10- Você é minha vida

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    Quinta, 04 de fevereiro. De manhã, Zizhen foi até a cozinha...

    - Bom dia - cumprimentou a cozinheira  - Você pode me ajudar a preparar uma cesta de piquenique?

    - Claro! Para quantas pessoas?

    - Duas.

    - Deixe que eu preparo tudo.

    - Obrigado!

    Zizhen voltou para seu quarto, pois ainda estava de pijama... Assim que se vestiu, foi até o quarto de Jingyi, bateu, e o alfa não demorou para atender.

    - Oi! - Jingyi disse ainda amarrotado - Acordou cedo hoje.

    - Vim te convidar para um piquenique  - o ômega  falou - Vamos?

    - Claro. Agora?

    - Sim!

    - Vou me vestir.

    - Te espero, lá embaixo  - Zizhen desceu.

    - Este lugar não é lindo? - perguntou Zizhen, passando os braços por cima dos ombros do alfa.

    Zizhen o olhava nos olhos, sorrindo, e sentia nas costas as carícias das mãos do alfa. Eles estavam perto do rio, com a cesta em cima de um forro estendido no chão. Em volta flores, colorindo tudo.

    Jingyi sorriu e beijou-o rapidamente nos lábios - Lindo é o ômega para quem estou olhando.

    Era bom sentir o cheiro de mato, melhor ainda era o doce perfume dos cabelos de Zizhen.

    - Zizhen - o alfa murmurou, com o rosto nos cabelos dele - Meu raio de sol...

    Zizhen levantou o rosto para beijá-lo na boca.

    - E você é minha vida - declarou, o ômega com sinceridade.

    Aquele era um dia especial, havia despertado pela manhã com aquela certeza, tão clara quanto o fato de que estava vivo, respirando.
    Sabia que Jingyi, era diferente do seu primeiro namorado, era compreensivo, nunca forçou-o a nada.
    Naqueles dias, Jingyi havia mostrado à ele que não tinha apenas um interesse nele: além de namorado, era amigo... Por isso, ele agora sentia-se pronto para oferecer ao alfa o presente maior. E sabia que aconteceria naturalmente, maravilhosamente.
    Jingyi nunca o precionava, nem fazia com que ele se sentisse na obrigação de fazer amor com ele. Havia deixado bem claro que o ômega teria que tomar a iniciativa, dizer até onde ele poderia ir, quando deveria parar. Em nenhum momento ultrapassou esses limites. As vezes Zizhen via o quanto isso era difícil para o alfa, e se sentia culpado.
    Zizhen afastou a cabeça  e sorriu novamente, afagando os cabelos do alfa. Sim, aquele era o dia. Um dia em que ele amaria Jingyi completamente.
    Jingyi sentiu que o ômega mexia insistentemente nos botões da sua camisa. Então sorriu.

    - Está com pressa?

    Zizhen riu - Acho que estou - confessou, finalmente soltando todos os botões da camisa. Quando o tórax se revelou, correu os dedos pela pele do alfa - Você é tão... fascinante, Jingyi. E hoje é um dia especial sabia?

    Curioso, Jingyi fitou aqueles olhos castanhos que sempre o atraiam. A pele dele queimava por baixo dos dedos do ômega, e o coração palpitava de desejo - Ah, é?

    Zizhen precionou a palma das mãos no peito do alfa, querendo sentir as batidas do coração - É, sim - murmurou, agora mais sério  - Eu te trouxe aqui por um motivo...

    Jingyi o abraçou, de leve - Os ômegas sempre tem motivos - disse rindo.

    Sentiu-se estremecer, como sempre acontecia quando Zizhen o tocava, beijava ou acariciava. Por mais que quisesse consumar o relacionamento, ele sabia que teria que ser por decisão do ômega. Queria que ele se entregasse de bom grado, cheio de amor. Queria que ele demonstrasse sentir prazer com os seus beijos e abraços. Teria de ser assim.
    Depois de tirar a camisa dos ombros do alfa, Zizhen afastou-se meio passo e começou a abrir a fivela do cinto.

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