You are not like the regulars

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Capítulo Seis: You are not like the regulars

"Eu quero que você saiba

Eu sou um globo espelhado

Eu vou te mostrar todas as suas versões esta noite

Eu vou te levar para a pista de dança"

Eu odeio os dias dos namorados.

A data comercial criada, em especial, para roubar todo o dinheiro do pobre apaixonado é de tamanho absurdo quanto cruel, porém o sentimento acolhedor, tão radiante que pode te fazer acreditar estar pisando em nuvens quando na verdade é de um precipício que irá saltar, não lhe permite enxergar que está sendo assaltado enquanto sorri de orelha a orelha. Onde estava esse mesmo amor nos outros dias do ano? E por que todos parecem externar um amor eterno quando na verdade as prestações do presente duram mais que o relacionamento?

Embora, se após esses questionamentos irritados, você tenha imaginado que sou uma solteirona encalhada, irei te desapontar. Não sou um animal para encalhar, mas fiquei solteira... sim, isso mesmo! Eu fiquei, pois nas últimas vinte horas descobri que o meu namorado estava me traindo.

Ao telefone peço para minha secretária cancelar a suíte de luxo e o champanhe importando, na noite do dia dos namorados Katherine Pierce vai comemorá-la ao sorvete de menta com gotas de chocolate. Não é fácil ser uma mulher romântica, em especial quando seu namorado chega até você e diz que está apaixonado por outra pessoa. E piora quando a pessoa que seu namorado diz amar é a sua melhor amiga.

Emelly Clark, eu te odeio!

Na verdade, não sei dizer quem odeio mais. Duas pessoas em que confiei cegamente. Apunhalada pelas costas que chama? Stefan e Emelly agora devem estar se presenteando e gozando do dia dos amantes. Respiro fundo. Quatro anos jogados para o ar, quarenta e oito meses desperdiçados com a pessoa errada, e me questiono qual é motivo de a pessoa certa não vir com um crachá escrito em caixa alta: EU SOU A PESSOA CERTA. Decerto, facilitaria muito e evitaria tantos corações partidos, afinal a pior parte de ser magoada é que você não é capaz de se recordar de como era antes da dor.

― Está tudo bem, Kath? ― Caroline entra em minha sala com um semblante penoso.

― Não, mas acho que irei ficar. Não sei...

Caroline Forbes e eu somos amigas há (não exatos) dez anos. Eu a conheci na faculdade de Direito durante um debate em que defendia o direito das pessoas de usarem casacos com pele de animais e desde então viramos amigas. Nunca entendi seu lado lady, mas não critiquei. Talvez um dos meus erros seja aceitar o que as pessoas me dão, a fidelidade não é tão brilhante quanto parece ser.

― Certo.... — ela piscou afoita, do nada. — Alaric e Klaus estão planejando uma festinha no fim do expediente.

Alaric e Klaus são donos do escritório, eles mandam e desmandam em tudo aqui. Nota mental: eles são extremamente irritantes.

― É mesmo? ― digo, tão desinteressada que desvio a atenção para arrumar alguns papéis que estavam bagunçados pela mesa.

― Sim, o tema é "Eu odeio o dia dos namorados". Pelo que eles disseram será na sala de conferência aqui mesmo no prédio.

― Interessante, mas não conte comigo. Estou exausta e prefiro mil vezes mofar em casa a ter contato com o pessoal dos Direitos Trabalhistas.

Care ri. As covinhas em seu rosto ficam salientes quando ela sorri, é engraçado.

― Como você é mal-humorada. Pense bem, será divertido! Klaus disse que só será permitida a entrada de quem está solteiro.

Klaus e Caroline tinham um rolo estranho, às vezes os dois se pegavam todos os dias da semana, mas às vezes eles nem se olhavam na cara. Pelo que Caroline contava, Klaus dissera que não tinham maturidade suficiente para assumir uma relação, e eu concordava sem pensar duas vezes.

Folklore - Delena, Datherine, KelenaOnde histórias criam vida. Descubra agora