas enquanto ele passa sua mão direita na minha nuca.

  —Hora do parabéns! — ouço Sarah gritar de longe.

  Separo nossos rostos, ele sorri de canto e deixo um selinho no canto de sua boca.

  Merda Maybank, você me faz querer mais.

  Seguimos para o lugar em que estávamos e cantamos parabéns, sinto uma mão quente tocar meu ombro e viro.

  —Esqueceu isso aqui. — Cleo me entrega o pote com vagalumes.

  Ela sabe.

𝐈𝐓 𝐄𝐍𝐃𝐒 𝐀𝐓 𝐓𝐇𝐄 𝐒𝐄𝐀; 𝐣𝐢𝐚𝐫𝐚 ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora