POV. Toni
Já faz uma semana desde o lamentável falecimento da mãe da Cher, depois disso eu resolvi fazer uma visita pra minha mãe, levar a Cher pra conhecer ela, aproximar ela ainda mais da minha vida e família, claro que foi uma péssima ideia.
- Isso não é normal, duas mulheres morando junto como um casal – Foi o que a minha mãe disse.
- Mãeee – Falei em repressão.
- Quantos anos você tem minha jovem? – Perguntou minha mãe pra Cher
- Completei vinte mês passado. – Respondeu a Cher
- Você é muito jovem – Disse ela olhando pra Cheryl e depois virou pra mim pra falar como se a Cher não estivesse ali – Ela vai te largar, ela é muito nova e meninas novas assim não sabem o que querem da vida.
- Com 20 anos eu sabia exatamente o que queria mãe. – Falei
- Isso por que você nunca foi como todo mundo, você sempre foi estranha.
- Mãe não seja rude. – Falei
- Deixe de besteira menina – Disse ela levantando da mesa – E você está muito magra, vai ficar pro almoço?
- Na verdade tenho trabalho pra fazer, vou fazer qualquer coisa pra comer em casa, nós já vamos indo.
- Certo. – Disse a minha mãe
- Te amo mãe. – Falei dando um abraço nela a Cher se levantou e estendeu a mão para cumprimenta-la.
- Até mais senhora, foi um prazer conhece-la finalmente. – Disse ela apertando a mão da minha mãe e fomos embora em seguida.
Me despedi da Rosa, senhora que trabalhava na casa da minha mãe a anos e que me entendia muito melhor que a minha mãe, quando me assumi lésbica a minha mãe disse "isso é pecado" e a Rosa disse "pecado é você viver uma vida de mentira minha filha". Na volta pra casa no carro a Cher falou:
- Acho que a sua mãe não gostou muito de mim – Ela estava com os pés sobre o porta luvas do carro roendo as unhas, ela ta fazendo muito isso.
- Não leva pro lado pessoal, não é que ela não gostou de você... Ela só não aceita o fato de você transar comigo. – Falei tentando ser divertida.
- Ela sabe que a gente transa? – Disse ela me olhando com os olhos bem abertos.
- Não Cher ela acha que a gente fica jogando UNO na cama toda noite.
- Acho que seria melhor ela pensar isso mesmo, é estranho imaginar que ela sabe o que a gente faz.
- Ela não sabe, mas deve imaginar e talvez isso que não agrade.
- É estranho... – Disse ela roendo a unha do mindinho até machucar. – Ai
- Para de roer a unha. – Falei tirando os dedos de perto da boca dela.
- Me deixa, os dedos são meus. – Disse ela revirando os olhos.
- Seus dedos estão todos machucados, olha isso. – Falei olhando pro seus dedos que de todos o único que não estava machucado era o polegar (ainda).
- Tô nem ai...
Chegamos em casa e fui preparar o nosso almoço enquanto ela se jogou largada no sofá mexendo no celular, eu queria anima-la mas eu não sabia como, ela só ficava calada e quando falava era muito pouco e quando não estava mexendo no celular estava roendo as unhas, se não os dois, ainda quero saber de onde ela arruma tanta unha pra roer senhor. O jeito é chamar reforço, na última semana o Archie tem dormido mais aqui do que em casa, com a desculpa que os pais estão viajando, mas acho que é só pra ficar perto da gente mesmo, eu não posso reclamar ele ajuda pra caramba e é bom ter músculos amigo em casa as vezes. Peguei o meu celular e mandei uma mensagem pra ele no whats verificando que eles estava online.
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Um só destino
FanfictionToni é uma jovem, recém formada professora universitária, de 26 anos que acabou de voltar de Londres onde estava fazendo seu mestrado, chega em sua cidade natal e encontra-se totalmente assustada sem saber por onde começar a arrumar sua vida, então...