Beber não resolve o problema

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N/A: Olha só quem voltou!


Olá pessoinhas, quem foi que disse que não demoraria a voltar e demorou? Eu mesma! Hahahahaha, me justificando: passei por um período de total bloqueio criativo para escrever o capítulo 4. Então vocês me perguntam "Mas PrinzFuchs, esse não é o capítulo 3?", pois é minha gente... Esse realmente é o capítulo 3, mas só percebi ontem na hora que veio a inspiração para o capítulo 4, ao avisar para uma pessoa muito queride por mim que o novo capítulo seria postado assim que ficasse pronto, que não havia postado esse ainda.

Desculpem a demora e cabeça de vento da autora. Espero que gostem, boa leitura!


...


Nicole



As vezes a vida nos prega peças que nos deixam sem saber como reagir, após meu término com Waverly eu percebi que havia sido muito dura nas palavras que havia usado com ela, realmente ter filhos não era um plano meu e eu exagerei na forma como falei, mas somente agora eu entendia o real motivo de ela ter ido. Por várias vezes mandei recados dizendo que eu precisava vê-la e que se ela queria tanto assim ter filhos, poderíamos pensar no assunto, com ela era completamente diferente da suposição de ser com qualquer outra pessoa. Mas nunca obtive resposta além de que eu deveria esquece-la mas durante esses três anos, isso foi impossível.

Quando eu finalmente a vi, ainda mais pelo local, imaginei que tivesse a oportunidade de recomeçar minha vida ao seu lado. Mas agora, eu só consigo pensar no que fiz da minha vida e o tanto que perdi da vida do Nicolas, afinal eu não precisava de muito para saber que ele é meu. Além do menino ser praticamente a minha miniatura, seria muita coincidência Waverly ter tido um filho ruivo, num curto período de tempo após nosso término.

Eu nem sabia mais de onde saía tanta lágrima, minha cabeça estava latejando e eu só conseguia me culpar por ser tão idiota, por ter perdido parte da vida do meu filho. Solto uma risada armagurada, eu tenho um filho e nem mesmo sabia disso. Ninguém tinha o direito de me esconder, mesmo com tudo que eu disse. Chegava ser irônico saber que algo que eu realmente nunca cogitei ter, me faria sofrer tanto ao saber que perdi, e isso agora me doía mais que ter peridido a própria Waverly.

Passar a noite em claro, não era mais tão simples assim. Me levantei e fui para minha rotina matinal que hoje se estenderia, eu realmente iria precisar de uma boa maquiagem para esconder as olheiras que revelavam a noite que não foi dormida.

Já estava completamente arrumada, joguei o blazer por cima da camisa social e peguei meu copo de café, precisa ir trabalhar, além de ter que resolver algumas outras coisas. Somente quando cheguei ao escritório percebi que talvez fosse mais fácil do que eu pensava tentar conversar com alguém.

Às quintas, Wynonna faz uma espécie de plantão em meu escritório, e ela iria conversar comigo querendo ou não. Passei pela recepção como um foguete, sem nem me importar com quem falava ou deixava de falar comigo.

Olhei pela janela encontrando a mulher ruiva debruçada sobre sua mesa, enquanto riam de algo. Abri a porta com força fazendo as duas pularem com o barulho repentino.

-Gardner, eu preciso falar com a Earp. -A mulher ruiva ousou falar algo. -A sós.

-Não tenho nada há esconder da Mercedes.

Gardner negou com a cabeça e deixou um beijo plantado na bochecha da mais nova lhe dando um leve sorriso, saiu porta a fora sem dizer uma palavra se quer.

-Você pode me explicar por que raios eu não sabia que a Waverly tem um filho? -Perguntei já sem paciência.

-Bem, vejamos... -Wynonna umedeceu os lábios. -Como disse, quem tem um filho é a Waverly, não eu. Então eu realmente não tenho obrigação alguma de te falar sobre o filho dela, Haught.

Meus olhos reviraram com sua resposta e eu espalmei as mãos sobre sua mesa a encarando séria.

-Wynonna...

Ela bufou e jogou os papéis sobre a mesa, passando a mão pelos cabelos antes de voltar a me encarar.

