capitulo 10

2.1K 169 9
                                    

SINA.

Já eram altas horas da noite e a maioria das pessoas estavam na piscina rindo e se divertindo, eu estava no canto apenas observando a movimentação, Sabina estava na piscina brincando de briga de galo, Joalin provavelmente dormindo no quarto de Saby e Any está participando da guerrinha de shots. Eu nunca fui muito de socializar, eu tentava mas tinha um grande bloqueio nessa questão.

Sinto meu celular vibrar e o pego vendo que era uma mensagem de minha mãe, o que me fez revirar os olhos no mesmo instante.

📲 mom.

‐ eu e o seu pai estamos decepcionados com você, sina maria! fiz um jantar especial, convidei o pobre do Declan que ficou a sua espera, espero que no mínimo ligue para ele e se desculpe por isso.

- não irei me desculpar por algo que eu não tenho culpa! quando é que você e o papai vão entender que eu e o Declan não temos volta? eu não o amo, não é com ele que eu quero formar uma família, parem de tentar controlar a minha vida!

- ainda vamos conversar sobre isso, venha para casa já!

Respiro fundo, desligando o celular, quando é que os meus pais vão parar de decidir tudo na minha vida, como se eu fosse apenas uma boneca, eu sou uma ser humano, tenho sentimentos. Eu nunca vou conseguir ser feliz de verdade, não enquanto eu não tiver respostas do que eu procuro.

Sinto uma lágrima solitária escorrer pelo cantinho do meu olho, e a limpo rapidamente. Solto uma respiração pesada e entro na casa, caminho até a cozinha que estava vazia e abro a geladeira, pego uma garrafa de água e um copo.

— olha só, nos encontramos novamente, eu tô ao ponto de achar que isso é coisa do destino. — Ouvi uma voz irritante atrás de mim e eu nem ao menos me dei o trabalho de me virar para conferir, eu já sabia muito bem de quem se tratava.

— está me perseguindo por acaso? — Perguntei ainda sem o olhar enquanto guardava a garrafa na geladeira de volta.

— eu? jamais, só vim atrás de outra bebida. — Ouvi o barulho da geladeira ser aberta e me viro olhando para ele. — você estava chorando?

Perguntou me olhando no fundo dos meus olhos, ele deixou a garrafa no balcão e se aproximou tocando o meu rosto suavemente. Aquele simples toque tinha me feito arrepiar por inteira.

— alguém mexeu com você? pode me falar que eu mesmo resolvo isso! — Falou sério e eu neguei.

— que? não, ninguém mexeu comigo, e eu não estou chorando, você está vendo coisas. — Afastei a mão dele de forma calma. — talvez seja o efeito da bebida, deveria parar de beber.

Quando ele pretendia falar alguma coisa, um garoto veio chamar ele parar participar da brincadeira na piscina.

— não pense que se livrou de mim princesinha, a nossa conversa ainda não acabou. — Ele deu um último sorriso antes de pegar sua bebida e voltar para o jardim com o amigo.

Pinky Promise Onde histórias criam vida. Descubra agora