Gringotes, verdades e sombras.

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N/T: Olá, olá!

As músicas de hoje são:

- Look What You Made Me Do (Taylor Swift) - https://youtu.be/7OiymhTPS1g

- Lovely (Billie Eilish, feat. Khalid) - https://youtu.be/qfi-nUjJdkw

(Capítulo 1)

"Há aqueles corações, leitor, que nunca mais se curam depois de quebrados. Ou se se curam, se curam de maneira tortuosa e assimétrica, como se costuradas por um artesão descuidado. Seu coração estava partido, falando em vingança, essas coisas o ajudaram a recompor o coração. Mas foi, infelizmente, colocado errado."

- Kate DiCamillo

Gringotes, verdades e sombras.

A matrona do Orfanato de Wool era uma mulher de meia-idade que adorava todos os órfãos. Ela sabia que o orfanato era incrivelmente deficiente em todos os departamentos. Ela odiava o cinza de todo o lugar e havia tentado uma e outra vez pedir renovações, mas suas tentativas foram ignoradas. Ela desprezava os portões imponentes na frente que faziam o lugar parecer mais uma prisão do que um lar para crianças. Não importava o que ela fizesse, o lugar sempre era frio, mesmo nos dias quentes de verão, sempre havia um frio permanente no ar e nos corredores longos e escuros.

A matrona tinha um coração mais mole que sua antecessora. Ela cuidou muito das crianças e sabia que todos precisavam de amor, carinho e atenção. Ela discordou muito de sua avó quando esta lhe disse para ser cuidadosa e seletiva com seus afetos, especialmente em relação às crianças estranhas. Sua avó a avisou que de vez em quando, o orfanato tinha um ponto fora da curva.

Sua avó contara a ela histórias de terror sobre um menino chamado Tom, muitos anos atrás, com quem ela lidou quando era Matrona, mas não acreditava em sua avó. Foi muito estranho. Ela não podia acreditar que uma criança pudesse ser tão cruel. Todas as crianças não eram inocentes? As crianças não podiam ser assustadoras, as crianças não invocavam o sentimento de medo nos adultos e ainda... Havia aquela criança.

Seus olhos castanhos deslizaram para a criança pequena que ficava ao lado, longe das crianças que corriam e brincavam nos campos nos fundos do orfanato.

Harry.

O menino era estranho.

Ele era um bebê muito quieto, nunca havia chorado, nem uma vez. Ele estava tão calado que às vezes ela se esquecia de que ele estava ali. Às vezes, ela o via olhando para ela com olhos muito perspicazes, muito experientes. Ela se sentia desconfortável perto da criança, mas se recusou a colocá-lo no ostracismo por causa de sua diferença. Ela não seria como sua avó, ela não queria que nenhuma criança se sentisse não amada. Ela ainda se lembrava do dia em que pegou o bebezinho que estava quase congelado, sangrando pela testa.

A memória ainda lhe causava grande dor, porque quem poderia fazer uma coisa dessas? Deixar uma criança pequena se defender sozinha no frio. E se um cachorro vadio tivesse passado? Ou um guaxinim selvagem? Ou mesmo os elementos do tempo, e se a previsão fosse pior? A criança poderia ter morrido! Ele estava a apenas alguns instantes da pneumonia quando ela pegou sua forma fria em seus braços. Ela contatou as autoridades no dia seguinte, mas eles não descobriram nada, Harry havia se tornado um residente do Orfanato de Wool.

Ela descobriu que o pequeno Harry era incrivelmente intelectual, ele era um gênio. Ela o encontrou com dois anos de idade na biblioteca do lugar, na verdade era mais como duas prateleiras cheias de livros doados muito antigos. O menino estava olhando para um livro aberto com uma cara muito séria, os olhos passando por cada palavra. Ela riu com a visão adorável e levantou o pequeno bebê, perguntando o que ele estava fazendo. Harry a encarou sem piscar e explicou que estava lendo o livro.

Machiavellianism (Tradução) - Harry PotterOnde histórias criam vida. Descubra agora