Capitulo 14: O Clube

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Desculpa ter sumido e não postar mais nada, mas agora estou aqui com mais cinco caps, para recompeçar o sumiço.

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Usei minha minissaia xadrez vermelha e preta nova em folha, com botas de couro preto de salto alto, meia-calça preta e um top curto com uma jaqueta de couro preta por cima. Pintei minhas unhas para combinar com o vermelho da minha saia e separei meu cabelo em camadas bagunçadas que caíram pelas minhas costas e ombros como uma cachoeira de cobre.

Eu apliquei meu delineador, rímel e batom cor de vinho. Para terminar, coloquei meus brincos de prata preferidos, junto com anéis combinando. Meu look era de pirigótica e eu estava amando. Quando as garotas me viram, elas me encheram de elogios. Alya até disse que eu era sexy o suficiente para morder, o que para os lobisomens era o melhor elogio que você poderia receber.

Como Alya disse no Winston's, Lupin só estava aberto há algumas semanas, mas todo o hype em torno dele significava que todas as noites da semana havia longas filas de pessoas esperando para entrar. Juleika no entanto, tinha conseguido passes VIP — um de seus irmãos tinha conexões com todos os seguranças do centro, incluindo o do Lupin — e nós entramos sem ter que esperar.

Sempre me senti um pouco culpada por pular a fila daquele jeito, especialmente quando as pessoas que estavam esperando faziam cara feia para você com inveja, mas esta noite eu não me importei.

Eu estava lá para me soltar e esquecer o lobisomem estúpido que colocou essa marca no meu pescoço. A entrada do clube tinha um teto baixo que dava a sensação de estar entrando em uma caverna. A esquerda estava o bar, iluminado por LEDs que piscavam com a música em padrões suaves.

À direita ficava o guarda-volumes, onde deixamos nossos casacos, e uma escada que levava ao mezanino que dava para a pista de dança. Era de forma circular e se abria para um átrio, onde grandes gaiolas pendiam das vigas, abrigando belas dançarinas que se contorciam sensualmente ao som da música.

Humanos e lobisomens se misturavam no enorme bar enquanto todos se acotovelavam para pedir suas bebidas. Eu olhei para a pista de dança, que estava cheia de corpos se esfregando. O DJ mixava faixas de house de seu palco com vista para a multidão, ocasionalmente incitando os clientes a fazerem mais barulho. Alya abriu caminho até o bar e pediu uma rodada de doses de vodca.

— Você acha que deveríamos conseguir mais já que estamos aqui? — ela gritou por cima da música. Já tínhamos começado a beber no táxi, mas Alya nunca foi de ir devagar.

— Duas rodadas, pelo menos, — respondeu Milena. — Estou fora do mercado agora! Vocês ouviram isso, meninos? Você não tem chance com essa gostosura, — disse ela, sacudindo os quadris.

Bebemos shots no bar antes de encontrar uma mesa de pé para nos amontoarmos com nosso balde de gelo cheio de licor, gim, tequila, rum e vodca. Fazendo a contagem regressiva juntas, cada um de nós pegou um canudo e chupou o máximo que possível.

Alya e eu duramos mais, mas eu venci. Ela se considerava a garota festeira do nosso grupo, então foi um golpe para seu ego.

— Amanhã vai ser uma merda. — Juleika deu uma risadinha. — Eu sou fraca com bebida.

— Então vamos para a pista de dança enquanto você ainda pode ficar de pé, — gritei, o que não era típico de mim porque eu não era, de forma alguma, uma boa dançarina.

A única coisa em que eu era boa na vida era pintar, mas tinha ritmo suficiente para mover meus pés e quadris com a batida. Abrimos caminho até o meio da sala e começamos a nos exibir. Os homens começaram a se aproximar de nós e a flertar com Juleika, o que não era problema, já que ela não estava marcada ou acasalada, mas para minha surpresa, os homens estavam me atacando também.

Os lobos do milênioOnde histórias criam vida. Descubra agora