Capitulo 12: A Converça

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Eu me senti como uma cadela covarde, mas minha mente estava queimando na floresta. Eu sentia como se tivesse sido drogada e o que quer que meu agressor estivesse prestes a fazer, eu não tinha forças para impedi-lo.

A sombra se abaixou e começou a me envolver, mas parei de lutar ao sentir um abraço familiar.

— Marinette, — a voz do meu pai sussurrou suavemente. — Acalme-se, querida. Aqui, eu trouxe um manto para você. Vamos entrar.

Seus dedos correram pelo meu pelo e tudo começou a parecer normal novamente. Ele colocou o manto sobre a minha forma de lobo trêmula, e eu me mexi, desabando em seus braços.

— O que aconteceu? Você foi atacada? — ele perguntou, preocupado.

Tinha sido? Eu honestamente não tinha certeza, mas parecia que minha mente tinha acabado de travar algum tipo de guerra. Eu me perguntei se isso tinha algo a ver com Adrien fugindo com sua matilha. Eles devem estar conectados. Eu não conseguia pensar muito sobre isso agora, ou provavelmente desmaiaria.

— Estou bem, pai. Eu só preciso descansar. Foi uma noite longa e estranha, — respondi.

Adrien

Meu escritório estava começando a parecer uma cela de prisão. Estava mais inquieto do que nunca, mas não conseguia sair correndo sem que alguém percebesse. Nino e eu tínhamos estado no local onde a patrulha havia perdido o cheiro do errante, mas não consegui descobrir nenhuma pista de para onde ele tinha ido.

Admito que não parecia bom para mim vir de mãos vazias, mas a única alternativa era mentir para Nino e os quatro soldados, e eu já estava fazendo mais do que gostaria.

Não era anormal ter um estranho cruzando o território da Matilha, mas o cheiro inexplicável e o desaparecimento subsequente deixaram todos que sabiam a respeito agitados. Até agora éramos apenas eu, Nino, Chloe, Nelson, Rhys e os quatro soldados.

Fiz o último grupo jurar silêncio até que pudéssemos descobrir quem era esse intruso e para onde estava indo. Para ser cauteloso, despachei pequenos detalhes de guardas para qualquer lugar ou pessoa que eu achasse importante.

Fosse o que fosse, estaríamos prontos quando surgisse e, com sorte, seríamos poderosos o suficiente para enfrentá-lo.

Quando ficamos sozinhos. nino cruzou os braços indignado. — E aí?— ele perguntou. — Vamos apenas sentar aqui na Casa da Matilha e esperar?

— O que mais você sugere? Não posso mandar todo mundo vasculhar a floresta se não souberem o que procuram. Nós nem sabemos o que estamos procurando.

— Bem, de quem é a culpa? — Murmurou Josh enquanto começava a andar em seu caminho usual no meu escritório.

— Sua, tecnicamente, — eu respondi, secamente. — Cabe ao Beta manter nossas fronteiras seguras.

— Você não precisa me lembrar qual é o meu trabalho. Eu fiz exatamente o que deveria. Quando ficou claro que estávamos lidando com algo novo, fui procurar você. Você é quem está se esquecendo de seus deveres.

— Pare de rodear o assunto e diga o que está pensando, — eu disse, ficando impaciente.

— Você está comprometido, Adrien. Um alfa com força total teria sido capaz de rastrear o errante. — Outra vez a ladainha. Sua persistência estava começando a me desgastar.

— Você mesmo disse que não sabemos com o que estamos lidando, — respondi. — Se for poderoso o suficiente para mascarar seu cheiro, é claro que faz meus poderes parecerem diminuídos em comparação. Ou ainda é sobre Marinette?

Os lobos do milênioOnde histórias criam vida. Descubra agora