-Se acalme e sente-se, aí então posso pensar em te falar sobre o que eu sei.

Eu me sentei e derrubei a cabeça sobre a sua mesa, envolvendo meus braços por cima dela.

-Eu te odeio! Você é minha amiga, deveria ter me contado.

-Não, você não me odeia. -Ela disse convencida. -Sou sua amiga, mas antes e acima disso, sou irmã da Waverly. Eu não poderia passar sobre as vontades dela, eu nem deveria falar sobre esse assunto com você, mas Rose já me contou que os viu.

Ergui minha cabeça, com os olhos novamente marejados, soltei um longo suspiro e me joguei para a parte de trás da cadeira.

-Ele é meu? -Perguntei quase que num sussurro.

-Waverly nunca contou, na verdade. -A olhei com a sobrancelha erguida. -O que foi?

-Como assim ela nunca contou? -Bufei.

-Um dia ela chegou em casa e soltou de uma única vez "Terminei com a Nicole e vou mudar de cidade, consegui uma bolsa próximo a nossa casa de praia. E ah, eu estou grávida.", ela nunca respondeu quem é a outra mãe ou o pai da criança. -Deu de ombros. -E quando questionamos se era seu, disse que era somente dela e que somente isso importava.

-Claro que não era só isso que importava, Wynonna! Eu tenho um filho e eu só sei disso porque encontrei com a Waverly na rua com uma criança que é a minha cara. -Passo a mão pelos cabelos. -E não precisa ser muito inteligente para perceber isso.

-Nicole, olha por mais que esteja na cara, ela nunca admitiu isso.

-Quem mais sabe? -A olho por um momento.

-Sempre souberam meus pais, Willa, Robert, Nedley, Chrissy e Rosita que são as madrinhas dele. Mercedes soube agora que a Waverly voltou, Beth também. -Ele bebe um pouco do seu café. -Mas ela nunca expressou para ninguém que ele seja realmente seu filho, então assim, eu não posso realmente te afirmar nada!

-Você precisa me ajudar, Wynonna.

-Eu não, você fez alguma besteira para ela terminar e eu não posso fazer nada por isso, até porque esse também é um assunto intocado. E infelizmente eu não posso me colocar entre você, minha irmã e meu sobrinho Nicole. Você pode até ser minha melhor amiga, mas eles são minha familía.

-Mas...

-Eu posso até falar com ela, mas não posso prometer nada, Haught. -Ela nega com a cabeça. -E olha aqui você pode até ser minha chefe aqui dentro, mas lá fora não, e é exatamente por ser minha chefe que deve levantar essa bunda enorme e branca dessa cadeira, sair da minha sala e me deixar trabalhar e ir trabalhar também.

Cheguei a pensar que a conversa com Wynonna pudesse me ajudar, mas pelo contrário, só me deixou mais confusa ainda, talvez Waverly não estivesse somente magoada comigo, mas se envergonhasse de ter um filho meu, por todas as questões que me envolvem. E agora já estou eu, sei lá em qual dose, na tentativa de tentar não ter mais uma noite com esse assunto martelando na minha cabeça. Virei todo líquido em minha boca de uma única vez e levantei a mão, pedindo por mais.

-Você deveria parar por aqui, não acha que já bebeu o suficiente? -A voz ultrapassou meus ouvidos e fez minha cabeça latejar, era uma Earp. Neguei com a cabeça, bebendo o líquido que mais uma vez foi deixado a minha frente, abaixei a cabeça e a deitei sobre o balcão.

-Nicole, pare! Ficar se embebedando não vai resolver a sua vida.

-Eu não estou bêbada, Willa.

Tentei me levantar para me afastar dela, minha cabeça gira e eu perco o equilíbrio sendo amparada pelas mãos da minha ex-cunhada.

-Certo, você não está bêbada mas o seu equilíbrio é de um bêbado. Vamos, eu te deixo em casa.

Reviro meus olhos com a proposta, bufo alto e tento me desprender dela.

-Eu posso dirigir sozinha.

-Você não pode e nem vai, tem duas opções me dar a chave do seu carro ou eu te coloco no carro do Robert, sozinha você não vai. -Ela ergue a sobrancelha. -Qual a sua escolha?

