Capítulo 24 - Eu e você no infinito

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POV. Cheryl

Uma semana se passou, hoje é sábado bem quente em Fortaleza e a novidade é que o Archie recebeu alta do hospital estou indo com a Toni visita-lo só aquele cabeção pra me acordar as 7h da manhã, parece que vai ter uma café da manhã, tipo uma festa de boas-vindas, a Toni estava toda elétrica do meu lado enquanto eu estava praticamente inerte no banco do carona.

- Como você consegue ser tão feliz antes de pelo menos 10 da manhã? – Perguntei pra ela que me olhou sorrindo.

- Você tem que aprender a apreciar as coisas boas que o universo nos dá.

- Tipo esse segundo sol que já chegou em Fortaleza?

- Segundo sol?

- Para realinhar as orbitas dos planetas. – Falei começando a ficar de bom humor.

- Do que você está falando exatamente? – Perguntou ela rindo parando no sinal.

- Derrubando com assombro exemplar, o que os astrônomos diriam se tratar de um outro cometa. – Falei finalmente cantando para que ela entendesse – Não acredito que você não entendeu Cássia Eller bebê não acredito que estou apaixonada por uma pessoa que não conhece Cássia Eller.

- Espera ai, eu conheço Cássia Eller e gosto é que por uns segundos não liguei o que você estava falando a uma música. – Disse ela rindo e beijando a minha boca enquanto estávamos ainda paradas no sinal. – A propósito que voz é essa menina, você já tinha cantado pra mim antes?

- Hummm, talvez não sóbria. – Falei rindo

- Você tem uma voz linda.

- Exagerada.

- É sério, sabe tocar violão?

- Não, eu tenho uma vaga lembrança do meu pai tocando e cantando na nossa sala, lembro também dele me colocando no colo e de como eu ficava fascinada com aquele violão. – Lembrar do meu pai sempre me deixava muito deprê – Mas respondendo a sua pergunta, não eu não sei tocar mas acho que gostaria de aprender, mas sei lá também queria conhecer Londres, mas querer não é poder. – Falei mas era melhor mudar de assunto. – Você não acha que devíamos levar flores ou um presente de boas-vindas pro cabeção? Afinal ele salvou a sua vida. – Falei rindo.

- Bem pensado, meu Deus onde está a minha educação? Do que ele gosta? – Perguntou ela toda concentrada no transito.

- Como vou saber? – Falei

- Bom você meio que era namoradinha dele, deve saber do que ele gosta.

- Bom eu sei bem do que ele gosta. – Falei com um sorriso malicioso nos lábios.

- Fora você Cheryl, o que mais ele gosta.

- De você.

- O que?

- É, por que mais você acha que o moleque tomou um tiro por você e me deixou assim tão de boa?

- Você ta querendo dizer que...

- Isso, ele gosta de você, da mesma forma que ele gostava de mim no começo e talvez ele ainda até goste.

- Quer dizer que ele gosta de nós duas? – Disse ela rindo, mas aparentando um pouco de confusão – Na verdade, quer saber? Não importa eu sou L E S B I C A – Ela fez questão de enfatizar a palavra – E não vai rolar.

- Claro que não você tá louca? Você é minha e não divido com ninguém.

- Ei, mas eu dividi você com ele, por que você não pode fazer o mesmo. Pensando bem ele salvou a minha vida. – Disse ela rindo o que não impediu que ela levasse um tapa, onde já viu? – Ai.

Um só destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora