Bingo

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-Você vai com o Suya, você tem certeza? Tá de boa mesmo Kei? - Pergunto abraçando ele rapidamente.

-De boa anjo. Agora vai mostrar pra todos o quão foda você é. - Diz ele pegando na parte de trás do meu pescoço com uma certa força e juntando nossas bocas rapidamente. Me solto dele e olho para ele com seu sorriso malicioso e olhos brilhantes e sei que estou igual. Ele joga as chaves pra cima e eu as pego no ar andando até sua moto onde o menino de cabelos pretos esperava com um cigarro entre os lábios. Me arrumo em cima da moto ele atrás de mim segura em minha cintura. Dou partida e acelero começando o trajeto até o prédio em que Keisuke tinha me levado mais cedo.

-Perguntas rápidas. - Falo quando paramos no sinal. -Eu depois você.

Limpo minha garganta e vejo o menino levantar a sobrancelha para que eu continuasse.

-Por que entrou no mundo das gangues e brigas?

-Por causa do Inui e da minha melhor amiga. - Responde ele, simples. -E você?

-Lutei no poço pela minha sobrevivência e hoje sou da gangue também por causa dos meus irmãos mas principalmente por causa do Baji. Qual a sua relação com o Inui? - Respondo colocando minha pergunta em jogo logo depois.

-Conheci ele na escola pela minha melhor amiga a irmã dele, ele virou meu melhor amigo e hoje é meu namorado. - Diz ele respondendo o que eu queria. Eles realmente combinam. -Como conheceu o Baji?

-Eu era prostituta e ele me achou em uma noite em que estava trabalhando e me disse que eu não deveria fazer aquele tipo de trabalho com a minha idade e me levou pra casa dele me acolhendo. - Digo, resumindo mais ou menos o que havia acontecido naquela fatídica noite. -Por que você começou a ir atrás de dinheiro?

-No período do colégio a casa do Inui pegou fogo enquanto ele estava comigo e me senti culpado, então fui atrás do dinheiro para o tratamento da Akane já que os pais haviam morrido de forma rápida em meio ao fogo. Pouco antes de ter o dinheiro suficiente para o tratamento, o corpo dela acabou se rendendo e dei o dinheiro para o Inui que o recusou e deu para as instituições que cuidavam de acidentes com incêndios. Tudo o que eu fiz foi para tentar deixar ele feliz já que ele estava mal desde o que tinha acontecido. - Ele solta um suspiro e respira fundo antes de perguntar - O que aconteceu com os seus pais?

-Minha mãe morreu no meu parto por causa de complicações e meu pai é um filha da puta que me abandonou quando eu tinha 4 anos e voltou agora pedindo dinheiro como se nada tivesse acontecido e ele não tivesse sumido por 13 anos. -Digo percebendo que havíamos chegado. Desligo a moto e jogo minha cabeça para trás.

-Que belo filho da puta. - Diz Koko me olhando ainda com o cigarro entre os dentes.

-Por que me contou tudo aquilo? Você não parece alguém que se abre fácil. - Pergunto me virando para ele confusa, e descendo da moto.

-E eu não me abro fácil de fato. Só senti que sua vida também tinha sido uma bosta e parece que eu acertei.

-Bingo. -Digo sorrindo torto. - Qual a do cigarro?

-Essa vai ficar pra próxima gata. - Diz ele indo até a porta.

-Ei. -Digo dando um soco em seu braço por ter me chamado.

-Meu bem eu sou gay, vê se tira esse cavalinho da chuva.- Fala ele se encostando na parede do lado da porta pesada de metal brilhante. - E doeu Sayuri, tu tem mais força do que imagina. - Diz ele passando sua mão pelo braço desnudo pela regata que provavelmente ficaria marcado depois.

-Ok, ok gay homofóbico quetinho. - Digo colocando minha digital na porta e depois a senha. Ele ri e nós entramos passando pelas dezenas de pessoas que trabalhavam ali naquele momento para o sustento da Toman. Pegamos o elevador e clico no -2. Olho para o espelho quebrado em pedaços e arrumo meu cabelo no que consigo me ver melhor e escuto a risada do mais alto ao meu lado mais uma vez. Reviro meus olhos e saio para o ringue assim que o elevador para. Vejo Mahina já de shorts e top sentada nas fitas do ringue com seus cabelos compridos presos em tranças em sua cabeça e sorrio sabendo que ela lutaria igualmente do jeito que estava ela tá só se mostrando. Vejo o loiro se aproximando de seu namorado que andava atrás de mim e vou até Baji que conversava com a namorada de Matsuno apoiado de costas para ela. Passo meu braços em seu tronco e ele passa seus dedos por meu cabelo. Ele sobe minha cabeça e me dá um selinho sorrindo logo depois.

-Preparada para brigar? - Pergunta ele.

-To com medo de rasgar minha saia mais foda-se também to de shorts por baixo. -Assim que termino ouço a voz de Draken alto "Primeira luta Sayuri e Kokonoi". Passo pelas fitas e observo Koko dar um beijo em seu namorado e colocar o cigarro entre os dentes do mesmo. Ele passa pelas fitas e fica de frente para mim sorrindo cínico. O babaca vai perder. Draken sai do ringue e apenas espero o final da contagem para sorrir para Koko que logo veio para cima de mim. Desvio de seus primeiros socos tentando pegar um padrão em suas ações. Em apenas um tempo e um soco depois eu entendo o seu padrão de dar um passo para trás e um para frente antes de atacar. Desvio em todas as vezes e assim que ele pisa em frente me abaixo puxando suas pernas o fazendo cair. Ele se levanta e antes que consiga se levantar plenamente eu salto chutando seu rosto o fazendo cair no chão. Draken conta até três e anuncia minha vitória. Olho pra baixo e fico puta a ver que havia rasgado minha saia.

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Esqueci total e me desculpem pela demora pra postar eu passei por umas coisas fodas nos últimos tempos mais eu to mlr. Mto obg pelos 2k de views significa MUITO pra mim vcs nn tem noção nunca achei que chegaria em algum lugar com essa ideia enfim mto obg amo vcs até o próximo

Lady in The Wall ~Tokyo Revengers~Onde histórias criam vida. Descubra agora