Resumption

Reações curiosas e amor instantâneo

N/A.: Feliz dia das crianças, galerinha!

Para celebrarmos, um dia que é de todes nós, mais um capítulo!

Mantenham sempre viva, a criança que há dentro de você!

Espero que gostem, e boa leitura!!!

...

Nicole

Os dias estavam passando lentos e eu tentava resolver as coisas da maneira que podia, Waverly ainda se recusava a falar comigo, visto que a encontrei algumas vezes e sempre que nos víamos se afastava antes mesmo que eu fizesse menção de me aproximar, chegando até mesmo a trocar de calçada. Ela estava irredutível.

-Terra chamando Nicole! -Os dedos estalaram na frente de meu rosto.

-Desculpe, Zô! -Peço abaixando os ombros.

-A cabeça estava na lua? -Nego com a cabeça. -No mar talvez? -Pergunta mexendo as sombrancelhas de maneira engraçada.

-Idiota! -Respondo rindo, sabendo que era referência ao apelido de Waverly. -Sobre o que falava mesmo?

-Sobre o...

Um baque na porta de meu escritório rouba nossa atenção, junto com toque do meu telefone que prontamente foi atendido, mas claro que tinha que ser ela.

-Mas que palhaçada é essa de eu agora precisar ser anunciada, Haught? -Ela para ao encarar a Zoey.

-É ela entrou aqui sim... -Ouço o que a nova secretária fala. -Não precisa se desculpar, O.k.?! -Paro novamente. -Tudo bem, não precisa chamar a segurança, as senhoritas Earp e Taylor não precisam ser anunciadas, a menos que uma das duas esteja comigo, peça para outra aguardar, combinado? -Desligo o telefone assim que ela concorda.

-A menina entrou ontem, Wynonna! Ela também anunciou a Zoey, O.k.?!

-Tanto faz! -Responde emburrada. -Precisamos conversar. -Fala de cara fechada encarando a Zoey.

-Pode sentar e falar. -Aponto para a cadeira e ela nega. -Não tenho nada a esconder dela.

-Assunto particular, Haught! Podemos?

-Meu amor, depois conversamos sobre o processo. -Diz tranquila.

Zoey se levanta e deixa um beijinho delicado em minha bochecha, arrancando uma careta de desgosto de Wynonna.

A Earp logo se senta aonde a outra estava e começa a me encarar seriamente, cruzo uma perna sobre a outra, deixando o cotovelo apoiado sobre o braço da cadeira e arrumando os óculos e meu cabelo, antes de apoiar o queixo com a mão.

-Eu não gosto da sua namoradinha! -Diz brava.

-Mas quem tem que gostar da Zoey sou eu, Wynonna. Não você. -Digo segurando o riso.

-Que processo é esse? -Pergunta mexendo nos lápis sobre a minha mesa.

-Vai me dizer logo o que quer? Afinal você disse que queria conversar comigo. -Desconverso.

-Você parou de falar comigo, por quê?

-Não parei, não.

-Parou sim, desde o dia lá na cafeteira você está diferente comigo. -Reclamou.

-Você está sonhando, Wynonna. -Umedeço os lábios. -Olha, tá todo mundo mega atarefado com o serviço, eu mal estou te vendo, imagina conversar.

-Sabia que já inventaram um negócio chamado celular e que ele serve para mandar mensagens e fazer ligações para os amigos? -Ela diz chateada. -Você se afastou de mim, desde que minha irmã chegou.

-Isso é coisa da sua cabeça. -Respondo chateada, mesmo que realmente houvesse me afastado.

-O processo é sobre isso, não é?! -Pergunta séria. -Eu ouvi outro dia a Zoey ligar para uma clínica que faz exames de DNA.

-Como você mesma disse, não vou conversar sobre sua irmã com você.

-É, mas isso foi antes de eu saber que você não sabia de nada, O.k.?! -Espalma as mãos na minha mesa. -Você não vai prejudicar a Waves, não né?! Olha só Nicole...

-Wynonna, se retira, por gentileza! -Falo de maneira calma.

-Não é justo! Me fala logo!

-Wynonna, por favor, sai da minha sala. -Peço novamente. -Não quero conversar sobre a sua irmã com ninguém, ainda mais com você.

-Nicole... -Resmunga!

-Não, Wynonna! -Falo séria.

-Eu vou confiar que jamais prejudicaria a minha irmã, Haught!

Wynonna sai batendo a porta enquanto eu escondo o rosto entre as mãos, não aguentava mais ter que pensar nisso e ainda ter minha amiga me acusando.


Waverly

Não me importava de deixar meu passado para trás, ele ainda me doía demais. Pensar em tudo que poderia ter construído ao lado de Nicole mas não construí por um simples capricho dela de não querer ter filhos. De todas as coisas, que eu conseguia deixar para trás a árvore à minha frente não era uma delas.

Meus dedos percorriam as iniciais gravadas na madeira, suspirei pesado quando senti a mão grande e gelada tocar meu ombro de maneira leve.

-Eu acho isso no mínimo curioso, você não quer me ver nem pintada a ouro, mas quando se trata dessa árvore, você está sempre por aqui. -Riu baixinho. -Por favor, não foge. -Pediu gentilmente.

-Nicole, por favor... Aqui não é hora e nem lugar.

-E quando vai ser hora e lugar? -Ela pergunta calma e eu finalmente a encaro.

-Nicole, eu... Olha, por favor...

-Mama! -A vozinha animada de meu filho invade meus ouvidos e suas mãozinha agarram meus ombros.

-Oi meu pedacinho de céu. -Abro um enorme sorriso ao pega-lo em meu colo.

