D o i s

7.1K 910 729
                                    

[Nome]

Já era quase meia noite, e ele continua bebendo, porém trocou a tequila por algo mais leve, e ele está rodando a chaves do carro dele no dedo, ora me olhava ora xingava alguém no celular.

— Noite ruim ? - pergunto enquanto seco os copos, que só tem ele no bar.

— Você não faz ideia. - ele responde e me olha.

Sinto seu olhar, queimando no meu corpo, tanto que as vezes que o olhei, peguei me olhando lentamente de cima a baixo. Se eu tivesse vergonha na cara, não ia gostar, mas eu também o encaro, então só dou de ombros.

— Você é a dona do bar ? - ele me pergunta me tirando dos meus pensamentos.

— Sim. - olho em volta - Todo meu.

— Pode fumar aqui ? - ele me pergunta balançado o maço de cigarro. - Concordo com a cabeça e ele acende o cigarro. - Qual seu nome ?

— [Nome] - respondo e me sento a sua frente - E o seu ?

— Sanzu. - ele responde olhando para os meus lábios.

Ficamos em silêncio, e um encarando os lábios do outro, quando começamos nos aproximar, e sentir sua respiração na minha face, seu celular toca, fazendo nós dois parar o que estávamos. E ele suspirar em reprovação.

— O que é porra ? - ele fala atendendo o celular - Vocês não sabem resolver nada sozinho. - Pausa - Que caralho, já estou indo.

E desliga o celular e respira fundo tirando chaves do bolso e guardando o celular, me olhando e umedece os lábios.

— Obrigada pela conversa. - ele fala - Tenho que ir.

E então quando ele estava na porta, para sair, ele volta e morde meus lábios deixando um selinho demorado, sorriu de lado e saiu.. me deixando, de boca aberta e com as pernas bambas. Suspiro e vou trancar a porta. Apago as luzes do bar e subo para minha casa, tiro minha roupa e vou para o chuveiro, tomar um banho e lavar meu cabelo.

Depois de um longo banho, coloco meu roupão e de toalha na cabeça, pego meu celular e tinha mensagem do Jake. Avisando que ia sair com os amigos e não ia dar para vir. No fim do graças a Deus. Não estava afim, mesmo, então só dou de ombros e deito para tentar pegar no sono.

Acordo com a luz do sol, entrando pela minha janela, então percebo que meu celular não despertou, quando peguei ele, entendi porque não despertou, estava descarregado. Murmuro um caralho, e me levando, deduzo que já perdi o horário da faculdade, mas é um cacete mesmo, vou até meu banheiro, e faço minha higiene, depois visto uma camiseta e um shorts, aproveito que não vou para a faculdade, e vou estudar em casa mesmo.

Então faço um café e pego um pedaço de bolo que eu tinha comprado, pego meu notebook e volto para a cama, abro nas matérias e começo a estudar e tomar meu café.

Me distraio dos meus estudos, quando meu celular, começou a tocar, indicando Jake na tela, suspiro e penso se atendo ou não. Mas resolvo atender.

— Jake ? - falo assim que atendo.

— Oi. - ele pausa - Está brava por eu não ter ido ontem ?

— Não. - dou risada - Por quê estaria ?

— Esqueci, que você não é de ligar muito para as coisas - reviro os olhos - Mas está bom! Só liguei para saber se está tudo bem.

— Sim, está. - respondo e logo ele se despede desligando.

Não é que eu não me importe, mas tenho coisas mais preocupantes, e o fato de ele não poder vir e transar comigo, não é algo que me faça perder o sono. E o sexo também nem é tudo isso, ele nunca nem me fez gozar. Então..

Passei umas duas ou três horas estudando, e organizei minha casa e o bar, já deixando tudo arrumado, para quando fosse abrir, ainda tinha umas horas sobrando, então pedi algo para comer.

Já estava com o bar aberto, tinha só duas mesas hoje, também começou a chover e estava frio, coloquei uma botinha preta com um salto pequeno, um jeans colado e uma blusa de manga longa. Estava na esperança dele aparecer.. aquele cara com cicatriz sinistra, mas acho que ele não vai aparecer, já é quase dez horas e quando o último cara sair, pois só tem ele, vou fechar e subir para minha casa.

Sempre tenho um taco de beisebol guardado, em baixo do balcão, por o caso de algum cara dar uma de engraçado, já que a maioria que vem aqui, vai embora bebado.

— Moça ? - o único cara no bar me chama. - Pode falar quanto deu minhas bebidas aqui. - Ele aponta para os três copos em cima da mesa.

Depois de passar o valor para ele, que demorou em cerca de dez minutos realmente para, vir pagar a conta, o cheiro de álcool eram forte nele, e aquilo me enojava demais. Quando fui dar o troco dele, ele segurou meu braço e o olhei com a testa franzida.

— Sabe. - ele começa - Você é muito bonita. - ele fala umedecendo que os lábios e os mordendo em seguida.

— Me solta. - falo em um tom firme mas ele da risada.

— Ah qual é gata. - ele me dá um puxão que faz nossos rostos se aproximar - Eu sei que vou te deixar bem feliz.

Tento esticar meu braço até o taco embaixo do balcão, disfarçadamente, para ele não perceber, mas estava difícil, e aquele bafo de álcool vindo no meu rosto me fazendo ficar enojada completamente.

— Ela mandou você soltar. - uma voz calma ecoa pelo bar.

Eu e o homem olhamos para a porta, e Sanzu estava lá, com um sorriso, e as duas mãos no bolso da jaqueta, ele olha fixamente para o homem que me solta no mesmo minuto.

— Quem é você ? - ele se aproxima do Sanzu. - Namorado ? Saiba que ela é bem gostosa - o homem estava completamente bebado.

— É melhor você ir agora. - Sanzu continua falando calmo, o cara da um estalo com a língua e sai do bar.

Respiro fundo, aliviado e saio do balcão, Sanzu vem até mim, na maior calmaria do mundo, enquanto eu, solto suspiros de alívio por ele ter chegado.

— Obrigada. - falo sorrindo fraco - Você livrou ele de ficar sem cabeça. - aponto para o taco e Sanzu da risada.

— Ele nunca mais vai te perturbar - e pisca pra mim - E então, você já está fechando ? - ele me pergunta se aproximando mais.

— Sim. - umedeço meus lábios e ele olha direto pra eles - Deseja algo ?

— Sim. - ele levanta uma sobrancelha - Terminar o que comecei ontem. - e ele me empurra contra o balcão e sinto sua boca macia na minha.

Devilish | Haruchiyo Sanzu Onde histórias criam vida. Descubra agora