9 | Invasão.

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Mais um capítulo dessa perfeição, desculpas os erros ortográficos<3

🇰🇷

Assim que amanheceu eu levantei cedo, tomando banho e vestindo as fitas de compressão ao redor do meu peitoral. As marcas já faziam parte do meu corpo, mas tudo era por um bem maior. Eu tinha fé de que Jackson iria me amar, ele não tinha muitas namoradas e nem estava namorando.

Era a chance perfeita de fazê-lo me amar verdadeiramente.

Assim que eu saí do quarto, colocando minha boina na cabeça. Logo em seguida, eu avistei alguns homens ao redor da fogueira esperando algo. Por algum motivo, eles pareciam apreensivos como se algo tivesse acontecido.

Indo até eles e juntei querendo saber de toda história.

  - O quê aconteceu? - Um dos rapazes perguntou ao colega do lado e ele imediatamente o respondeu.

  - O general Taehyung encontrou alguns nortes coreanos em nosso território de madrugada, várias patrulhas saíram para combater esses informantes. Talvez, o general Kim tenha morrido...

  - Até parece que aquele imbecil vai morrer. - Disse sem pensar e todos viraram na minha direção, achando um completo absurdo.

  - Você tem sorte que nenhum dos superiores chegou e escutou isso, você sem dúvidas seria punida da pior maneira possível. - Um dos homens disse e eu olhei para Jackson que pareceu concordar com seu amigo.

  - Absurdo é falar que nosso general morreu! Ele é o melhor de todos, vocês querendo ou não. - Disse e cruzei os braços indignada.

  - Você por acaso é... G  a  y? - O outro perguntou perplexo e eu arregalei os olhos com tamanho absurdo.

  - Isso explicaria aquele grito feminino e esse corpo frágil, ele é uma menininha. - Seu colega afirmou e todos riram.

Eu pisquei várias vezes e mordi o lábio inferior sentindo-se envergonhada, mas eu lembrei que isso poderia ser uma boa ideia.

  - Se eu for! Você tem algum preconceito com isso?! - Disse e batendo os pés no chão e todos abriram a boca chocados.

  - Ei... Era uma brincadeira. - Jackson murmurou constrangido, então quando eu olhei para ele se sentindo mais envergonhada.

  - Que droga! Você é G a y??!!!!! - Um afirmou com tom de nojo e indignação.

  - Porra que nojo! Ei Jeon! - Um dos seus colegas o chamou, ele estava sentado no tronco de árvore em silêncio. Jungkook levantou o rosto e encarou o rapaz entendido.

  - Você perdeu pra essa bichinha?! - Afirmou e todos riram.

Então todos se assustaram quando Jeon quebrou o graveto que segurava nas mãos ao meio e levantou, indo em passos lentos até o colega.

  - E daí? - Retrucou encarando o colega de forma ameaçadora.

A tensão aumentava gradativamente, então eu os ignorei e olhei para alguém saindo de dentro da floresta. Kim Taehyung, completamente ensanguentado segurando o mesmo rifle que eu era a única capaz de manusear. Imediatamente corri até ele, ignorando Jackson e atraindo atenção de todos.

  - Taehyung! - O chamei segurando seu corpo firme e o fazendo se apoiar em mim, seus olhos estavam sem vida e seu rosto com alguns ferimentos.

  - Peça ajuda aos outros. - Ele sussurrou sabendo que o saldado cinquenta e cinco daquele tamanho jamais iria carregá-lo até seus aposentos.

  - Me sinto ofendidaoh.. ofendido.. hm... - Disse e cocei a garganta me sentindo burra por ter dito algo no feminino, eu iria ser descoberta.

Mas que seja depois de ajudá-lo, tomei de sua mão o rifle e o joguei para longe. Puxei seu braço e coloquei atrás do meu pescoço, pegando na sua cintura e começando a carregar para direção de seu quarto.