-Finalmente te encontramos. -Wynnona diz resmungando. -Esse garoto está pesado. -Ela bagunça o cabelo dele por baixo da touquinha. -E aí ruiva?

-Oi Nonna. -Ela responde baixinho.

-Nick bonita! -Ele aponta para a ruiva. -Amida, mama?

Os olhos dela estavam fixos encarando o garotinho em meus braços, parecia estar guardando cada detalhesinho dele.

-Não, meu filho... A mamãe e a Nick não são mais amigas.

-Eu sou amiga da Nick, carinha. -Minha irmã responde.

Da mesma maneira que ela o observa, ele fazia o mesmo com ela. Parecia muito curioso sobre ela, seus olhinhos brilhavam ao encara-la.

-Você quer dar um abraço na Nick? -Minha irmã pergunta, sem nem mesmo me consultar se eu concordaria.

Ele nem mesmo responde e pula para o colo de Nicole, me provocando um misto de sensações que eu jamais pensaria em sentir ao ver os dois juntos, principalmente pela maneira que ela reagiu.

...

Nicole

Eu nunca pensei que pudesse sentir um amor tão forte e tão instantâneo, pelo menos até o momento em que tive meu filho em meus braços pela primeira vez. Não que eu já não sentisse algo por ele, mas não pensei que eu pudesse ama-lo tanto sem nem mesmo conhece-lo.

O apertei em meus braços, aspirei o cheirinho vindo de seus cabelos que fugiam pela touca, seus bracinhos apertavam meu pescoço e suas perninhas envolviam minha cintura. Senti as lágrimas rolarem por minhas bochechas e logo suas mãozinhas passando por elas, enquanto seus olhinhos me encaravam curiosos.

-Tá tiste? -Ele perguntou preocupado.

-Nem um pouquinho. -Respondi baixinho. -Eu estou muito feliz com esse seu abraço gostoso. -Ele sorri e eu o acompanho.

-Nick bonita amida do Nico? Pode?

Eu o trago para um novo abraço guardando cada momentinho em minha memória. O meu filho era realmente encantador, e a criança mais doce do mundo.

-Mas é claro que podemos ser amigos, príncipe. -Sua risadinha gostosa invade meus ouvidos.

Waverly nos encarava de braços cruzados, sua expressão era indecifrável, mas não impediu que o ruivinho viesse para meus braços e nem o tirou assim que nosso pequeno diálogo acabou.

-Nick amida do Nico, mama! -Ele exclama animado para ela.

-É? -Ela ri do jeitinho animado dela. -Mas agora se despeça da Nicole, meu amorzinho! A gente precisa ir para casa e aposto que a Nick precisa ir para dela. -Ele faz um biquinho fofo. -Vamos filho, se despede da sua amiga, hoje a gente precisa ir.

Ele volta a me dar um abraço apertado e deixa um beijinho estalado em minha bochecha, deixo um beijinho em sua testa, memorizando pela última vez o seu cheirinho gostoso.

O garotinho logo volta pro colo da mãe, ganhando um beijinho em sua bochecha.
Ele acena com sua mãozinha pra mim, enquanto Waverly se vira para ir embora.

-Tchau, Nico! -Aceno com minha mão, recebendo o olhar de minha amiga. -Obrigada! -Sussurro para ela.

Eu finalmente havia dado um passo importante, sabia que ainda faltariam muitos deles, mas, pude finalmente quebrar algumas barreiras e esperava que Waverly finalmente me deixasse conviver com o nosso filho.


Waverly

Assim que chegamos em meu apartamento e Nicilas se distraiu com seus brinquedos, já na cozinha, encarei Wynonna de maneira séria, precisávamos falar sobre o ocorrido.

-Fala logo! -Ela resmungou.

-Que merda que você tinha na cabeça ao fazer aquilo? -Pergunto brava.

-Sobre isso, ela é mãe dele também Waves. -Suspira. -E ela precisava daquilo...

-Não, ela não precisava!

-Ela precisava sim, e foi por isso que eu pedi para conversarmos, Waves.

-O que tem haver uma coisa com a outra, Wynonna? -Bufo.

-Porque ontem a Zoey estava na sala da Nicole, elas estavam conversando sobre um processo e a Nicole se recusou a me dizer sobre o que se tratava e ela nunca se recusa a me falar sobre essas coisas. -Wynonna começa a me explicar. -Ela também não tem falado nada sobre você e muito menos sobre o Nicolas, na verdade tentei conversar sobre vocês dois e ela se recusou, e...

-Wynonna para de enrolar!

-Tem uns dias que eu vi a Zoey ligando para uma clínica para se informar sobre exame de DNA e, eu acho que ela vai entrar com algum processo de reconhecimento de... -Ela para pra pensar. -Maternidade, né?! Bem, você entende o que quero dizer!

-Você só pode estar brincando, Nonna! -Digo confusa.

-Infelizmente não, olha eu nem deveria estar te contando isso. -Concordo sabendo que ela dizia isso por ter ouvido algo em seu ambiente de trabalho. -Mas eu realmente acho que deveria pensar em deixar a Nicole se aproximar dele, que fosse vir aqui sobre sua supervisão, mas é melhor do que expor o Nicolas, sabe?! Assim você administra tudo no seu tempo.

-Wynonna...

-Eu preciso ir agora Babygirl, mas pensa nisso.

Minha irmã beija por entre meus cabelos, passando na sala para se despedir do Nicolas me deixa com a cabeça martelando suas palavras misturadas com a cena dos dois juntos mais cedo.

N/A.: Se gostaram, curtam, compartilhem, indiquem aos amigos e comentem bastante para eu saber!!

Me digam o que acharam do encontro do Nicolas e da Nicole? E da Wynonna que ama uma fofoquinha?Em breve teremos o próximo, e cheio de emoções!