Capítulo Um: a vida folclórica que nos espera atrás da porta
Ela encarava sua máquina de escrever há vários minutos, o silêncio era seu melhor amigo diante de uma penitência sem fim. O tempo não era o seu melhor amigo, não quando o relógio ao lado soava o tic-tac despretensioso de um fim certo.
Ela precisava escoar seus medos e amores, os sentimentos intensos e desmedidos escorriam por seus dedos cada vez que batia nas teclas. O seu útero gestava fantasia, dor, luxúria e sonhos, embora não estivesse dentro de seu corpo. Não bastava apenas imaginar, pois as cenas criadas em sua mente necessitavam de matéria, mesmo que etérea ao mundo real.
A confusão do lado de fora, as guerras, as brigas, a miséria e tudo o que ela não poderia intervir, de repente se tornavam um sussurro manso quando se deparava com a sua máquina de fabricar devaneios.
Ao entrar aqui bata os pés, se despeças das suas convicções estabelecidas e leia... leia com amor, sonhos, desejos e uma pitada de loucura.
Nossas danças folclóricas irão viver para sempre, passada a todos que precisarem de um minuto de silêncio e uma história que os retirem de toda a loucura e dor que o mundo real insiste em nos afligir.
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Folklore - Delena, Datherine, Kelena
Romance🌼 Procurei reunir nessa pequena coletânea de contos tudo o que me impedia de dormir a noite, o que me beliscava até me obrigar a levantar da cama, pegar o notebook e escrever até as três da manhã. 🌼 Aqui você vai encontrar narrativas variadas, co...