Capitulo 23 - Zoey

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Alguns dias se passaram desde que eu havia dito umas verdades ao Shalom, e ele não me procurou mais. Quanto a mim eu sabia respeitar seu espaço, quando ele tivesse vontade me procuraria. Eu apenas gostava das coisas certas, se a garota leva um tiro por você, você precisa dar-lhe certo credito, se ele resolver casar com ela por ela ter sido heroica com ele o que eu iria dizer? O que é certo é certo. Quando me infernaram a vida para ir visitar a Lexy na ala hospitalar eu sabia que não deveria ir, um porque pouco me importa se ela vive ou morre, para mim não faz diferença, ela não é minha amiga e eu não faço questão alguma de ser amiga dela.

Acabou que meus temores tornaram-se realidade. Sabe quando você sabe que não deve ir a um lugar e vai? Foi exatamente assim.

Estávamos todas lá para visitar Lexy, umas mais felizes que as outras, Sabrine e Sarah pareciam tão sinceras quanto Emma e Holly, mas Bia parecia que estava ali por obrigação, estava um saco e eu fui dar uma andada, quem sabe não xingar o corpo inerte da Ella? Ela bem que mereceu e eu ainda acho que foi pouco!

Então eu o vi dentro do quarto dela ao lado do leito dela, fazendo declarações de amor, caramba é possível existir homem mais burro? Acredito que não.

Começamos a discutir, porque eu o achei patético, como assim defender essa imbecil? Ficamos no bate boca, então ele levantou a mão porque possivelmente iria me dar um tapa na cara. Ok eu estava sendo incrivelmente chata, mas convenhamos que ele era muito burro!

Quando você nasce em uma casa de homens não é fácil te derrubar, na minha casa éramos eu, meu pai e meus três irmãos mais velhos ou seja brincar de tapas era minha especialidade. Eu segurei a mão dele, por sorte ele não colocou toda a força dele, se não teríamos rolado nos tapas. Rolou um clima entre nós e quando menos esperamos estávamos nos beijando, de uma forma que eu descontei todas as minhas frustrações dessa seleção naquele beijo, quando terminamos estávamos assustamos e eu sai apressada do lugar.

Mas que merda foi essa? As lagrimas começaram a escapar dos meus olhos e eu me fechei na biblioteca, as únicas que vinham aqui eram Sarah e Sabrine e elas não viriam agora. Me escondi atrás de uma prateleira, eu jamais deixaria ninguém me ver chorar, isso nunca.

Porque eu estava chorando como uma mocinha afinal? Ok eu nunca deixei de ser uma mocinha, mas ele por um momento rompeu minhas barreiras de defesa, eu estava fragilizada, estava devastada, me sentia frustrada e injustiçada. Durante o beijo eu imaginei que era o Shalom, que sempre fora quem eu realmente queria beijar, eu não planejava beijar o guarda banana e bobão, eu detesto homem burro. Mesmo o Shalom sendo meio ignorante no aspecto sentimentos, ele tinha mais personalidade do que aquele John.

Infelizmente sempre que estávamos juntos eu e Shalom nós discutíamos, e no final não rolava clima algum, sempre era discussão e mais discussão. Era divertido, eu gostava de brigar com ele, gostava de me sentir desafiada e eu não sei o que ele sentia, mas cheguei até a elite não foi?

Vamos analisar, agora éramos apenas sete meninas, Lexy, Holly, Sarah e Bia eram completamente apaixonadas pelo príncipe, Sabrine não, eu podia perceber isso, eu era muito observadora, e a Emma parecia meio perdida nos últimos dias, eu não acredito que ela gostasse do príncipe, acredito que tenha outro moço na equação. Atualmente o trio das certinhas estava intacto Emma, Holly e Lexy. Então tinha a dupla nerd Sabrine e Sarah, Bia estava isolada e sentia-se deslocada dava para ver de longe, desde que Annie sua amiga boba fora embora ela ficou deslocada.

E então tinha eu, eu era o oposto de todas essas trouxas que tinham pensamentos românticos de contos de fadas. Mas o que eu queria afinal? Essa pergunta eu não responderia nem para mim mesma, apenas porque se eu deixar a minha muralha cair novamente será mais difícil.

Príncipe de Illéa - Livro 2 (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora