When I fell asleep

Amigos

Harry respirou fundo e encarou a porta dos Tomlinson, ainda no carro, encarou Eliza ao seu lado.

— Tem certeza de que não posso voltar pra casa?

— Não mesmo, Sr. Styles, eu me lembro muito bem de você dizer "Não importa quanto drama eu faça, não me deixe fugir."

— Retiro o que eu disse, podemos voltar?— Perguntou nervoso.

Harry não estava só nervoso como estava amedrontado, ele sentiu como se fosse explodir a qualquer momento. Como se seu coração estivesse prestes a sair pela boca, sentiu que seu corpo iria parar.

— Ei!— Eliza segurou seus ombros.— Vai ficar tudo be.— SOrriu meiga.

— Você vai comigo?

— Claro Sweetie Pie, sou sua melhor amiga, esqueceu?]

Eliza caminhou com Harry para a porta da casa de Jay e bateu na mesma. Harry segurou sua mão, nervoso. Lottie abriu a porta.

— Harry? Elle? O que fazem aqui? Entrem por favor.— Disse dando passagem.

— Bom, eu preciso falar com a sua mãe.

— E eu só 'tô aqui no caso de ele surtar.

— Tudo bem, eu vou chamar a mamãe, por que não se sentam e esperam?

Assim como Lottie sugeriu, Harry e Eliza se sentaram no sofá enquanto esperavam por Jay. Harry mostrava sinais de inquietude.

— Ei, você sabe que ia ter que vir uma hora ou outra.

— Eu sei, mas voltar aqui... É como se eu revivesse as memórias.

— Vocês tiveram uma história, mas não acha que quanto mais cedo resolver isso melhor vai ser pra você, pra Céline e pro seu bebê?

— Você 'tá certa, vai dar tudo certo.

— Claro que eu 'tô certa, eu sempre 'tô certa.— Sorriu junto ao mais novo.

— Harry? Elle? A que devo essa visita maravilhosa?— Sorriu.— Aconteceu alguma coisa? Alguma coisa com o Louis? O meu Louis?

— Não, calma, o Louis 'tá bem.

— Graças a Deus, não sei o que faria se alguma coisa acontecesse com ele.

— Bom, eu acho que o Louis já te contou que não estamos mais juntos.

— Sim. Ele sente sua falta Harry. Ele me liga todas as noites pra falar de você.

— E esse é o problema. Jay, eu estou com outra pessoa agora, e... a minha namorada 'tá grávida.

— Meus parabéns Harry!— Jay sorriu.

— E eu fui na minha antiga casa várias vezes, mas o Louis não me atende e na maioria das vezes é o Luke quem me manda embora. Então eu decidi vir te devolver isso.— Ele tirou a caixa com o anel do bolso.

— Não.

— Mas é o anel da família de vocês, eu não posso.

— Lembra quando eu te dei aquele boneco e disse que você é da família? Eu falei sério, e no final, o Louis te deu esse anel. Um dia você pode dá-lo aos seus filhos se quiser, faça o que quiser. O anel é seu e você sempre será bem vindo aqui.

— Jay, eu sei que esse anel significa muito pra vocês, e se o Louis quiser dar ele pra outra pessoa? Ou talvez o Ernest algum dia, quem sabe até as meninas?

— Tenho certeza de que podem muito bem comprar outro anel. Não se pega um presente de volta, Harry. Agora eu só te peço uma coisa.

— Qualquer coisa, Jay.

— Converse com o Louis. Eu nunca o vi tão triste.

— Eu vou.— Respondeu sorrindo.

Depois de, finalmente, conversar com Jay, Harry saiu de sua casa, cuja qual dividia com Louis. Estacionou, saiu do carro e encarou o local. Tocou o interfone.

— É o Harry de novo.— Disse Luke olhando pela câmera.— Quer que eu mande ele embora?

— Não, eu preciso resolver isso.

— Tem certeza?

— Claro que sim, eu estou com você agora, não preciso me preocupar.— Deixou um selinho no mais alto e foi até a porta da frente.

— Eu vou com você.— Luke disse o seguindo inquieto.

— Ciúmes?

— O que? Claro que não.

Louis e Luke caminharam para a entrada juntos. Louis engoliu seco no instante em que os olhos azuis encontraram os verdes. Luke o abraçou de lado.

— Luke.— Harry disse entediado.

— Elle? Harry? O que fazer aqui?— Perguntou Louis.

— Na verdade, Louis, eu vim tentar falar com você pela milésima vez.— Disse passivamente agressivo.

— Só deixando claro que eu só vim caso ele surte.— Esclareceu Eliza.

— Pode falar então.— Louis respondeu no mesmo tom.

— Eu fui falar com a sua mãe sobre o anel.

— Foi?

— Sim, ela disse pra eu ficar com o anel.

— Então 'tá resolvido, porque veio?

— Porque...— Ele respirou fundo e Eliza segurou sua mão para acalmá-lo.

— Oh, vocês estão juntos? Isso é bom.

— Não! Credo Louis!— Harry respondeu incrédulo.— Não tem nada haver, eu tenho uma namorada.

— E não sou eu. Louis, Harry e eu somos como irmãos e você sabe disso.

— Louis, eu vim aqui pra dizer que eu vou ser pai.— Disse com um sorriso fraco.

— Bom, sabendo que você não tem um útero, muito menos eu, eu presumo que esse bebê não seja meu.— Eliza e Luke deixaram uma risada conjunta escapar.

— Não, no caso é a Céline quem está grávida.

— Então meus parabéns Harry.— Sorriu.— Bom, já que eu arruinei meu stunt, eu estava pensando em sair com o meu namorado hoje.

— Namorado? Quem?

— Eu.— Disse Luke.

—Isso mesmo, eu e o Luke, agora, somos um casal.— Luke sorriu e segurou a mão dele.

— Que bom pra vocês, mas antes de saírem eu só queria dizer que eu acho que seria muito melhor pra nós, pra Céline e pro meu filho se nós voltássemos a ser amigos.

— Amigos?

— Louis eu sei que eramos noivos e que você não entende o porque eu terminei com você, mas nós sempre fomos os melhores amigos. Também somos ótimos trabalhando juntos, eu não quero meu noivo de volta, só o meu amigo.

— Harry, eu não sei...

— Por favor, é um inferno gravar sem você. E as festas são chatas sem você pra encher meu saco.— Brincou.

— Tudo bem Styles. mas que não vai ter tanto tempo pra festas enquanto estiver trocando fraldas.— Zombou e todos riram juntos.

— Boa Tommo.

Os dois se abraçaram como os grandes amigos que eram. Um abraço cheio de carinho, caloroso e cheio de... borboletas? De fato as negariam até a morte, se preciso. Agora eles estavam em direções diferentes.

O abraço foi interrompido pelo celular de Louis, que começou a tocar. Estranhou quem estava o ligando, mas atendeu mesmo assim.

— Bri? Aconteceu alguma coisa?— Perguntou ao ouvir a garota soluçando do outro lado da linha.

— Porque você ainda fala com a garota da festa?— Perguntou Luke.

— Cala a boca, aconteceu alguma coisa.— Disse tapando o celular.— Bri?

— Lou, eu 'tô grávida.— Louis abaixou o celular, pálido.

— Fudeu.