Capítulo 38 - Temos visita

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POV. Cheryl

Eu tinha dormido com o meu celular do meu lado e quando ele começou a tocar feito louco pela manhã logo cedo eu o derrubei no chão, sabe aquele mini ataque cardíaco que dá quando o celular cai no chão? Pois é, tive quase um AVC quando eu vi "Adeus tela do Iphone" foi o que o meu cérebro falou quando olhei pro visor trincado, tá vai não era muita coisa mas era um trinco bem grande e eu quase chorei, não sabia se ficava olhando pra tela quebrada, se terminava de acordar ou se atendia o telefone, vamos na terceira opção primeiro, atendi o número confidencial e ficou mudo o que logo fez eu me arrepender de ter atendido e me deu muita raiva por ter acordado e ainda mais por ter quebrado a tela, dois minutos depois o telefone toca outra vez e dessa vez eu não atendo nada educada.

- O QUE CARALHO!!!??

- Sempre bem humorada não é mesmo prima. – Uma voz feminina com um sotaque carregado do Nordeste, a princípio pensei "Prima? É engano".

- Alô, quem é? – Falei tentando identificar a voz mas nada.

- Sua prima, ave Maria sempre nervosinha não mesmo prima?

- Eu não lembro de ter prima.

- Tudo bem é justificável última vez que nós vimos você tinha só 5 anos, uma menina branquela, birrenta e magrela que roubava goiaba no quintal do vizinho.

Foi então que eu lembrei que realmente tinha uns parentes que moravam pro lados do Rio Grande do Norte e isso explicaria o sotaque e o motivo de eu não lembrar dessa voz, é que a última vez que fui la eu era muito pequena, não havia mesmo como lembrar de muita coisa, já que todos esses parentesco vinha por parte do meu pai, essa tinha sido a última viagem que fiz com aquele babaca depois que voltamos de lá lembro dele arrumando uma mochila e dizendo "Papai volta logo" no começo eu pensei que ele tinha morrido, depois eu pensei sei lá que a terra tinha o engolido ou que tinha sido abduzido por ets mas hoje tanto faz. Lá no Rio Grande do Norte eu tinha uma prima mais velha que adorava, lembro disso por que de todos os parentes ela era a única com quem eu queria brincar, acho que ela devia ter uns 10 anos na época, eu gostava muito de ficar deitada no colo dela (certo isso foi meio lésbico, mas eu era uma criança), eu não lembro de muita coisa afinal eu só tinha 5 anos mas o pouco que lembro é que gostava muito dela e ela gostava muito de mim, e dessa parte de roubar goiaba eu não lembro.

- Certo, tenho uma vaga lembrança que tinha alguns parentes espalhados por ai, mas essa parte de roubar goiaba é calunia, eu nem gosto de goiaba gente. E outra coisa, já que é minha prima qual o seu nome? Como descobriu o meu número e por que depois de tanto tempo você resolveu aparecer só agora?

- Meu Deus vejo que você só cresceu mas continua uma espoleta. – "Espoleta" pra quem não sabe significa (pessoa inquieta, danada como diz aqui no nordeste) – Deixa eu responder uma coisa de cada vez sou a Betty lembra? Elizabeth?

- Huum, por nome tá meio complicado.

- Certo vou facilitar, quando você foi la pra casa eu era a única pessoa que você queria. – Disse ela. Okay era a prima que eu gostava, já melhorou um pouco.

- Ah, assim ficou bem melhor.

- Jug trabalha em uma empresa de telefone e com o seu nome conseguiu seu número. – Disse ela. Acho que isso é crime, mas tudo bem. – Tô ligando agora por que soube que tia morreu. – (Sim gente ela fala assim mesmo engolindo os artigos, coloca a porra do 'A' – A TIA MORREU – Caralho) E como ela ficou sabendo disso?

- E como você ficou sabendo dessa informação privilegiada estando você a uns dois anos luz daqui? – Foi o que eu perguntei.

- O hospital mantinha contato com a gente caso precisasse, pai era uma das pessoas que ajudava no tratamento

Um só destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora