Capítulo Três

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Desculpa a demora, espero que gostem e comentem muito. OS comentários anteriores me deixaram muito feliz. 

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Os olhos castanhos de Summer Kassler encaravam os pratos recém abandonados nas mesas de pinus. Á noite estava clara e o reflexo da lua entrando pelas janelas com toda a brisa que só a Califórnia proporciona. Confortável, essa era a palavra que definia a noite. Os posters retrô, os tons de pastéis e as plantas em todas as partes, talvez o conceito de casa seja mais apropriada.

Sn Hall carregava bandejas repletas de canecas de porcelanas para cozinha, a camisa social branca dobrada nos cotovelos e sua pasta em cima da mesa 13. Aquelas mesmas parede recém pintadas, carregavam as lembranças da adolescência dramática e um pouco pesada, as lembranças marcadas com tintas invisíveis. Lembranças que eram boas de períodos complicados, funcionavam quase que como um alivio de alma. Aquele foi um dos períodos mais complicados da adolescência, com todo o drama pessoal que estava envoltos dela e de todas as questões familiares, seu ponto seguro da adolescência era esse café. A Avó de Summer servia chocolate quente com um sorriso nos lábios todas as terdes para elas, logo depois, ambas trajavam os aventais e serviam as mesas. Foram naqueles momentos que fortaleceu a amizade de ambas, fizeram elas virarem família. Depois de muito juntar dinheiro como garçonete que conseguiu comprar o primeiro carro, corro esse que continua na garagem como uma lembrança carinhosa e motivadora.

Era um daqueles dias da semana que as duas só tinham a necessidade de estar juntas, mesmo que não seja algo tão produtivo e legal. Esse era um dos prazeres mais indescritíveis proporcionados pela intimidade, ser capaz de apreciar os pequenos momentos juntos era uma dádiva.

Desde os trezes anos nos corredores agitados do Sierra Canyo, para os pisos de tacos do Kassler Caffè. Havia sido uma longa trajetória percorrida pelas duas, longos anos de cumplicidades e abraços.

— Não acredito que ela te deu um bolo de novo, pior é que foi na casa dela. — Disse enquanto limpava as mesas em sua frente.— Se eu fosse você, com toda certeza conversaria com ela. Isso está se tornando frequente pra cassete, ela fez umas 4 vezes e dessa vez vocês de fato chegaram a sair.

— Foi bem pior do que somente não aparecer. — Murmurou carregando a bandejas com xícaras sujas. — Eu estou ficando tão puta com isso, ela mandou algumas mensagens mais nem respondi.

— Você ficou naquela casa enorme sozinha?

— Não, a Kendall estava lá. — Falou colocando as xícaras dentro da lava louça, uma breve pausa foi dada pela mais nova notada uma breve pausa.— Não sei o que ela foi fazer. Um minuto ela estava cozinhando e no outro estava dentro da Lamborghini.

— Então foi pior né, sei que você e a Kendall não se dão bem. — Comentou despretensiosamente em tom de ocasionalidade. O tempo havia me ensinado muita coisa, uma delas é as várias nuances da personalidade de Summer. Ela possuía formas de fazer perguntas importantes de uma forma tão casual que chegava a ser engraçado.

— Vou resumir o que você quer saber: Fazia muito tempo que não me divertia tanto com alguém. Foi uma diversão tão casual e despretensiosa que nem sei relatar. — summ sentou na bancada se concentrando no relato de sua amiga. —Bebemos muito vinho, assistimos comédias românticas e conversamos muito, eu nem dormi naquele dia. Não sei se foi o consumo excessivo de vinho, mas acho que rolou um clima entre a gente. Havia uma tensão palpável. Trocamos números e estamos conversando direto.

— Você está me dizendo que fez programinhas de namoradas com uma garota que até ontem você não gostava. —Perguntou cativada com toda a história que havia sido confidenciado para ela. — Ela tem namorado, né? Eu estou perplexa com tudo isso, ela é gata para um cassete. Sobre o que vocês conversam?

— Isso não é um programinha de namoradas ou sei lá. — Rebateu o questionamento que sua amiga havia levantado. — Segundo, ela só falou sobre o namorado uma vez e isso não está é impedimento para nada. Não estamos tendo nada, não existe um relacionamento, só estamos conversando como duas pessoas adultas normais e que têm muito em comum.

— Você está se ouvindo e entendendo tudo o que está rolando? — Perguntou perplexa. — S/n Hall, você sabe muito bem que seus relacionamentos começam assim, todos eles. Você lembra da Sophie? Foi exatamente assim. Não quero que você sofra por mais uma garota indecisa que só está te usando, eu me importo com você e com os seus sentimentos.

Após as considerações de Summer Kesseler, o silêncio predominava deixando espaço para os pensamentos acelerados da S/n. O nome de Sophie havia desencadeado muitos sentimentos ocultos em s/n, o de impotência e culpa era maior de todos. Tudo o que envolvia a Sophie era extremamente doloroso, se tratava do primeiro amor e o primeiro coração partido.

Kesseler olhou para o chão, a culpa havia invadido a intimidade de ambas como não ressurgia faziam muitos meses. A ruiva pulou da bancada e foi em direção da Hall e abraçou com força a S/n.

— Eu não tinha intenção de falar sobre isso, sinto muito. — Sussurrou com a cabeça deitada no ombros da amiga. — Eu só não quero que você sofra.

— Eu sei disso, juro que não há nada com que você deva se preocupar. — As mãos da morena estavam nas costas da amiga. Ambas já haviam passado por muito, e esse tópico era um dos sensíveis e não discutíveis na relação das duas. Sophie Turner é o único assunto tabu em seu relacionamento. 

 O celular da Hall deu três vibradas seguidas, summer encarou sua amiga olhar para o celular e dar um sorriso largo e vibrante. Era sobre aquilo que ela estava com mais medo, já havia visto aquele sorriso antes  e nunca acabava em coisas boas. 

Sign of the times - Kendall X YouOnde histórias criam vida. Descubra agora