Salvadora

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 Louis acordou ao lado de Briana em um motel qualquer, ele mal se lembrava como havia chegado lá. Ele encarou a mulher que observava o teto completamente frustrada. Ele se juntou a ela.

— É...— Suspirou.— Eu sou gay.— Briana deixou um pequeno riso escapar.

— Eu percebi.— Agora a loira não conseguia parar de rir.

— Como?

— Louis, querido, você revirou os olhos, não de uma maneira sexy, quando eu tirei o vestido. E também você ficou chamando por um tal de Harry enquanto dormia.

— Eu chamei por ele?

— Chamou... Quer me contar sobre o seu sonho?— Ela se virou, o encarando.

— Não foi algo muito legal.

— Conta mesmo assim, me compensa o entretenimento.— Louis riu.

— Eu vi ele saindo de casa. Ele ia pra um lugar preto toda vez que saía pela porta da frente. Eu chamava desesperado, mas ele não me ouvia, até que a minha voz sumiu, aí eu sumi. Isso é... Um pesadelo recorrente que eu ando tendo.

— Então você gosta muito desse Harry. Por que não liga pra ele?

— Eu não posso.

— Ele é hetero?

— Não,— Deixou uma leve risada escapar.— a última coisa que o Harry seria, é hetero.

— Então porque não fala com ele?

— Porque nós íamos nos casar.

— Porque não vão mais?

— Porque eu fiz tanto por ele e não deixei ele fazer nada por mim, então ele sentiu que a minha infelicidade era culpa dele.

— Então se explica, diz que a culpa não é dele e que vocês podem equilibrar o tanto que se sacrificam um pelo outro.

— Agora é tarde demais, ele 'tá com outra pessoa.

— Mas vocês podem ser amigos, não podem? Tipo eu e você, a gente transou, você é gay e nunca mais vamos fazer isso por razões óbvias,— Louis se colocou a rir.— mas ainda podemos ser amigos.

— É sério?

— É sério, me dá seu celular.

Louis pegou o celular no criado mudo e o entregou, desbloqueado. Ela logo salvou seu número no mesmo.

— "Bri"?

— Só meus amigos me chamam assim.— Sorriu.

— Ok Bri, me dá seu celular.

O garoto tirou o celular debaixo do travesseiro e o desbloqueou, o entregando logo em seguida para Louis, que salvou seu número.

— "Lou"?

— Meus amigos me chamam de "Tommo", mas só pessoas especiais me chamam de "Lou".

— Beleza, Lou. Deixa eu adivinhar, o Harry te chama de "Lou"?

— Ele me chamava.

— Sinto muito.

— Não sinta, talvez tenha sido melhor assim.

O celular de Louis tocou e o identificador acusou Luke, atendeu no mesmo instante.

— Luke? Quem é Luke? Algum ficante?— A loira perguntou.

— Luke?

Louis seu filho da puta, onde você se meteu? Sumiu a noite toda.— Perguntou preocupado.

— Eu vim pra um motel com a Bri e no fim das contas eu descobri que sou gay mesmo.— Ele riu junto com a garota.

Nada que todo mundo já não soubesse. Quem é Bri?

— A garota de ontem. Fala oi Bri.

— Oi Luke!— Disse sorridente no telefone.

— Era só isso?

Claro que não. Acho bom você ver qualquer site de fofocas, cara, você quebrou o stunt.

Louis desligou a chamada e abriu seus alertas do Google. A primeira matéria já dizia tudo.

"Músico, membro da One Direction, é visto aos beijos com a influenciadora Briana Jungwirth." este era o nome do artigo que especulava uma possível traição da parte do Tomlinson.

— Que merda hein, paparazzi não dá sossego.— Briana reclamou.

— Porque acha que me arrumaram um stunt?

O celular tocou novamente, mas dessa vez ele sabia que teria um problema assim que viu o nome acusado.

— Eleanor?

Caralho Louis! Você acha que eu pago as contas como?

— Quem é?— Briana perguntou.

— A garota do stunt.— Louis sussurrou.

Quem 'tá aí?

— A Briana, por que?

Passa pra ela.

— Pois é amiga, é pra você.

— Fudeu.— Ela pegou o celular.— Alô?

Garota qual o seu problema?

— O meu problema? Quem faz stunt é você e ainda conseguiu ser corna pro stunt.

Mesmo que seja um stunt, não sabe que não se pega homem com dono?

— Dono? Então o Lou é sua propriedade agora?

Você me entendeu.

— Pra começar eu 'tava muito bêbada, igual á ele, mas não me envergonho nem um pouco do que fiz. Quem deveria se envergonhar é você. Você é literalmente paga pra manter alguém no armário e arruinar um relacionamento. Então, Eleanor, vai ver se eu 'tô na esquina.

Briana desligou a ligação e encarou Louis, que a observava em choque.

— O que foi?— O encarou confusa.

— Ninguém, além dos meninos, tinha acabado com a raça da gestão antes, mas ninguém nunca tinha confrontado a Eleanor.

— Bom, pra tudo tem uma primeira vez.

— Você é minha heroína garota.

When I fell asleepOnde histórias criam vida. Descubra agora