  - Eu levo ele Ka-shi! - Jackson pediu e fez menção de tirar minhas mãos de perto do capitão, mas antes que o fizesse Kim Taehyung acordou levemente para impedi-lo.

  - Ajude os outros que estão vindo atrás, eles precisam de primeiros socorros. Cuide disso para mim, Jackson. - O general ordenou e ele assentiu, indo com os demais saldados ajudar os outros.

[...]

Assim que cheguei em sua cabana eu abrir a porta e levei ele até a cadeira. Ele respirava pesado, assim que ele sentou eu me certifiquei de olhá-lo mais uma vez.

  - Primeiros socorros. - Pedi e ele apontou com o queixo a gaveta ao lado de sua cama.

Puxei o kit e me aproximei dele outra vez, pronta para fazer o necessário e o ajudar. Mas por que? Por que eu estava o ajudando?

  - Onde está o ferimento? - Perguntei e ele virou a cabeça agoniado pela dor, enquanto trincava o maxilar.

Eu mordi meu lábio inferior nervosa e ansiosa, rapidamente tentei desabotoar suas roupas. Mas minhas mãos trêmulas impediam minha agilidade em um momento tão precário, ele precisava de mim mais rápido e eu não estava conseguindo.

  - O que está fazendo? Você não sabe abrir uma camisa ou só não tem experiência? - Ele disse sarcástico e eu o olhei, percebendo que eu estava quase jogada em cima do seu corpo para abrir uma simples camisa de botões.

Engoli o seco vendo nossos rostos próximos, então agarrei e puxei de uma só vez o resto dos botões, voando todos e rasgando a camisa sem nenhuma menção.

  - Desculpa senhor! - Pedi nervosa e voltei para caixa de primeiros socorros, vendo o corte na diagonal da barriga aberta.

Depois de alguns minutos eu já estava fechando o corte com a linha e a agulha cirúrgica, assim que cortei o resto da linha após o nó amarrado ele suspirou pesado. Depois de limpar outra vez, eu pude respirar fundo e cair de bunda no chão derrotada.

  - Nunca mais te peço para fechar um corte saldado. Você é péssimo. - Taehyung confessou enquanto olhava o teto do seu quarto e permanecia jogado na cadeira.

  - E eu prefiro que você nunca precise que alguém lhe costure outra vez. - Avisei e sorri.
 

Taehyung sorriu e se levantou, me assustando com tamanha irresponsabilidade.

  - O quê pensar que está fazendo? Você não pode ficar perambulando com esse corte, ele pode abrir! - Avisei e ele me olhou sério.

Seu rosto ainda está um pouco sujo de sangue e terra, mas seus olhos continuam os mesmos. Incrivelmente lindos...

"O que?!! Os únicos lindos são o de Jackson! Meu único amor! Que droga de pensamento!"

  - Você é minha mãe por acaso? - Perguntou curioso e o saldado arregalou os olhos surpresos.

  - O quê? - Murmurei perplexa e ele continuou me encarando sério.

  - O que está fazendo aqui ainda? Eu preciso me limpar. - Taehyung avisou e tentou caminhar até o banheiro.

  - Não! Você não pode, seu ferimento pode abrir e você vai precisar de uma bolsa de sangue se continuar sangrando. - Disse apressada e preocupada, segurando seu braço. - Eu irei cuidar de você, para evitar que esse corte se abra.

Ele se virou e me olhou divertido, inclinando-se um pouco na minha direção.

  - Então o quê pretende? Por acaso vai tomar banho comigo? - Perguntou divertido.

  - Se for preciso e se sentir confortável, sim senhor! - Respondi seriamente e ele franziu a testa, mas depois abriu um sorriso divertido.

  - Tudo bem então. - Concordou e o saldado lhe carregou para o banheiro.

Mesmo achando aquela ideia maluca, não tinha outras alternativas. Por algum motivo, eu me sentia responsável com o homem tirava a minha paz. Kim Taehyung.

1980Onde histórias criam vida. Descubra agora