Minha melhor amiga

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!AVISO DE GATILHO!

Este capítulo pode conter gatilho pela menção de Johannah Deakin: a mãe de Louis, que faleceu em 2016 devido a um câncer.

E por conter crises de ansiedade.

...

Louis tocou a campainha na porta da casa de sua mãe, eram cinco da madrugada, ele poderia ficar lá por um tempo enquanto a banda estava "de férias", assim que Johannah abriu a porta, Louis se permitiu desmoronar, deixar todos os sentimentos de angústia, solidão e arrependimento cairem em suas lágrimas despejadas em seu rosto, ela o abraçou como uma mãe faz, preocupada e o trazendo para dentro.

— Louis meu filho, o que aconteceu?

— As meninas já acordaram? Eu não quero que elas me vejam assim.

— Não, elas só acordam depois das oito. O que aconteceu? Porque está chorando?

— Eu terminei com ele mãe, eu terminei com o Hazz.— Disse chorando.

— O que?!— Ela secou as lágrimas de Louis.— Porque? Vocês estavam tão bem.

— Eu não podia deixar ele destruir os sonhos dele, mãe, ele sonha com essa carreira a vida toda.

— Louis William Tomlinson, você quer por favor me explicar como o relacionamento de vocês poderia arruinar a carreira dele?— Perguntou confusa.

— O Simon, ele-

— O que foi que esse imbecil, descarado de uma figa te disse?— Indignou-se.

— Ele disse que o mundo não nos aceitaria, que seríamos atacados e que eu sou muito afeminado e que o mundo não aceita, então a nossa carreira acabaria, então ele disse pra eu me afastar do Hazz.

— E ao invés de conversar com ele sobre isso você decidiu terminar? Eu não criei um filho burro Louis, o que passou pela sua cabeça?

— Eu não queria que ele sofresse por minha causa, ele ia se sentir triste todo dia mãe, eu achei melhor fazer ele sofrer menos, ele vai encontrar alguém melhor que eu, eu sei que vai.

— Lou, o que você e o Harry tem é a coisa mais linda, genuína e pura que eu já vi, vocês foram feitos um para o outro e se o mundo não aceita isso, é o mundo que está errado.

— Obrigado.— Ele disse a abraçando.

— Pelo que?

— Por ser a melhor mãe que alguém poderia querer, eu te amo mãe.

— Eu também te amo meu filho, mas você precisa conversar com ele.

— Eu vou.

Longe dali, Harry acordava sozinho, com lágrimas que não paravam de escorrer por seu rosto. Embaçado, é assim que a ansiedade parece, parece que nada é real e que tudo te prende ao mesmo tempo, e são nesses momentos de fraqueza, de falta de controle, que você pode se machucar, ataques de pânico, gosto de separar as crises dos ataques, numa crise você tem os pensamentos compulsivos, mas ainda assim conseguimos controlar eles o mínimo possível, mas quando se tem um ataque você não tem só os pensamentos, tem lapsos de movimentos, você se descontrola, faz coisas que não quer fazer e se machuca sem consciência disso e raramente tem blackouts e, na noite passada, Harry havia tido um ataque de pânico, Harry sempre teve o costume de se machucar quando esses ataques acontecem, mas felizmente não aconteciam sempre.

"Porque?" ele se perguntava, "Porque ele fez isso comigo? O que eu fiz de errado?", com dificuldade o garoto desbloqueou o celular ignorando as manchas vermelhas no lençol, ainda debaixo das cobertas, ele ligou para uma velha amiga que, por sorte, ainda estava na cidade.

— Elle?— Ele chamou no telefone enquanto chorava.

Harry conhecia Eliza desde sempre, era sua melhor amiga, falava com ela quase todos os dias, ela era como sua protetora, e podem acreditar que esse sentimento era mútuo, Eliza estava pronta para tomar um tiro por ele ou morrer da pior forma possível, se necessário.

— Harry? Sweetie Pie? Tá tudo bem?— Ela perguntou preocupada.

— Não 'tá nada bem Eliza.

— Onde você 'tá?— O silêncio permaneceu na linha.— Harry Edward Styles me diz onde você está agora.— Disse irritada.

— Eu 'tô em casa.

— A chave ainda fica escondida debaixo do coelho?

— Sim.

— 'Tô dando meia volta.

Enquanto Eliza dirigia para a casa de Harry sem medo de tomar uma multa, Jay dirigia para a casa de Anne a ponto de buscá-la; ela pegou o celular e escolheu o nome da amiga na discagem rápida.

— Jay? Aconteceu alguma coisa?— Preocupou-se.

— O Simon, Anne, o Simon aconteceu, ele fez nossos meninos terminarem.

— O que?! Harry deve estar arrasado, como está o Louis?

— Péssimo, pelo menos agora ele está dormindo, se arruma, nós vamos fazer uma coisa.

— Onde você 'tá?— Perguntou confusa.

— Chegando na sua casa.

Jay continuou dirigindo quando Eliza finalmente chegou a casa de Harry, a loira desceu do carro e pegou a chave da casa que estava debaixo de um coelho de porcelana, logo ela abriu a porta e entrou na casa à procura de Harry, deixando o casaco no chão.

— Harry?— Ela o chamou sem resposta.— Harry?!

Na sala, na cozinha, banheiro, lavanderia, jardim, Eliza não encontrou Harry no andar de baixo, ela decidiu subir.

— Harry?!— Ela procurou no escritório.— Harry?!

Depois de procurá-lo na casa inteira Eliza encontrou seu melhor amigo no quarto, debaixo de cobertas manchadas de sangue, ela tentou puxar as cobertas mas ele as puxou para si sem sair debaixo delas, então ela entrou debaixo das cobertas com ele, vendo seu peito vermelho de tantos arranhões e sua mão destruída, a causa daquilo era obviamente os socos que o garoto deu nas paredes, ela o abraçou.

— Harry... Me conta o que aconteceu.

— O Lou ele... Ele terminou comigo.

— Sweetie pie...— Ela o apertou contra si, tentando acalmá-lo.

— O que eu fiz de errado Elle? O que eu fiz?

— Você não fez nada de errado meu amor, o Louis deve ter tido um motivo, ele não faria isso com você por nada.

— Então o que aconteceu?

— Eu não sei, você precisa comer alguma coisa.— ela disse o tirando debaixo das cobertas.

Ao mesmo tempo que Eliza preparava o café da manhã de Harry, Jay parava o carro para que Anne entrasse no mesmo.

— Agora me explica isso direito.

— Aquele condenado disse que o meu filho é muito afeminado e que o relacionamento dos nossos filhos iria acabar com a carreira deles.

— E o que nós vamos fazer?

— O que mães fazem,— Ela pegou seu celular e rapidamente ligou para Zayn.— cuidam dos filhos.

Oi Jay! Tudo bem?- Perguntou Zayn do outro lado da linha.

— Tudo ótimo!— Respondeu irritada.— Querido, poderia me dizer onde o Simon está? Preciso resolver algo.

Claro, ele deve estar no estúdio, quer que eu passe o endereço?

— Sim, seria uma gentileza.— Zayn lhe enviou o endereço por mensagem;— Obrigada meu anjo.— ela desligou a ligação e entregou o celular para Anne.— Coloca no GPS.

— Nós vamos mesmo fazer isso?— Ela disse já digitando o endereço.

— Vamos.

When I fell asleepOnde histórias criam vida. Descubra agora