Reviro novamente os olhos, bufando ainda mais alto. Coloco a mão dentro do bolso da calça, buscando pelo dinheiro e o deixando sobre o balcão. Fazendo o mesmo em seguida, para buscar as chaves entregando para Willa.

-Te ligo para dizer o endereço, O.k.?! -Ela disse para o namorado que apenas assentiu.

Eu estava realmente estressada por ela estar me levando para casa, sentei no banco do carona, apoiando o rosto me minha mão.

-Olha só, pare de agir como uma criança mimada. Você não é nem de perto minha pessoa favorita no mundo, mas eu não vou deixar você se matar por aí porque bebeu mais do que deveria.

Eu ameacei a abrir a boca para reclamar, mas ela negou com a cabeça, suspirei e a ouvi completar.

-Não estou fazendo por você, mas Waverly jamais me perdoaria se te acontecesse alguma coisa sabendo que eu estava lá e poderia ter evitado.


Um silêncio desconfortável se instalou pelo local, se ela citou a irmã na intenção de me calar, ela realmente sabia o que fazer pois funcionou. Não sei se eu me sentia bem ou mal diante de suas palavras. A mais velha das irmãs Earp, seguiu até o endereço que eu indiquei, pensei que ela somente fosse me deixar no estacionamento do prédio, mas segundo as palavras dela, eu não tinha condições nem de destrancar a porta do meu apartamento.

-Você sabe que beber, não vai fazer as coisas mudarem, certo?!

Ela destrancou a porta e eu me arrastei para o banheiro, logo senti suas mãos segurando meus cabelos para eu poder vomitar.

-Beber só vai te fazer passar mal, Nicole.

-Eu tenho um filho Willa, um filho com a sua irmã. -Falei me sentando no chão.

-Ao que tudo indica sim, mas Waverly nunca disse que era seu. -Repetiu o mesmo que Wynonna havia falado mais cedo, estendendo a mão para eu levantar após dar descarga. -Já para banho.

-Quer me ver nua é? Tá querendo abusar de mim? -Digo sarcástica.

Willa solta uma risada e nega com a cabeça enquanto tirava minha camisa.

-Eu não sou nem um pouquinho atrevida a essa ponto, se fosse a Wynonna aqui com você, eu já não poderia garantir o mesmo. -Balançou as sombracelhas. -E realmente amo o meu noivo e Waverly me mataria se eu tentasse te ver nua.

-Claro, dormindo com o inimigo. -Solto uma risada armagurada.

-Oh Haught, com certeza não é por isso.

Ela sai do banheiro após deixar o chuveiro ligado na água fria. Chorei enquanto deixava a água gelada percorrer meu corpo, eu realmente precisava acertar minha vida e tentar reparar o que havia feito de errado, não por ela mas por ele. Quando saí do chuveiro, encontrei uma cueca e meu pijama em cima do vaso. Já seca e vestida, sai do quarto e encontrei Willa deixando meu quarto arrumado.

-Chá, água, remédio para enjoo e analgésico. -Ela me olhou. -E um balde, talvez precise novamente.

- Por que está me ajudando? Você nem ao menos gosta de mim.

-Acredite Haught, você não é nem de longe minha pessoa favorita no mundo, não mesmo... -Repetiu o que havia dito no carro. -Mas não é por você é pela Waverly e principalmente pelo Nicolas, somente por eles.

-Obrigada. -Digo já me deitando.

-Quer realmente me agradecer? Não faça merda dessa vez, ou você nunca mais vai ter o seu brinquedinho. -Ela disse séria. -Agora eu estou indo, e você de tempo ao tempo, tudo vai se resolver. -Ela diz mais amena.

A irmã Earp mais velha saiu pela porta, joguei minha cabeça contra a cama sabendo que seria mais uma longa noite. Já que agora, além de tudo que se passava em minha cabeça eu também estava bêbada.


...


N/A: E então, me contem o que acharam e se estão gostando?É ouvindo vocês que posso melhorar!E não esqueçam de curtir e comentar.Nos vemos em breve, com o capítulo 4, que agora está quase finalizado.

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