Quando saí da festa e cheguei a enfermaria, Ella parecia confusa e distante, ela também não me reconheceu, ela sabia meu nome, e o médico disse que deveria ser porque passei bastante tempo com ela.
- Quem é você? – ela perguntou a me ver.
- Eu sou o John – eu respondi a ela e ela pareceu confusa.
- Engraçado, conheço o nome, mas não conheço você – ela disse.
Os dias que se seguiram foram iguais, Ella não se lembrava de sua família ou de qualquer coisa que havia feito, era estranho, ela parecia uma casca vazia. A rainha e o comandante queriam dar uma segunda chance a ela, mas Shalom e o pai insistiam que ela deveria ser julgada.
De certa forma eu entendia a posição de Shalom, ela tentou matá-lo e isso é um crime. Mas agora me parecia cruel punir uma pessoa que não sabia nem o próprio nome. De qualquer forma ela teria um julgamento dentro de um mês, e então ela seria julgada por seus crimes, eu esperava que o juiz considerasse que ela era inofensiva e que não se lembrava mais das coisas horríveis que fizera.
Todos os dias o comandante Leger me dispensava de meus turnos para tentar ajudar sua filha, eu passava horas conversando com ela, mas sem muito sucesso de reaver qualquer coisa.
Passara-se dois dias desde que ela acordará e eu quase não tive tempo de falar com a Emma, sei que ela se sentia apreensiva, mas eu esperava que ela ainda acreditasse em minha promessa.
Ella receberá alta e a rainha permitiu que ela usasse o quarto da seleção, até eles decidirem o que fazer com ela, a mãe dela senhora Leger e a irmã Ivy tomariam conta dela em tempo integral, e ainda colocariam um guarda na porta, ainda temiam sua periculosidade.
Eu estava em seu quarto, e estávamos conversando, ela parecia sempre muito assustada com seus familiares, mas ficava calma comigo.
- Por que todos parecem estar com medo de mim? – ela me perguntou e eu meneei a cabeça, como eu explicaria as coisas horríveis que ela fizera?
- Você cometeu muitos erros – eu disse amenizando as coisas.
- Mas eu não me lembro disso – ela disse.
- Sei que não, mas não apaga o que você fez.
Olhei em volta a mãe a irmã dela estavam em um canto conversando e nos deixando em paz.
- O que exatamente eu fiz?
- Muitas coisas Ella, pergunte a sua mãe e irmã depois – eu disse apreensivo.
- Como eu era?
- Você era uma pessoa bem vivaz, não aceitava não como resposta. Você sempre ia atrás das coisas que você queria.
- Entendi, éramos namorados?
Fiquei sem saber o que dizer, porque a verdade é que ela apenas me enganou, ela nunca foi minha namorada de verdade, e eu não queria mais ser seu namorado de qualquer forma.
- Não, sempre fomos bons amigos – eu disse gentilmente.
- Eu tinha namorado?
- Não, você era uma pessoa que ainda não havia se apaixonado – eu menti, eu sabia que ela sempre fora louca pelo Shal, mas seria realmente amor o que ela sentia por ele?
- Engraçado eu não ter namorado você, você é sempre tão doce e gentil – ela disse pegando minha mão.
- Mas não era para ser, crescemos juntos e sempre fomos melhores amigos – eu disse soltando minha mão.
Bateram na porta, e eu olhei para a porta.
- Você é um ótimo amigo, obrigada por tudo que está fazendo por mim – Ella disse me abraçando.
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Príncipe de Illéa - Livro 2 (Completo)
Fanfiction(Fanfic de "A Seleção") Meu nome é Shalom Singer Scheave, filho da rainha America e do rei Maxon. Em breve, completarei dezenove anos e começará - para meu tormento - a minha seleção. Trinta e cinco garotas de toda Illéa irão disputar meu coração e...