1 | Idéia sem noção!

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Desculpem os erros ortográficos.

🇰🇷

O ano era 1980, no bairro nobre de Daechi-dong na Coreia do Sul uma garota vivia com sua melhor amiga. Ela se chamava S/n, tinha 19 anos e era completamente apaixonada (obcecada) por Jackson, um lindo e jovem rapaz do último ano da faculdade.

Quando ela souber da notícia, que seu amado iria se alistar no exército e ficar 4 anos fora ela se sentiu completamente desesperada. Como iria viver sem a pessoa que preenchia seu coração de amor? De vontade de viver?

Então tomou uma decisão completamente louca, fazendo sua melhor amiga arregalar os olhos complemente chocada.

- Você está louca? Vai raspar sua cabeça mesmo? - Perguntou embasbacada pela decisão repentina da amiga.

- Cabelo cresce! Sim eu irei raspar, além do mais sem isso eu não vou conseguir me alistar. - Respondeu convicta enquanto sua amiga tentava processar aquela ideia absurda.

- Você está louca só pode! Como vai fazer isso? Todos vão saber que você é garota. - Falou de forma exagerada exaltando seus traços femininos. Mesmo que não tivesse nenhum.

- Não vou saber se eu não tentar. - Disse dando de ombros.

- Você nem sabe fazer 10 reflexão sem está morrendo, quem dirá dentro de um exército onde todos treinam pesado. - Avisou e riu de nervoso.

- Eu me viro. - Murmurou e cruzou os braços.

- S/n! - Exclamou seu nome reprendendo sua atitude.

- Hana! - Também chamou seu nome mas com um tom exausto.

- E se houver outra guerra contra o Norte em busca de territórios? Você sabe que isso é perigoso. - Disse preocupada e sentou na beirada da cama.

- Não tem guerra desde 1950, já é passado. - Falei e suspirei.

- E seus documentos? Eles irão pedir e vão te descobrir. -  Completou.

- Irei falsificar. - Respondi de forma simples.

- Ser você for presa? - Retrucou.

- Pagarei a fiança. - Disse e coloquei a mão na cintura enquanto a olhava.

- Você tem resposta pra tudo, mas quero ver quando alguma dessas coisas acontecer como vai reagir. - Falou irritada.

- Irei agir normal, ninguém vai me parar! - Sorrir e ela suspirou antes de voltar a me olhar.

- O que seus pais diriam se eles estivessem vivos? Isso é baboseira, você está passando dos limites. Quatro anos fora por um rapaz que nem sabe da sua existência, vai perder tudo por ele? - Hana Falou cansada, não era a primeira vez que tinha idéias assim.

- O que eu iria perder hana? Eu não tenho nada além de você, tudo foi em volta de você e sua família. Na verdade eu nunca tive e nunca terei, por isso eu prefiro passar por tudo isso ao invés de continuar aqui esperando as coisas acontecerem.

Seus pais morreram quando tinha cinco anos e passou a morar no orfanato, com dez anos ela conheceu a Hana, com treze os pais dela resolveram adotar sua amiga, com quinze S/n apaixonou pela primeira vez e ficou completamente obcecada, com dezoito terminou os estudos e passou a fazer faculdade no mesmo lugar do seu paquera. S/n nunca teve de fato nada, além do dinheiro que seus pais deixaram como herança oque de não era lá muita coisa. Mesmo com uma família ela se sentia sozinha e pra preencher essa solidão descontou no amor que sentia por Jackson.

Tornando ela complemente louca por ele, literalmente.

- ... - Com essa revelação da amiga apenas sentiu seus olhos lacrimejar. S/n se ajoelhou na frente e segurou seu ombro.

- Vai ser uma grande aventura, não se preocupe comigo. Eu irei voltar, prometo! - Hana olhou em seus olhos e viu seu grande sorriso. Como alguém de 19 anos conseguia ser tão infantil e maluca aquele ponto?

