Capítulo 17 - Minha Toni

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POV. Cheryl

Geralmente eu tenho muitas coisas contra a declarações de "amor" nunca gostei que as pessoas dissessem que me amam ou que estão apaixonadas por mim, mas eu não posso negar que fiquei toda boba quando escutei o áudio da Toni, também não posso negar que fiquei com muita raiva dela por ter contato pra May que nós havíamos ficado, não preciso falar que a May me ligou pra verificar a veracidade dos fatos né? No primeiro momento eu tentei negar depois eu falei aquela linda frase "Foda-se fiquei mesmo", claro que depois disso ela veio querer detalhes e eu desliguei o telefone na cara dela, outro fato importante sobre o áudio da Toni é que ela disse que a May é horrível de cama, não vou mentir que eu ri nessa hora talvez ela tenha me dito aquilo pra tentar me agradar ou por que achou que eu iria gostar de ouvir ou simplesmente por que ela é ruim de cama mesmo, mas como isso é possível? Não tem como negar que a May é muito linda e tem maior fama de pegadora como é que uma pessoa assim pode ser ruim de cama? E parando pra pensar novamente, será que eu sou boa de cama? Bom com homem eu nunca gozei (não que seja culpa minha) com mulher a Toni pareceu gostar, mas agora bateu a dúvida se eu não estivesse tão puta da vida com ela eu iria perguntar "Foi bom pra você?" outra coisa, nem de longe me acho mais bonita que a May nossa é só olhar pros peitos daquela menina, enfim o que fazer depois de saber que a Toni está apaixonada por mim? Tenho que assumir que estou me segurando pra não fugir dela de novo e vou explicar brevemente por que, simples todas as pessoas que já me "amaram" (que diziam me amar pelo menos) simplesmente me abandonaram por não aguentar a complicação chamada Cheryl e tem outro problema durante essa semana eu me aproximei do cabeção e deixei ele tentar ser um "namorado", não estamos namorando mas a semana foi bem fofa, nós saímos pra jantar, cinema, patinar tudo como um casal fofo e de mãos dadas, eu vi que ele falava sério quando disse que gostava de mim e isso mexeu um pouco comigo, a Toni é a minha exceção eu já tinha curiosidade de como era beijar uma mulher mas essa curiosidade nunca tinha aflorada até conhece-la então eu não consigo me julgar lésbica, talvez eu também não seja hetero e agora o que eu faço? Tô cheia de questões na cabeça, eu sinto algo por ela e isso é fato mas não sei se consigo lidar com esses sentimentos que eu nem consigo dizer o que são.

Era sábado de manhã e antes de levantar eu pensei tudo isso e pra terminar de foder a minha vida eu estava dormindo na cama do Archie, e vamos falar de sexo, ele ta melhorando ainda não me faz gozar mas pelo menos ficou 10% melhor, e sempre que eu penso nisso eu lembro que ele era virgem e nem me falou nada, eu poderia ter conduzido a transar pra ficar melhor pra ele já que era a primeira vez. A mãe dele super me adorou ela só não sabe ainda que tirei a "pureza" do filho dela, mas dá uma vontade de chegar e falar "minha senhora a gente ta dormindo na mesma cama e tem um milhão de hormônios mandando a gente transar, assim não dá né?" Mas eu apenas sorri, ela já ta tipo fazendo planos de casamento e eu continuo no "sorria e acene" e ainda disse que quando nós nos casarmos nossos filhos são lindos, uma semana que eu estou apenas ficando com o Archie e já estão querendo me casar, daqui a pouco ela ta perguntando sobre meu período fértil pra poder dar netos a ela, o Archie ta adorando essa fase de "tô num relacionamento" todo fofo, me dando atenção, me escreveu até um bilhete que deixou junto com uma rosa do criado mudo, o que só complica eu não sentir o mesmo por ele, okay, hora de levantar. Olho no relógio e já são 11:20 da manhã, levanto tomo um banho no banheiro do quarto do Archie e vejo a porta abrir.

- Desculpa eu não sabia que você estava aqui – era o Archie que todo fofo virou de costas pra não me ver tomando banho, como se não já tivesse visto tudo aqui.

- Ta tudo bem, não posso pedir que você bata na porta no seu próprio banheiro né. – falei rindo pra ele, ele riu todo tímido pediu desculpas mais uma vez e saiu do banheiro.

- Ah, você quer comer alguma coisa? – perguntou ele parado na porta ainda de costas.

- O que? – eu tinha escutado mas eu estava me divertindo com ele todo tímido – olha pra mim e fala.

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