Capitulo 26: O Baile de Inverno

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Em vez de causar uma cena na noite passada depois que Nino e Alya se acasalaram publicamente, Chloe apenas aceitou. Ela se levantou à mesa e ergueu o copo, propondo um brinde ao novo casal. E assim, todos ficaram à vontade.

A curandeira havia curado.

Mas quando acordei esta manhã, não senti nada curado de forma alguma. Porque havia um espaço vazio ao meu lado, onde Adrien geralmente estava. Normalmente eu era a primeira a levantar, então era mais do que estranho. Ele não tinha acabado de acordar. Ele foi embora.

E então me dei conta: hoje não era um dia qualquer. Hoje era o Baile de Inverno.

Adrien estaria na Casa da Matilha o dia todo se preparando, certificando-se de que tudo estava preparado para o maior evento da cidade do ano. Este foi o baile para o qual todos com mais de dezesseis anos foram convidados, tanto humanos quanto lobisomens. Era o evento festivo que reuniu todos para celebrar o ano que passou e para ter esperança e alegria pelo ano que se aproxima.

E era um espetáculo. Todos se vestiam com esmero, certificando-se de que seus companheiros fizessem o mesmo. Era o lugar para ver e ser visto e um evento especialmente popular para os jovens solteiros em busca de seus companheiros.

Mesmo que nos anos anteriores eu nunca tivesse realmente olhado, meu subconsciente tinha ficado de olho, só para garantir. Mas este ano seria diferente. Este ano eu tinha uma mão para segurar — a do Alfa. Se você tivesse me dito isso há um ano, eu teria rido da sua cara. Mas agora, o pensamento parecia... certo.

Só então, meu telefone vibrou na mesa de cabeceira. Peguei-o, olhando para a tela.

Alya: olá??

Alya: estou aqui fora

Alya: to batendo!!!

Ops. Pulei da cama e desci as escadas correndo, abrindo a porta da frente. Alya olhou para mim e se dobrou de tanto rir.

— Seu cabelo...

— Cale-se!

Fui até o espelho no corredor e, ao ver meu reflexo, comecei a rir também. — OK tudo bem. Tá péssimo.

Meu cabelo estava caindo em tufos em todas as direções e eu tinha uma marca estranha na minha bochecha. Devo ter adormecido na minha mão ou algo assim.

— Você acabou de acordar?

Alya me entregou um café e eu balancei a cabeça, tomando um gole agradecido.

— São dez e meia. Desde quando você dorme até tarde?

Quase cuspi meu café. — São dez e meia?! — Eu perguntei. Como isso aconteceu?

— Vamos, arraste sua bunda mole pro chuveiro. Brid estará aqui em breve com os vestidos, e precisamos arrumar nosso cabelo com antecedência.

Estávamos subindo as escadas de volta quando me virei para Alya e fiz a pergunta que vinha pesando em minha mente desde o jantar. — Você conversou com Chloe?

Alya concordou com a cabeça. — Sim, fomos tomar um café.

— E?

— Não sei o que há com aquela garota, Mari. Ela é tão... adorável. Isso me mata.

— O que você quer dizer?

— Quando Ross me largou, eu perdi o controle. Você me viu. Você

deveria ter me visto quando ele me disse. Eu estava tentando nocauteá-lo. Literalmente. Era tudo apenas raiva cega. Mas Chloe... era como se ela tivesse essa sensação, como se ela tivesse previsto. Ela me disse que o amor é a coisa mais importante para ela. Que ela está honestamente feliz por termos encontrado.

Os lobos do milênioOnde histórias criam vida. Descubra agora