𝟭𝟰

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Ao acordar, se deparou com uma dor de cabeça terrível, o que fez você apertar os olhos e soltar um pequeno gemido de dor assim que se sentou no sofá o qual estava deitada. Olhou ao redor, felizmente reconhecendo o local, o apartamento dele.

Seguiu até a cozinha, ao ver o pequeno relógio acima de um armário, indicando oito e meia da manhã. Suspirou aliviada, enquanto ia se virar, viu um comprimido com um copo de água ao lado de bilhete.

"Caso acorde com dor de cabeça ou alguma dor em outro lugar, tome o remédio ao lado do copo. Eu tive que sair para resolver algumas coisas, então não se preocupe e cuide-se."
Era incrível como ele ainda tinha a mesma letra. Colocou o remédio na boca e o engoliu com um gole de água, seguiu até o sofá mais uma vez, se deitou e apenas manteve seus olhos observando o teto, tentando lembrar de qualquer coisa que teria feito no dia anterior, mas a única coisa que vinha a sua mente era que estava em um bar com Kyoko e seus antigos amigos.

Deu um sobressalto no sofá assim que a lembrança a pegou de surpresa, tocou seus lábios com o dedo indicador enquanto sentia seu coração acelarar, parece que iria parar a qualquer momento com as batidas incontroláveis. Ele nem deve me ver mais da mesma maneira, era o que percorria pela sua mente no momento, não sabia o por quê de ter feito aquilo. Mas o que foi ainda pior, era lembrar que também havia beijado Kuroo.

⎯ Voltei! -avisou ao fechar a porta atrás dele. ⎯ Você acordou, que bom. -ele sorriu pouco para você e seguiu até a cozinha. ⎯ Não sente dor em lugar nenhum, né? -você negou com a cabeça sem olhá-lo diretamente.

Ele voltou por volta das nove e dez, e colocou um pouco de água para ferver, presumiu que fosse para o café. Não demorou muito para ele seguir até você e se sentar ao seu lado no sofá, o que te deixou pouco mais desconfortável, mas o que piorou tudo isso, foi quando ele começou a falar.

⎯ Você lembrou, né? -ele perguntou ao presumir, sem olhar para você diretamente e suspirando em seguida. ⎯ Podemos fingir que não aconteceu e voltar a sermos como antes ou se você preferir, continuamos.

⎯ Eu tô com cara de quem quer repetir isso?! -finalmente o olhou nos olhos, porém irritada, mas era consigo mesma. ⎯ Eu mal consigo olhar para você, como eu iria te beijar denovo? Ainda mais sendo você!

⎯ Como assim, "sendo você"?

⎯ Alguém que eu já considero meu melhor amigo. Alguém que fez muito por mim, me ajudando com a casa, me levando a uma festa e cuidando de mim, alguém que me ofereceu um emprego. Eu não poderia estragar essa amizade começando a ficar com você. -suspirou entristecida, sentindo a certeza a cada palavra que dizia, realmente não queria tentar algo agora, ainda mais com ele.

⎯ Você tem medo de se apaixonar ou tem medo de que isso chegue ao fim se acontecer? -ele perguntou, sem demonstrar a pouca tristeza que sentia a cada palavra que você ditou.

Pensando no que ele havia perguntado, era como você se encontrava agora.
No dia em que ele perguntou, você não respondeu e pegou suas coisas, o ignorando e seguindo até a sua casa, a qual não saia já faziam dois dias, tinha medo de esbarrar com ele pelos corredores e escadas do prédio, não sabia nem como olhar para o mesmo.

Na verdade, achava que a resposta para a pergunta dele era a última alternativa. O fim das coisas era o começo da tristeza e da solidão na maioria das situações, por isso o medo o qual você sentia em relação a isso era tão grande. Tinha medo de ficar sozinha novamente, de ser abandonada mais uma vez pela pessoa a qual você ama.

Seus pensamentos foram interrompidos ao ouvir as batidas na sua porta, o que fez você se levantar e seguir até a mesma. Ao abrí-la, se deparou com um cara de cabelos pretos e olhos da mesma cor dos fios, o mesmo segurava um copo de vidro em suas mãos, ele tinha um pequeno sorriso amigável entre os lábios.

⎯ Você poderia me emprestar um pouco de açúcar? Os outros vizinhos não abriram a porta. -soltou um riso após falar.

⎯ Ah sim, eu vou pegar. -ele estendeu o copo, o qual você pegou e levou até a cozinha, colocando um pouco de açúcar e voltando até a porta. ⎯ Aqui. -devolveu o copo para o mesmo, desta vez cheio de açúcar.

⎯ Muito obrigado. A propósito, meu nome é Akaashi. -ele estendeu a mão para você apertar, e assim o fez.

⎯ [Nome]. -ele sorriu mais uma vez, enquanto apertava sua mão. estava tentando ser o mais receptiva possível.

⎯ Seremos bons vizinhos, eu espero!

E dita as palavras, ele seguiu pelo corredor até sua moradia e você fechou a porta. Não sabia que alguém acabará de se mudar, mas ficou pouco aliviada quando percebeu que essa situação fez você esquecer o ocorrido com o falso loiro, mesmo que apenas por um momento.

𝐃𝐀𝐌𝐍 𝐆𝐀𝐌𝐄⠀─ kenma kozume.Onde histórias criam vida. Descubra agora