Então S/n raspou seu cabelo, cortou suas unhas e coprou diversos rolos de faixas médicas e esparadapos  para enrolar por volta do seu torso. Ela procurou sites ilegais, frequentou e falou com pessoas que faziam coisas ilícitas para ter no fim seus documentos. Faltava uma semana para o alistamento, enquanto isso ela treinava como iria enfaixar seus seios pra deixar eles em menor evidência.

Ela não era alta, nem tinha um corpo escutural, muito menos peito ou bunda. Contudo, ela tinha mãos bem delicadas oque faria daquilo um problema se alguém notasse. Nesse meio tempo ela tentou começar uma série de exercício, fazendo 20 reflexão e 100 abdominais. Na cabeça dela aquilo era muito e com certeza seria o mínimo até ela se adaptar.

Ela também treinou seu comportamento diante um comandante com a ajuda da sua amiga, apesar dela não gostar da ideia ela ajudou. No fim das contas S/n estaria de manhã cedo se despedindo dos seus pais biológicos, dizendo que faria uma viagem e moraria fora por uns anos.

Eles acharam estranho mais aceitaram, Hana chorou como uma criança.

- Espero que eu consiga. - Disse a mim mesma antes de entrar na sala, estavam precisando de homens e por isso qualquer ser magricela serviria.

Assim que eu entrei na sala engoli o seco, só havia homens no ambiente e todos pareciam se conhecer.

  - Boa tarde, documentos por favor. - um rapaz mais velho entre todos os jovens chamou minha atenção.

  - Claro. - Disse com a voz grossa e entreguei, ele olhou para o documento e passou a preencher a minha ficha.

  - Você é bem magro, tem certeza que gostaria de participar jovem? - O senhor perguntou com um pouco de pena e me olhou por baixo dos óculos, logo em seguida eu assenti.

  - Sentesse, logo vamos tirar suas medidas e mostrar os resultados. - Avisou e eu me curvei.

Caminhei até a cadeira vazia e sentei, os resultados eram soltos na hora, por isso sua mala teria que estar consigo no momento do alistamento.

  - Ei qual seu nome? - Um rapaz me chamou e eu o olhei.

  - O o que? - Eu estava tão perdida que não notei que outro homen havia se sentado do meu lado.

  - Seu nome, qual é seu nome? - Perguntou novamente.

  - Eu me chamo Ka-shi e o seu? - Repondi e vim ele sorrir.

  - Pode me chamar de Bambam, você está aqui pelo dinheiro? - Indagou, eu arregalei os olhos e neguei com a cabeça.

O governo estava pagando salário mais alto pra compensar a falta de homens e chamar atenção.

  - N-não! Eu estou aqui para ajudar. Vi que o exército precisa de homens. - Disse e ele continuou me encarando de forma debochada.

  - É, mas acho que você não ajudaria muito com esse tamanho. - Falou e riu.

  - Ei! Eu posso ser baixo mais sou bem determinado. - Afirmei cheio de confiança e riu ainda mais.

As risadas cessaram quando todos foram chamados para tirar as medidas. Por Deus ninguém precisou levantar a camisa ou tirar as roupas, apenas mediram a altura e se pesamos. No fim do dia o resultado saiu, todos foram olhar a tabela e aqueles que tivesse passado o ônibus esperava lá fora para levar até a base militar.

  - Incrível, não achei que fosse passar. - Bambam disse e colocou o braço em volta do meu pescoço, enquanto caminhávamos na direção do ônibus.

  - Eu te avisei, altura não mede determinação. - Disse e sorrir, olhei para minha farda ainda na embalagem mostrando o número "55".

Talvez eu devesse comemorar quando estivesse perto do Jacskon, estava determinada a encontra-lo e se tornar amigo dele antes de revelar meu amor.

Por enquanto eu apenas caminhei junto com Bambam até o ônibus, o sol já estava se pondo então amanhã seria um grande dia.

1980Onde histórias criam vida. Descubra agora