Capítulo vinte e dois

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Capitulo novo fresquinho para vocês! O capítulo está sem revisão. Comentem, compartilhe e deem estrelas.  Boa leitura, galera!

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Existia algo estranhamente delicioso em olhar para o passado, sentar e encarar sua alma como uma criança que encara a janela ansiosa para um dia de verão, eu me perdia sobre isso. Eu me perdia entre as longas pausas de uma existência medíocre e deplorável, encarava o passado como se quisesse recuperar algo que nunca foi meu. Existia uma fé de boa menina que persistia em códigos de ética inflexíveis e um belo sorriso capaz de causar terremotos de até com variação de 10º, você sabe, o estilo que estraga a porra toda. Somos esse tipo, sempre fomos esse tipo. Eu nunca consegui me desvencilhar de tudo o que significamos uma para outra, eu já havia aceitado aquela sina de merda. Aquele nome arrepiava todos os pelos do meu corpo, eu evitava ao máximo tudo aquilo..

— Eu nem sei se deveria está te contando, mas Sophie entrou comigo. — Kylie disse atraindo minha atenção, minhas emoções foram tão transparentes que ela arregalou os olhos de volta e confirmou com a cabeça. — Foi a merda mais louca que me aconteceu essa semana, ela perguntou sobre você. Na verdade, ela fez a porra de um interrogatório sobre você, achei que ela estivesse noiva ou casada com aquele cantor de banda, ou sei lá.

— Nossa.... E- eu.. — Essas foram as últimas palavras que saíram dos meus lábios. Minha cabeça — Faz muito tempo que não penso nesse nome... que não penso nela.

Flashback

Os lábios, da agora, ruiva, foram parar no pescoço da morena. Todas as noites em Londres eram uma criança, as três da manhã subindo de elevador até a cobertura com tijolos avermelhados. Um refúgio doce, porém aquele lugar já foi um hospício. Incrível como todas as mobílias gritavam o nome das duas, Turner tinha uma tatuagem nos braços e todas às vezes era para ela que os olhos castanhos olham, já havia decorado todos os traços dela assim como as outras tatuagens em seu corpo.

O pub não parecia tão legal aquela noite, ela se lembrava de ter rido do sotaque dos amigos da amada e reclamado do excesso do frio na Inglaterra. O amor havia a levado até lá, a devoção a fez ficar. O frio que sentia havia ficado resguardado pelas paredes de tijolos no lado de fora de Londres, a cidade iluminada lembrava sua linda NY, o nublado das nuvens ao amanhecer e a indisposição do sol estava se tornando algo doce e familiar, assim como as noites em que ambas pertenciam uma a outra.

As mãos ágeis de Sophie descia o zíper do vestido da morena enquanto beijava os seus ombros já desnudo, o casaco no chão e a sanidade quase inexistente. Elas sabiam que aquelas memórias ficariam impregnadas em suas memórias para sempre, não importa o caminho que ambas tomassem, sempre teria aquele apartamento em Londres.

— Você acha que seus amigos gostaram de mim? — Perguntou entre os beijos enquanto a ruiva levava de costas para o sofá.

— Apelido, eles te amaram. — Encarou com seus olhos azuis cortantes, aquele tipo de olhar que todos gostariam de ser olhados. — Não existe possibilidade no mundo de alguém não gostar de você.

Eu estava sentada no sofá encarando os seus enormes olhos azuis, ela estava tão linda naquela noite, seus cabelos ruivos por conta das gravações evidenciavam sua cor natural nas raízes, os fios loiros se mesclavam com o restante ruivo. Seu sorriso era mais gracioso do que o de uma vencedora de um concurso, todos os dias agradecia ao universo por ter me presenteado com ela.

Sign of the times - Kendall X YouOnde histórias criam vida. Descubra agora