Chapter 3

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Musa

   Volto de pressa ao meu quarto, estou com as roupas de Riven e estou saindo do prédio dos especialistas, dá mesma forma que já vi Riven com essas roupas qualquer outra pessoa de Alfea viu, e eu não estou com um pingo de paciência pra aturar gente chata enchendo meu saco.

   Agradeço mentalmente pelo pouco movimento no pátio e nos corredores, a maioria das pessoas já devem ter ido embora ou ainda estão dormindo, o mais provável é ainda estarem dormindo não são nem 10h da manhã, e depois da festa de ontem não garanto que acordem cedo.

   Entro devagar no quarto com o intuito de não chamar atenção das minhas amigas, ou acordá-las, mas não tenho muita sorte.

   As meninas estavam na sala sentadas no sofá e assim que a porta se abriu, elas de imediato se viraram para a entrada do cômodo.

   Minha vontade era de sair correndo e por um momento realmente pensei em fazer isso.

- Musa até que enfim voc... - Terra começa, porém eu logo a corto.

- Desculpa meninas mais eu realmente preciso de um banho, assim que eu sair nós podemos conversar pode ser? - despejo de uma só vez e completo - estou cheirando a vômito - eu não estou cheirando a vômito, pois pelo o que me lembro tomei um bom banho com Riven. Pelos céus o que estou pensando, isso é ruim. Mas não posso negar que foi muito bom na hora.

- Ok - dizem em uníssono, eu agradeço aos céus por não terem feito perguntas ou me dado algum tipo de bronca agora , agradeço principalmente por Sky não estar na sala, não seria nada bom se ele me visse chegando com as roupas de seu melhor amigo, logo depois do meu sumisso.

   Ligo o chuveiro e deixo a água quente correr pelo meu corpo, assim o fazendo relaxar, aproveito para lavar meu cabelos e repassar todos os acontecimentos das horas anteriores.

   A minha relutância quanto a festa, depois o incrível divertimento que tive, os momentos com Riven - que por mais inacreditável que se possa imaginar, não foram ruins - tudo o que se encadeou depois, e o que não me saia da cabeça: a proposta do especialista.

   Não consigo acreditar que estou ponderando a ideia, chaga até ser ridícula, mas ao mesmo tempo iria me ajudar a evitar um grande climão com meu pai.

   Desde a morte da minha mãe as coisas entre nós pioraram o máximo possível, antes éramos um trio unido, sempre juntos, nos apoiando em tudo e qualquer coisa, depois que minha mãe se foi, tudo desmoronou, era como se ela fosse nossa base, como se fosse a peça do quebra-cabeça que sem ela nada fluía, nada se encaixava.

   Eu sentia falta do pai que eu tinha, mas ele não parecia sentir falta da filha dele.

   Ele passou a me desprezar, me deixar de lado, me culpava pela morte da minha mãe, mais eu não podia fazer nada, o que eu pude e consegui fazer para ajudá-la, eu fiz. Fiquei do lado dela até o fim e não à abandonei um minuto se quer.

   A rejeição que recebi no momento que eu mais precisava não foi o pior de tudo, o pior, foi quando ele começou a ir para bares, enchia a cara e ficava violento.

   Meu pai nunca, nunca, havia levantado a mão para mim, mas em um certo dia ele o fez, e foi naquele dia que eu fugi, fui para a casa de uma das minhas amigas e depois consegui ajuda para vir a Alfea.

Whatever It Takes - Rivusa Onde histórias criam vida. Descubra agora